António Correia de Campos ( ex- ministro da saúde de um governo PS ) : ...O que os sindicatos dos professores não conseguirão será atrair em vez de repelir, o cidadão para a sua causa. Com efeitos impossíveis de prever para o desprestígio da sua luta". (...) sendo este o sentimento da esmagadora maioria dos portugueses, cabe perguntar : o que move realmente estes actores?
João Carlos Espada - Professor Universitário : ...passe pela necessidade de defender a escola pública - mas uma escola pública que esteja ao serviço dos alunos e das famílias e não dos líderes político-sindicais. (...) a conclusão é bastante clara. Os sindicatos não queriam de facto chegar a um nenhum compromisso (...) por que assistimos em todos os governos, a guerras entre os líderes sindicais e os ministros da Educação? Por que são os líderes sindicais insensíveis aos prejuízos causados a alunos e familiares?
(...) porque as escolas são centralmente dirigidas, em vez de serem dirigidas localmente e terem de responder às escolhas das famílias.
(...) Nuno Crato deve agora explicar aos professores, às famílias e aos alunos por queos líderes sindicais se recusaram a negociar. E deve propor a reforma do sistema educativo de forma a que a escola pública possa estar ao serviço da família - e não dos líderes político - sindicais.
O ditador Nuno Crato contra o democrata Nogueira. Um quer fazer os exames o outro quer prejudicar milhares de alunos. Um quer abrir o diálogo desde que o outro faça o que ele quer. A vitória é dificil mas é nossa. Somos a muralha de aço. Sempre, sempre ao lado do povo!
Nesta opinião o autor alicerça-se numa "mentira estatística". "Nuno Crato, nesta entrevista, omite que Portugal fez nas últimas décadas decisivos avanços em todos os sectores da Educação como é demonstrado por estudos transnacionais como o PISA."
Quanto aos "decisivos avanços" a verdade é que a educação em Portugal continua na cauda dos países desenvolvidos (segundo o PISA). E quando se parte de cá de muito baixo, qualquer melhoria é um grande salto estatístico. É como dois amigos que jantam juntos um frango. Um deles que sempre comeu o frango todo (100%) decidiu dar metade ao amigo. O avanço foi enorme (50%). Mas entretanto, nos outros países, há muito que se deixou de comer frango e come-se bife do lombo. Aqui já não há significativos avanços de escala. Há melhorias de qualidade e já se come com toalhas e guardanapos.
Na Suécia, no Reino Unido, na Holanda, nos Estados Unidos, na Finlândia, na Alemanha...há escolas autónomas entregues aos professores e aos pais; há liberdade de escolha pelas famílias ; há avaliação assente no mérito e, claro, estão há muitos anos no topo das melhores escolas de todo o mundo (PISA).
Para se ver estas escolas é preciso olhar em frente. Olhar pelo rectrovisor é ver , por exemplo, o abandono escolar português que é dos maiores entre os países desenvolvidos (PISA). E ver as más escolas públicas ( a maioria ) cheias de alunos pobres!
Nuno Crato tem o apoio de todos os pais que querem ver os seus filhos fazer os exames a tempo e horas. É uma vitória extraordinária e que pode mudar para sempre a escola centralizada e sindicalizada que temos. Oxalá Nuno Cratro perceba que a única vantagem que sindicatos e professores ainda têm é não haver alternativas suficientes em número, para que os pais possam escolher livremente.
Durante décadas os sindicatos comunistas constituiram, juntamente com os burocratas do ministério, um "comité central soviético" que toma todas as decisões para as milhares de escolas existentes no país. Como se fosse possível que a qualidade do ensino melhore quando não são levadas em conta a especificidade dos alunos e do ambiente em que as escolas leccionam.
Os pais vão perceber de vez porque é que os colégios privados estão cheios de alunos filhos de gente que pode pagar, porque é que as boas escolas estatais estão cheias de alunos filhos das classes mais favorecidas e porque é que as más escolas estatais estão cheias de alunos pobres.
É preciso caminhar para a autonomia das escolas, implementar o "cheque ensino", as free schools" e aumentar o número de escolas com "contrato".
Há muito que os país perceberam que a educação que deveria ser dirigida aos alunos é dirigida aos interesses profissionais dos professores. A partir de agora perceberam que a escola estatal é, nem mais nem menos, que uma arma usada na disputa partidária.
Os sindicatos transformaram um direito conquistado com sangue, suor e lágrimas num modo de vida político. E transformaram os alunos em carne para canhão!
Nuno Crato continua a pensar que o ministério da Educação é um monstro cheio de burocracia e que é preciso implodir. Mas, confessa, que não é fácil e que não está contente com o que conseguiu neste campo nos seus dois anos como ministro. Sem autonomia as escolas nunca se libertarão da burocracia nem da ideologia partidária que tantos prejuízos causa aos alunos. E sem a livre escolha da escola o estado centralizador continuará a nivelar as escolas por baixo, pela mediocridade.
Quase dois anos depois de assumir a pasta da Educação, Nuno Crato mantém que o Ministério é “um monstro burocrático” que devia ser “implodido". “Acho que sim. Ainda acho no seguinte sentido, vamos agora deixar a parte mais folclórica desta discussão e passar aos factos: um dos aspectos em que nós temos trabalhado aqui no Ministério e em que eu digo que não estou contente, acho que temos muitíssimo mais a fazer nestes aspecto é o de dar maior autonomia às escolas e reduzir o peso centralizador do Ministério.Para as minhas ambições tenho pouco [caminho feito nesse sentido]”, admite o governante.
Queriam ouvir o ministro Nuno Crato porque pela primeira vez um processo envolvendo um ministro chega ao fim. Queriam saber como foi possível tal resultado. O que é que falhou desta vez?
Os deputados do PS, do PCP e do BE estão amedrontados. É que se há muitas como esta ainda se vão saber verdades inconfessáveis. Trata-se de um precedente perigoso.
...apanhará Nuno Crato com as calças na mão. Que melhor altura para iniciar uma reunião? Para quê perder tempo? Não sabemos todos, incluindo o ministro, que não vale a pena falar com o alucinado Nogueira? Não sabe Crato o que é que ele quer? O PC anda a dizer pela boca de Nogueira, há vinte anos, o que pretende, para quê perder tempo? E os Portugueses ao atribuírem 8% dos votos ao PC não disseram já que não querem o que o PC pretende?
Se o secretário de Estado reune sempre que é pedido e preciso com a Frenprof, e transmite ao ministro o teor da conversa, estará o Nogueira convencido que cara a cara o ministro tem medo e cede? Ou é porque considera que a sua importância exige a presença do ministro?
Mário Nogueira, a verter ódio. Veja o vídeo. Mário Nogueira diz que se Passos Coelho fosse consciente com o que afirmou em 2010 se entregaria numa esquadra da polícia. O secretário-geral da Fenprof afirma que o Governo tem de cair e que os professores já não aceitam falar com secretários de Estado.
Como se representasse "os professores". Uma minoria que, comunista como ele, transformou o Ministério da Educação no campo de combate do corporativismo militante. Impedindo a evolução do ensino. Quem não põe os pés numa escola há vinte anos sabe pouco do que lá se passa.
Nuno Crato publicou ontem as novas competências das escolas. Na autonomia e gestão e na Revisão curricular.
Reforço da autonomia pedagógica e organizativa das escolas:
O crédito de horas dado à escola tem sido dado em função do tempo de serviço dos professores (antiguidade) e o MEC quer dar esse crédito em função do número de turmas da escola. O MEC vai transferir para os diretores e os conselhos pedagógicos o poder para fazerem uso dos créditos horários.
Dar autonomia às escolas para organizarem os tempos letivos como quiserem. Podem optar, por exemplo, por tempos letivos de 50 minutos, por 45 minutos ou por 90 minutos.
Introduzir a oferta de complementos curriculares complementares com carga flexível a ser realizadas com o crédito horário da escola. As escolas têm liberdade para decidirem quais os conteúdos dessa oferta de complementos curriculares.