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BandaLarga

as autoestradas da informação

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A esquerda entre dois whiskies e um arroto

Eram dois jovens engenheiros ucranianos que numa manhã apareceram aqui no largo . Vi-os descer ao inferno. Não tinham emprego e as ajudas eram poucas e estavam a terminar. No mínimo ajudá-los a voltar à terra natal mas nem isso.

Estes dois jovens foram os que mais me marcaram mas tive outras experiências igualmente desoladoras . Falei com eles, ajudei-os no possível mas os chineses têm razão. Sem cana de pesca  não se apanham peixes. 

Deixar entrar gente no país sem cuidar de lhes assegurar condições de uma vida digna é criminoso .Sabemos o que se passa na agricultura no Alentejo e no Algarve onde centenas de imigrantes são explorados. Nas ruas de Lisboa sem abrigos imigrantes é um ver se te avias. E sabemos como o país nunca conseguiu tirar da pobreza 10% de portugueses. E pior, há portugueses que trabalham mas nunca conseguiram sair da pobreza.

Os serviços públicos estão pior que nunca miseravelmente às mãos da frente de esquerda . Mas é esta mesma geringonça que untada de bondade abre a porta aos pobres que nos procuram descuidando o pequeno pormenor de lhes proporcionar oportunidade de usufruírem uma vida decente.

Entre dois whiskies e um arroto a esquerda dorme descansada.

Um país cada vez mais pobre

Espanha nos últimos dez anos cresceu economicamente em termos agregados 31% . No mesmo período Portugal cresceu economicamente em termos agregados 7,5% . O governo anda a vender-nos como uma grande vitória um crescimento de 2,2% que já será de 1,8% em 2019 . Espanha e Portugal são vizinhos e pertencem à mesma zona economica pelo que os factores que afectam um afectam o outro.

Este é o resultado de uma política económica que corta no investimento e aumenta as cativações enquanto distribui o pouco que há pelas clientelas eleitorais.

As exportações estão em queda porque os países compradores, que são os mesmos de sempre, também já estão a travar.

Neste momento, o governo atacado por todos os lados pelos sindicatos, espera que a crise não se abata sobre o país antes das eleições pelo que em desespero procura continuar a distribuir o que tanta falta faz à economia.

O Turismo está a ser prejudicado pelos países nossos concorrentes que já saíram das situações turbulentas que afastaram boa parte dos turistas que nos procuraram .

O que é bom devemo-lo a terceiros como é o caso dos juros que, graças ao programa de compra de dívida do BCE, é agora mil milhões de euros mais baixo/ano.

De que te ris, António ?

Londres está em negação sobre a pobreza que se vai agravar com o Brexit

O Reino (des)Unido vai perder muito dinheiro dos subsídios europeus e com isso agravar a pobreza

"Está claro que as consequências do 'Brexit' sobre as pessoas que vivem em situação de pobreza é uma consideração secundária", referiu Philip Alston, explicando que o Reino Unido vai perder muito dinheiro de fundos europeus que podiam beneficiar as áreas mais carenciadas.

É assim que estão os que querem sair da União Europeia

Para um europeu é difícil perceber o que é ser pobre no Brasil

Francisco Assis :  Muitas vezes é difícil percebermos o que isso significa a partir de uma perspectiva europeia. Mas quem viajou dezenas de vezes para a América Latina, como eu fiz nos últimos anos, sabe bem o que isso traduz naquele sacrificado continente. Ali, ser pobre corresponde a ser muito mais pobre do que no nosso velho continente europeu; ali, ser mulher, ser homossexual, ser indígena, ser desempregado, ser mãe solteira, comporta uma carga sem correspondência com o que se passa no mundo que nós próprios habitamos.

Em vez de mais impostos era bem melhor aumentar a riqueza produzida

A economia cresce poucochinho, caminhamos para continuarmos na cauda, os trabalhadores que trabalham não conseguem ter uma vida digna. Aumentar os impostos com o nível a que a carga fiscal já chegou não é solução.

O último aumento, nos salários dos funcionários públicos, desta dimensão, foi nos idos de 2009/2010. Pois, que rico e memorável ano. Em pleno devaneio orçamental do fantástico Governo Sócrates, que nos facilitou o embalo contra a parede da crise e posterior ajustamento seguindo as directrizes dos credores internacionais, que nos emprestaram o dinheiro, quando o mercado financeiro internacional de dívida pública se fechou para a República Portuguesa.

Para perceber um pouco melhor como Portugal está, sugiro a leitura do artigo do Professor Daniel Bessa este fim-de-semana no caderno de Economia do Expresso. O tal tempo de bonança, aparentemente de vacas gordas, não nos pode desligar da realidade e das ameaças que se acumulam no horizonte.

Claro que para compensar a ideia de aumentos salariais para os trabalhadores, vem o outro lado da moeda, nomeadamente, os pedidos do PCP de aumento de impostos como IMI ou de mais tributos para quem mais recebe. Claro, o remédio de sempre. Impostos e mais impostos. E este é problema deste país, pensar em tributar o mesmo bolo de sempre, sem lutar por aumentar o tamanho do bolo a distribuir por todos. A falta de estabilidade fiscal é cada vez mais um autocolante que não larga o país.

A pobreza do Miguel Tiago

O deputado Miguel Tiago não conheceu aquela selecção francesa que só tinha um jogador branco. Eram todos de origem africana excepto um, magrebino, que era o melhor de todos. Zidane. Nenhum se fez explodir nem preparou e executou ataques terroristas. Nessa altura em França eram todos ricos ?

Mas se a culpa é da pobreza não haverá, entre os africanos, hindus , ucranianos e outros, gente pobre?

Claro que esse argumento defendido pelo PCP e pelo BE não tem pés nem cabeça. A Europa confronta-se com uma organização politica e religiosa, cheia de dinheiro e de petróleo. Se quisesse com esse imenso dinheiro tiraria da pobreza milhões de muçulmanos em vez de andar a comprar armamento para as suas guerras santas. E é a direita que tem culpa desta opção por parte da organização terrorista?

E também não consta que nos bairros pobres em Portugal, Espanha, Grécia e Roménia floresçam terroristas.

Os países ocidentais têm culpa de muitas coisas, mas o terrorismo, de que são vítimas, não é uma delas. O terrorismo islâmico tem os seus responsáveis. São Estados, partidos e famílias. Servem-se das condições existentes nos meios imigrados para recrutar soldados rasos. Mas estes não são os responsáveis. Os bairros segregados fabricam terroristas, não fazem o terrorismo. Já há quem diga que a culpa do terrorismo reside nas políticas e nos governos da direita. Se de alguma coisa os governos europeus são culpados será eventualmente de não terem melhores polícias. E de não terem mais coordenação antiterrorista entre as várias polícias. Essas, sim, são culpas nossas.

 

Somos a primeira geração que pode erradicar a pobreza extrema

Numa conferência com o título "O mundo que queremos - Jorge Sampaio frisou que o balanço dos últimos dez anos é globalmente positivo, embora irregular. Quando as metas para o desenvolvimento foram fixadas "24% da população mundial morria à fome e 37% viviam em pobreza extrema". A redução destes números em cerca de metade, o aumento da escolarização ( as crianças sem acesso à educação caíram de 102 milhões para 57 milhões) e o combate à mortalidade infantil são áreas que há que destacar, apesar do muito que há ainda por fazer.

Mónica Ferro, académica e deputada lembrou que " somos a primeira geração que pode erradicar a pobreza extrema". Um dos entraves é que os países ricos apenas contribuem com 0,7% do PIB para a ajuda ao desenvolvimento. Mas na realidade só chegam aos mais pobres 0,3%.

" Por vezes cabe a uma geração ser grande. Esta pode ser essa geração. Deixem a vossa grandeza florescer".

Na Venezuela o petróleo e as aparições de Chavez não salvam a economia

Na Venezuela, repetem-se os fenómenos de pobreza que já se verificaram em todas as sociedades "a caminho do socialismo". A pobreza atinge cada vez mais gente, os preços sobem 63%, a recessão afunda para 4,7% do PIB. Isto apesar do enorme oceano de petróleo propriedade do Estado.

A razão, como sempre, deve-se à campanha internacional movida contra a Venezuela como bem se vê pela queda do preço do petróleo que agora está em 47 dólares. Mas já esteve perto dos 200 dólares e nem por isso  se reduziu a pobreza.

A razão, comum em todos os casos, é que a economia estatizada não responde às necessidade de produção de riqueza. Não se pode distribuir antes de produzir. Abafar a iniciativa privada é abafar a economia, a produção de riqueza e a criação de emprego.

"O governante pediu a toda a "pátria" para entrarem em 2015 "com vontade de trabalhar, com esperança, com infinita força" e, apesar de reconhecer que será "um ano de luta", apelou para que se acredite que será um período de "grande mudança do modelo económico", do qual sairá um novo esquema "assente no trabalho".

Tal como nós andamos a fazer há três anos mas sem petróleo.

Em 2005 o número de pobres superava o actual e não incomodava ninguém

Alberto Gonçalves - DN  : Porém, ao acrescentar-se, de modo a acentuar as sombras, que a taxa é a mais elevada desde 2005, obtém-se o efeito inverso ao desejado e a coisa muda de figura. Se não erro, em 2005 os poderes públicos tinham acabado de construir uma resma de úteis campos da bola (e organizado o "melhor Europeu da História"), planeado o TGV e prometido o futuro aeroporto de Lisboa, entre outros desígnios nacionais que nos haveriam de conduzir à felicidade eterna. Os tempos, pois, eram risonhos, tão risonhos que o facto de o número de pobres de então superar o actual não incomodava ninguém, ou quase ninguém. E achava-se importantíssimo lembrar que os portugueses, incluindo os menos afortunados, não são números: são pessoas.