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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Andamos à boleia até novo resgate

Nas sanções, andamos com a Espanha que cresce a 4,5% e que por isso tem todas as condições para resolver o défice, o investimento e o emprego. Agora preparamo-nos para apanhar boleia da Itália que, com eleições próximas, mete medo a Bruxelas não vá um palhaço 5 estrelas ser governo. A seguir encostamos à Grécia vergada às políticas do Syriza suposto salvador.

É, claro, que António Costa com os índices desastrosos conhecidos da economia vai ter que andar de boleia em boleia sem rumo próprio. Falhada a política que lhe assegurou o apoio do PCP e do BE não tem outra, a não ser encostar-se a outros para fazer coro. É pouco, não chega.

O PS jura amor a Bruxelas mas PC e BE estendem a mão aos dinheiros europeus ao mesmo tempo que querem destruir a União Europeia. Ninguém dá para tal peditório.

Entretanto a dívida pública cresce e vai haver o momento ( que já está a acontecer) de o BCE deixar de comprar dívida. Nessa altura fogem os mercados e sobem as taxas de juro. Estaremos em 2016 onde estávamos em 2011. A pedir um novo resgate.  

As sanções na forma de um resgate

As declarações do ministro das finanças alemão e do diretor do Fundo Europeu têm em comum o facto de não falarem em sanções mas sim em resgate. É verdade que um e outro têm a sensibilidade de um armário mas sabem bem os esqueletos que estão lá dentro.

Poucos terão reparado mas o assunto mudou : já não são as sanções, é uma assistência.

Baixo crescimento, dívida a crescer, execução orçamental que desmente o primeiro ministro, com a despesa a ser empurrada com a barriga para a frente. As dívidas por pagar não param de crescer.

Adiar pagamentos, investimentos e transferências não é o mesmo que cortar despesa - mas é um truque que o governo usa para mostrar que as coisas estão a correr melhor que o esperado.

Receitas desapontam dívidas disparam. As contas não estão certas embora António Costa diga o contrário

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Entre o paraíso de Costa e o resgate de Schauble

Bastou António Costa dizer que Portugal ia muito bem muito obrigado, que estávamos a cumprir com as regras europeias, que a economia ao contrário do que diz Centeno está de óptima saúde, para o ministro das finanças alemãs vir dizer que estávamos mesmo a pedir um resgate.

"Eles têm de cumprir as regras europeias ou então vão ter dificuldades", disse o ministro das Finanças alemão em Berlim.

O Ministério das Finanças português já garantiu que "não está em consideração qualquer novo plano de ajuda financeira a Portugal, ao contrário do que o governante alemão inicialmente terá dito". No comunicado lê-se ainda que "o governo continua e continuará focado no cumprimento das metas estabelecidas para retirar Portugal do Procedimento por Défices Excessivos".

De vitória em vitória até à derrota final eis o caminho da geringonça. Que dirá disto Jerónimo e Catarina ? Vão continuar a apoiar Costa quando a verdade chegar ? Isto promete, infelizmente.

A CGD é o maior problema

Se a CGD não pode ser recapitalizada pelo estado, e não pode ser parcialmente vendida aos privados resta a Europa na forma de um resgate. A irritação de Catarina Martins com António Costa vem daqui.

O recurso ao Mecanismo de Estabilidade Europeia poderá ser a solução para o sistema financeiro português. Se forem necessários 20 mil milhões de Euros para o fazer, não haverá outra solução. Mas o recurso ao MEE, ao abrigo do programa de recapitalização da banca, exige uma avaliação da “troika” e uma aprovação do Eurogrupo .Um novo resgate.

Esta será a maior prova à coesão da situação conjunta. E lá teríamos uma situação como na Grécia com PCP e BE a aprovarem a entrada da Troika e a continuação da austeridade. O presidente não se cansa de pedir estabilidade e tem razões para isso.

Julgo que António Costa irá explicar em privado ao BE que a criação de um “banco mau” será a melhor maneira (talvez a única) de salvar a CGD, mantendo-a simultaneamente como um banco público. Julgo que a ideia do “banco mau“ acima de tudo visa recapitalizar a Caixa e resolver o seu crédito malparado.

Quando se começa a falar de resgates...

É mau sinal mesmo que seja para dizer que " não  antevejo risco significativo para novo resgate " ou para assinalar datas.

A verdade é que os recentes dados para a economia e para as contas nacionais são todos maus. Desemprego a subir, taxas de juro a subir, taxa do PIB a descer, exportações a descer, importações a subir , saldo das contas externas a reduzir...

Mário Draghi vei cá avisar que governar não é reverter as medidas tomadas no âmbito do programa da troika e que são necessárias mais medidas estruturais, com a actriz do BE vir a terreiro dizer que o presidente do BCE não tem legitimidade para vir cá dizer a verdade. É preciso calar bocas que é o que se faz lá nos paraísos em que a senhora acredita.

O BCE já veio dizer que no fim deste ano deixa de comprar dívida portuguesa o que poderá corresponder a um aumento das taxas de juro da dívida de 2% o que atiraria a taxa para 5%. Teixeira dos Santos colocou a dead line em 7%. Estamos perigosamente próximos depois de as taxas nos últimos meses terem subido mais de 1% e andarem agora acima dos 3%.

Onde é que o governo vai buscar mais dinheiro com o PIB a ficar bem abaixo do orçamentado , o investimento inexistente e o desemprego a crescer ?

 

Novo resgate a caminho

Os alertas são mais que muitos. Se a DBRS, agência de notação financeira, baixar o rating para "lixo", como avisa, um novo resgate é inevitável. Isto quando o país reverte as medidas tomadas e devolve salários e pensões com dinheiro que vai buscar a novos impostos indirectos.

E o desemprego cresce, à medida que a economia definha. É este o quadro que é pintado pelas instituições financeiras nacionais e internacionais. O governo desvaloriza.

Uma revisão em baixa da única classificação de investimento terá graves consequências junto dos investidores.

Para o governo a salvação está na execução orçamental de Jan/Fev que, curiosamente, foi feita em duodécimos, isto é, com o orçamento do governo anterior visto não estar aprovado o orçamento para 2016.

No relatório, o FMI diz estimar um défice orçamental no final do ano de 2,9% caso o Governo português não apresente novas medidas de controlo orçamental. Um valor que fica sete décimas de ponto percentual acima do previsto pelo Executivo de António Costa (2,2%).

Já a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) fica em 1,4% (repetindo a previsão de Fevereiro), que compara com os 1,8% estimados pelo Governo socialista para este ano e é mais pessimista que os 1,5% de evolução estimada pelo Banco de Portugal.

À beira de um novo resgate

João Salgueiro e César da Neves consideram que o país está à beira de um novo resgate.

Sobre a receita que António Costa se prepara para seguir, apenas duas palavras: “Não funciona”. “Primeiro, porque ninguém acredita; segundo, porque ninguém empresta”. A única solução para o líder socialista, sentenciou César das Neves, é que no meio “da trovoada de todo o tamanho” que se aproxima da Europa, “as medidas disparatadas” deste Governo “desapareçam no meio do vendaval”. Ou isso, ou pode ser que o “país fique vacinado” depois de novo desastre. “Vai [é] ser uma vacina cara”.

Mas Portugal sempre teve capacidade de se reinventar de dar a volta por cima. Com sacrifícios e mais empobrecimento. Se João Salgueiro, antigo ministro das Finanças, considera que um quarto resgate financeiro a Portugal “pode ser inevitável”, João César das Neves vai mais longe: “Está-se à beira de um novo resgate em Portugal, e certamente uma crise muito mais vasta do que isso. A Europa está fragilizadíssima e, portanto, estamos por meses de ver aí uma coisa mesmo séria”.

Terceiro resgate aprovado pelo parlamento Grego

229 votos a favor. 64 votos contra. 6 abstenções. Quem não gostou nada foi o Comité Central do Syriza mas as medidas de austeridade vão mesmo ser implementadas.

Para nós, portugueses, é uma espécie de remake. Cortar salários e pensões, aumentar o IVA , olear a máquina do estado para cobrar mais impostos. E vai haver um enorme aumento de impostos.  

Entretanto, há que reconhecer, que ao fim destes últimos cinco anos de austeridade começam a erguer-se vozes, como a do FMI, preocupadas com a (in)sustentabilidade das dívidas. Aí está um crédito para o Syriza

A ajuda de emergência não pode contar com os países que não estão na Zona Euro, caso do Reino Unido e da Dinamarca. São necessários de imediato 12 mil milhões de Euros num pacote que pode chegar aos 86 mil milhões.

Uma catástrofe social . Não foi para isto que se ergueu a União Europeia. E os que andam a vender facilidades e soluções milagrosas tenham vergonha por cada família Grega que vá à falência.

 

Uma grande falta de confiança na Grécia

Retomar a confiança é bem mais difícil do que arranjar dinheiro. A Grécia falhou compromissos, está a discutir o 3º resgate e trata as instituições europeias por "terroristas". A seguir apresenta a factura e espera que lha paguem. Se não pagam avança para referendo em que a pergunta é mais ou menos o seguinte :  concordam que sejam os restantes povos da europa a pagar as nossas dívidas ?

Fontes citadas pela Reuters disseram que houve consenso entre os ministros das Finanças dos outros 18 países do euro sobre a necessidade de executivo de Alexis Tsipras dar novos passos que garantam que honrará qualquer nova dívida. As discussões bloquearam devido à “falta de confiança” na capacidade do Governo de Atenas.

“Vamos ter negociações extraordinariamente difíceis", disse o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, acrescentando que "uma situação de esperança [na Grécia] foi destruída nos últimos meses de uma forma incrível.”

“Penso que vai ser uma reunião bastante difícil”, admitiu, também antes do início dos trabalhos, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem. “Ainda há críticas ao conteúdo das propostas” e “há um grande problema de confiança”, assumiu. “Como podemos esperar que este Governo aplique realmente o que está a prometer?”

Tenho ainda confiança que se evite a saída mesmo que temporária da zona euro . Mas às vezes o divórcio é a única saída.

Novo contrato ou 3º resgate para a Grécia ?

Novo contrato ou novo resgate ? Chamem-lhe o que quiserem mas fala-se que aos 243 mil milhões já emprestados pelos países europeus estão a ser reunidos mais 50 mil milhões. E são os países europeus que emprestam incluindo os países em dificuldades.

Em entrevista divulgada esta manhã pela Bloomberg, o comissário dos Assuntos Económicos Pierre Moscovici dizia, por seu turno, que a Europa dispõe de instrumentos para continuar a apoiar a Grécia até que esta consiga voltar a financiar-se de forma autónoma nos mercados - cenário que se tornou mais distante após os investidores e depositantes terem fugido do país, em resultado da incerteza sobre o rumo do país. "Temos tempo para estabelecer o que será o próximo passo, o próximo acordo - alguns podem chamar-lhe novo programa, outros podem chamar-lhe novo contrato, e ainda temos a opção de uma linha cautelar", afirmou Moscovici.

E a razão próxima são os 11,3 mil milhões que a Grécia tem que pagar já em Março.