Percebe-se bem a luta de anos que os sindicatos moveram aos rankings e às avaliações .É, que, no topo dos rankings estão sempre as escolas privadas e, agora, nos hospitais também são os que têm gestão privada que estão no topo da classificação. Ora, isto está contra a teoria.
Quem avalia são Comissões independentes, uma para as escolas outra para os hospitais . Se os estatistas tivessem força para isso acabariam com os rankings como fecharam boas escolas com contratos em associação mantendo abertas más escolas públicas.
Enquanto isso, e ao contrário do Ministro da Educação, o ministro da Saúde decidiu abrir novo concurso para a gestão privada de hospitais públicos. É, que, aos hospitais vão todos, pobres e ricos , é mais dificil afivelar o eterno argumento do ambiente sócio-económico das escolas.
O ministro da Saúde não cede ao BE e ao PCP que só confiam na gestão tipo soviética.
As leituras "perversas" que os rankings permitem, segundo a Fenprof, deixariam de existir se a realidade fosse outra. Se as escolas públicas mostrassem a superioridade que as privadas confirmam ano após ano. Mas que ninguém duvide se lhes for permitido a Fenprof acaba com os rankings .
A série já conseguida de rankings durante vários anos, dá uma leitura que aperfeiçoa as inevitáveis fragilidades , como acontece aliás, com todas as séries nas avaliações. Não é possível as melhores escolas serem sempre as melhores classificadas se não fossem mesmo as melhores. E o mesmo se passa com as piores que, deveriam receber por parte do estado uma atenção que não têm.
É que os rankings arrasam, ano após ano, este sistema de ensino onde a desigualdade se mantém e acentua .Às boas escolas públicas só têm acesso os alunos que vivem ali por perto ou que arranjam forma de ter lá morada. Os outros batem sempre com o nariz na porta de escolas lotadas e, o seu inevitável destino é a má escola pública. Quem pode (tem dinheiro) escolhe uma boa escola privada. E, assim, se perpetua a desigualdade.
Mas se ao Estado competisse financiar as boas escolas públicas ou privadas, a desigualdade desaparecia paulatinamente, porque as más escolas fechavam inevitavelmente por falta de alunos.
Só há uma forma de diminuir a desigualdade entre os alunos. Que todas as escolas, públicas e privadas sejam boas. E só serão boas se fecharem as más escolas ou as aperfeiçoarem com novos modelos de organização e gestão. O resto é treta de sindicalista preocupado com ideologias "perversas" que prejudicam os alunos.
António Costa perante os resultados ( mais uma vez) diz que não se podem comparar as escolas públicas com as escolas privadas . Claro que podem e devem ser comparadas, única forma de melhorar a qualidade de todas e de dar indicações às famílias. O que não se pode é fechar as boas escolas sejam elas públicas ou privadas. E o PM vai mais longe :
"Sabermos em que escolas se concentram os melhores alunos não é o essencial, o essencial é saber quais são as escolas que permitem a qualquer criança progredir mais relativamente à bagagem que trazia de casa", esclareceu, adiantando que a missão da escola pública é "vencer a desigualdade".
"Qualquer criança que nasça em Portugal, seja em que família for, seja em que condições socioeconómicas forem, seja em que ponto do país for, tem de dispor das mesmas igualdades de oportunidades", disse.
Ora, o que António Costa não disse, é porque aqueles objectivos não podem ser alcançados com escolas de propriedade ou gestão privadas, como acontece em muitos outros sectores, como na saúde ( em que afirmou ontem que as PPP são para continuar). No interesse dos alunos, não há uma única razão para que as escolas financiadas com o dinheiro dos contribuintes sejam de propriedade e gestão públicas. Mas há uma razão ideológica . As escolas públicas são comandadas pelos sindicatos comunistas e transformadas em organizações que defendem unicamente o interesse ideológico e partidário . Paralelamente, vai-se fazendo a cabeça das crianças com a ideologia correcta. A dos burocratas que enchem os gabinetes do ministério.
António Costa falou esta semana em descentralização como sendo um objectivo estratégico para o governo em 2017. Podia começar pelas escolas entregando-as aos poderes locais, próximos dos problemas e das famílias. Só o fará se tiver coragem de enfrentar o ministro da educação que exerce há 30 anos. Mário Nogueira.
O interesse dos aunos devia ser o critério base para o estado financiar as escolas. Em vez disso fecha-as. O ranking ontem dado à luz mostra-o . É o interesse dos sindicatos fortemente ideológico que prevalece. Fecham-se boas escolas e financiam-se más escolas. Eis ao que chegamos.
"É o que sempre dissemos. Todo este processo foi feito com leviandade pedagógica. O maior interesse da criança devia ser o colégio que tem melhores resultados. Tomar decisões sem ter em conta os resultados escolares é leviano”, reage Rodrigo Queiroz e Melo, diretor executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP)."
“Os colégios com contrato de associação recebem alunos com as mesmas regras dos agrupamentos públicos”, justifica Rodrigo Queiroz e Melo, acrescentando que, na próxima semana, a AEEP “vai não só olhar para a posição no ranking geral mas também olhar localmente para a alternativa pública para os pais. Talvez ainda esteja pior nessa lista”
Fechar boas escolas sejam públicas sejam privadas é uma vergonha .
Deve ser uma coincidência esta evolução positiva tanto nas escolas públicas como nas privadas. E durante o mandato de Nuno Crato o tal que os sindicalistas odiavam .
A hegemonia do setor particular e cooperativo nestes rankings volta a confirmar-se e a acentuar-se. Pelo nono ano consecutivo, não há escolas públicas nas 10 primeiras. A última a consegui-lo, no ano de 2013, foi a Escola Básica e Secundária Monte da Ola, em Viana do Castelo, que então alcançou um sensacional 9º lugar na lista geral.
Depois do "desastre" de 2013 - ano em que apenas cerca de 30% das escolas nacionais conseguiram atingir ou superar essa média -, a evolução tem sido constante nos últimos três anos. Desta vez, entre 621 estabelecimentos analisados, apenas 98 ficam abaixo dessa bitola, naquele que será um dos melhores resultados globais de sempre. As classificações mais altas também evoluíram.
Entretanto o actual ministério anda a fechar boas escolas privadas de braço dado com a Fenprof
Não é por serem públicas ou serem privadas . Como em todas as organizações, os resultados obtêm-se com organização, empenho e mérito. E estes factores têm que ser medidos comparando com outras organizações. O que é que se pode esperar desta escola atentas as condições em que opera ?
A qualidade da formação dos professores é, por toda a Europa, uma prioridade das políticas públicas de educação, devido a uma evidência consolidada em dezenas de artigos científicos e relatórios internacionais: na escola, nenhum factor tem maior influência nas aprendizagens dos alunos do que o professor. Dito de outro modo, existe uma diferença tremenda entre aprender com um bom ou com um mau professor. Por isso mesmo, tantos países elegeram a introdução de critérios exigentes no acesso à profissão de professor como o centro da sua política educativa, sendo a Finlândia o exemplo mais conhecido – os finlandeses só confiam nos melhores entre os melhores para preparar as gerações futuras nas suas escolas. A questão estratégica resume-se, portanto, de uma forma muito simples: é legítimo discordar dos moldes da prova de avaliação, mas quem o faz tem a responsabilidade de lançar alternativas. Porque é realmente imperativo ter os melhores professores possíveis nas escolas. O PS sabe-o, e daí ter introduzido a prova em 2007, mas PCP/BE recusam-no. E o que aconteceu sexta-feira, no parlamento, foi a eliminação da prova nos termos de PCP/BE, em nome da recusa dessa exigência.
Há 10 anos que não aparece uma escola pública no TOP 10. E as escolas privadas ano após ano reforçam o seu domínio . Percebe-se bem porque é que os defensores do monopólio da escola pública não aceitam comparações e muito menos a sua publicação. Dizem que é uma comparação injusta embora ao longo do tempo o modelo tenha sido melhorado com factores de correcção. A verdade é que não querem porque a grande maioria da dita escola pública é má e apresenta resultados inferiores.
A partir deste posição de encobrimento do demérito e do quase monopólio da escola pública tentam acabar com as boas escolas privadas. Em vez de usarem a informação para corrigir e melhorar tentam igualar tudo pela mediocridade. Todas públicas todas más, eis o grande objectivo de sindicalistas comunistas e acompanhantes.
Será possível introduzir melhorias sem conhecer a qualidade de todas e de cada uma das escolas ?
A educação é feita de grandes coisas e de pequenas coisas. O trabalho quotidiano de professores e alunos vem antes de tudo, é certo. Nada é mais importante que esse trabalho. Mas, para que ele tenha sucesso, há um conjunto de peças que têm de trabalhar em sincronia. Entre elas destaca-se o conhecimento público do que se passa na escola. É esse conhecimento que permite reflectir, discutir, actuar, apoiar professores no seu esforço de exigência e intervir para melhorar o ensino.
Para as famílias só há boas e más escolas . Para os sindicalistas comunistas e acompanhantes há escolas públicas e privadas.
É, claro, que as escolas privadas são cada vez melhores . Luta-se para ter alunos, luta-se para ter emprego, luta-se por bons resultados.
E as restantes privadas que se encontravam a meio da lista fizeram um esforço para melhorar os seus resultados. “Há mais escolas privadas a mover-se para um quartil melhor do que para um pior, enquanto que o oposto é verdadeiro para as escolas públicas”, afirma o estudo.
Quanto às escolas que abriram neste período, os autores observaram que as privadas se classificaram na metade superior da tabela (81%), já a maioria das públicas ficou na parte inferior.
Portanto, os autores concluem que os rankings têm um “forte efeito nas escolas, com diferenças significativas entre as escolas públicas e privadas”, já que as segundas conseguem melhores classificações do que as primeiras, alargando o fosso entre os dois grupos.
E as famílias não são indiferentes aos rankings. “Após a publicação, as escolas piores classificadas têm menos alunos e enfrentam uma maior probabilidade de fecharem”, com um impacto maior nas privadas.
Ainda em 2001 foi necessária uma intervenção judicial para que os resultados globais das escolas fossem conhecidos do público. Hoje, espantamo-nos com essa concepção limitativa da liberdade : os pais não têm o direito de conhecer os resultados das escolas onde vão colocar os filhos ou onde os seus filhos se encontram? As famílias não têm o direito de conhecer as forças e as fraquezas de uma escola?
A divulgação dos resultados globais dos estabelecimentos de ensino tornou-se uma rotina. E uma rotina muito útil. Os jornais, estudam e divulgam os resultados das escolas, deixando a informação de estar apenas disponível para alguns técnicos do ministério, passando os números a ser publicados, comentados, escrutinados, estudados, comparados e utilizados. A escola melhorou, porque se presta mais atenção aos resultados. E porque há mais e melhor avaliação.
É difícil mudar a realidade sem a conhecer. Mas de pouco serve conhecê-la se ela não puder ser modificada. As escolas têm hoje mais instrumentos para poder melhorar. ( Nuno Crato - ministro da Educação- Expresso)
Claro, que haverá sempre quem lute por uma escola monopolista, a que chamam pública, que dizem sua e onde plantam ideologia em vez de aprendizagem. Não querem resultados porque não querem comparações . Como é notório e agora público, as escolas públicas estão muito longe do que seria de esperar em função do seu contexto social. Este era o último argumento de quem não queria mudar e manter o ensino debaixo da bota cardada. Foram introduzidos os factores de correcção tendo em vista os diferentes ambientes sociais e os resultados confirmam o que sa sabia. Há escolas melhores do que outras e as privadas são as melhores de todas.
Entre tantas notícias inquietantes uma há que compensa : " A importância deste tipo de índices foi, há tempos, estudada por André Azevedo Alves, colaborador do Observador, num pequeno ensaio publicado na revista XXI, da Fundação Francisco Manuel dos Santos, ensaio esse onde analisa a evolução da posição do nosso país em dois indicadores diferentes do agora divulgado mas igualmente importantes: o Index of Economic Freedom (IEF) e o Economic Freedom of the World Index (EFWI). E conclui o seguinte: Os países com mais liberdade económica tendem a ser aqueles que mais se desenvolvem e também os que crescem com mais equilíbrio social e bem-estar. Portugal evoluiu muito positivamente nos índices de liberdade económica entre 1985 e 1995, mas depois começou a recuar. Mais: a estagnação económica da última década coincidiu com uma rápida deterioração da nossa posição relativa nos rankings da liberdade económica. No que respeita a comentários, estes resultados justificaram um editorial no Diário de Notícias – “O salto em frente” – e dois artigos no Diário Económico. A subdirectora Helena Cristina Coelho defendeu que “a verdade é que, apesar de tudo o que ainda corre mal, o país começa a reconstruir a sua economia e a recuperar pontos na competitividade