O estalinismo do ministério da educação
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Se não soubesse e com maioria na Assembleia não precisava de petições. Mas sabe que perdeu e por isso tenta o velho golpe das personalidades.
Mas personalidades são o Presidente da República, conceituados juristas, o Cardeal Patriarca, e o próprio primeiro ministro . E a letra dos contratos. E a palavra dada pelo estado corresponde a palavra honrada. A rede pública de ensino tem que ser plural é assim em democracia.
BE e PC querem o monopólio estatal no ensino como querem na saúde e em todos os outros sectores mas os portugueses em eleições livres sempre recusaram. Por amor de Deus o BE representa 10% dos eleitores e o PCP 8%, só são importantes para António Costa
Pura burrice . O que defende e a forma como defende mostra um decisor à deriva a fazer o que agrada a terceiros mas não ao interesse público. O argumento financeiro já foi à vida resta o ideológico que vai ser travado nas escolas pela população. Tiago Rodrigues não tem futuro neste governo de António Costa.
Claro que a questão dos números é relevante nos tempos que correm. O governo diz que pagar 80 mil euros por turma no sector privado é exagerado, que na rede estatal é possível reduzir esse valor para os 55 mil euros. Mas a solução tem de passar por matar o sistema actual e substituí-lo por uma versão moderninha dos regimes comunistas? Ou deve-se, pelo contrário, colocar os interesses dos alunos em primeiro lugar, fazendo opções baseadas na qualidade do ensino ministrado? Porque não fechar escolas públicas nas regiões em que os colégios privados exibam melhores resultados, renegociando o custo por turma e transferindo o investimento público para os estabelecimentos onde os alunos sejam melhor ensinados?
Um Estado não tem a obrigação de defender o sector público ou o privado – a sua principal responsabilidade é assegurar o bem comum.
Melhor que as orelhas de burro que não pode levar para o conselho de ministros são umas boas reguadas dadas pelo Nogueira da FENPROF.
Para a geringonça, os alunos não devem ser avaliados para evitar ansiedades perniciosas, os professores não devem ser avaliados porque isso não se faz aos membros dos sindicatos de Mário Nogueira e companhia, as escolas não devem ser avaliadas porque isso não se faz à escola pública, mas o ministro da Educação deve ser avaliado pelos sindicalistas. O anúncio não dá muitos pormenores sobre o modelo de avaliação, se mete prova escrita e oral, e muito menos adianta quais serão os castigos a aplicar ao ministro em caso de avaliação negativa.
A agressão a uma professora está na agenda do alucinado Nogueira ? " Alguém encontrou uma declaração do Ministério da Educação sobre este caso? E dos sindicatos? Não sei se existiu alguma tomada de posição por parte dessas entidades, mas a ter existido foi totalmente ofuscada pela agenda do camarada Mário Nogueira: colocações, listas e outros assuntos administrativos a que há anos se convencionou em Portugal chamar ensino. Na prática quando em Portugal se fala de ensino fala-se daquilo que Mário Nogueira quer. E a Mário Nogueira o Ministério da Educação só interessa enquanto maior empregador de Portugal, logo o melhor caldo de cultura para a sua actividade de funcionário público profissionalizado na contestação em serviço próprio e do partido a que é afecto.
Há anos que isto é assim e só o estado de profunda anomia em que nos encontramos leva a que não percebamos que nesta notícia cada parágrafo é um problema, esse sim do ensino e da escola, e sobre os quais ninguém se pronuncia porque andamos todos a discutir o problema de umas listas de colocação cujas fórmulas são o que de mais aproximado com o centralismo soviético se fez em Portugal. "
E vai ser assim enquanto tivermos um ensino centralizado e sindicalizado, agência de colocação de professores.
O Ministério da Educação quer "municipalizar" as escolas. Isto é, tirar poder ao Ministério da Educação e distribui-lo pelos municípios. Tirar partido da "proximidade", do conhecimento dos problemas "in loco". Mas parece que não. Afinal, municipalizar, é mais um passo para privatizar. Há municípios tão maus, dizem os sindicalistas. É claro que não dizem quais, nem vale a pena, sabemos bem quais são os bons e os maus na sua opinião tão isenta. “Perigosa” e “desnecessária” é a forma como os dirigentes escolares qualificam a proposta de “municipalização” das escolas que o Ministério da Educação e Ciência (MEC) tem vindo a negociar com os autarcas de vários concelhos do país. Esta gente tão preocupada é a mesma que grita contra a desertificação do interior. Fechar uma repartição de finanças no interior é um crime, mas dar capacidade de decisão aos poderes locais também é um crime. Parece,mas não tem nada de contraditório, basta ver quais são as consequências para os estatistas. Num caso, com ou sem repartição, o poder continua no Terreiro do Paço. Na municipalização das escolas grande parte do poder deixa a 5 de Outubro. Como dizia o "Gordo" : estão a mexer no meu bolso.
Na TVI 24, Medina Carreira e Filomena Mónica falaram sobre educação. O maior falhanço do 25 de Abril é assim que a classificam. Em quarenta anos tivemos trinta e oito ministros que foram montando um monstro burocrático que deixaram entregue aos burocratas do ministério e ao alucinado sindicalista Nogueira . Uns e outros co-governam o Ministério com os resultados que se conhecem. Mantendo a escola centralizada para melhor a capturarem. São as duas faces da mesma moeda e sem uma a outra não existe.
Implodir o ministério, tal como Crato gostaria, é uma boa solução, mas para Medina Carreira o que qualquer ministro devia fazer antes de tudo era desconstruir o monstro. Peça a peça. Aí entraria a autonomia nas escolas, por forma a retirá-las das garras do ministério que se vigia a si próprio. " Um pastelão completamente inviável" é o sistema escolar que temos. É altura de dizer basta e de introduzir o mérito e a disciplina. PS : veja os vídeos
Ano após ano os resultados não enganam. As escolas privadas têm muito melhores resultados. Mas o ministério não deixa a presa. Em lado nenhum da Constituição está escrito que as escolas têm que ser propriedade do estado.
Ninguém - penso que nem o Governo que é sempre o principal suspeito de tudo - quer tirar ao Estado a capacidade de definir as metas de aprendizagem, o essencial dos programas escolares e as avaliações finais. Mas tem-se pretendido que o Estado, além destas incumbências que devem ser suas, tenha também o poder de dar emprego aos professores, de contratar empreiteiros para as construções e reparações de escolas, enfim, de controlar tudo quanto mexe na educação.
Não é a Constituição que está em causa. Quem fica em causa com a liberdade de escolha na educação é um poderosíssimo lóbi que há demasiados anos delapida milhões que já foram gastos naquele gigante insaciável que é o Ministério da Educação.
Só há uma solução. Implodi-lo! "O ano lectivo começou com problemas: professores não colocados, escolas por abrir, escolas sem pessoal auxiliar suficiente… Qual é a surpresa? Nenhuma. Há trinta e tal anos que a cena se repete. Desta vez a cena passa-se com Nuno Crato no Ministério, mas já sucedeu com os seus antecessores. À Esquerda e à Direita. E as críticas, à semelhança de anos anteriores, vêm dos mesmos sectores: pais, analistas, políticos e, naturalmente, sindicalistas (com o inefável Mário Nogueira à cabeça do grupo).
Dar autonomia às escolas, descentralizar. Acabar com a sindicalização do ensino. Devolver a dignidade aos professores.
Tal como diz Nuno Crato sem reduzir o centralismo e a dimensão do ministério nada melhora na Educação. A entrevista terminou com uma referência à célebre frase de Nuno Crato, dita antes de ser ministro, sobre a necessidade de implodir o Ministério da Educação. “Tenho-me esforçado para reduzir o centralismo e a dimensão do Ministério da Educação. Há muito mais a fazer", respondeu.
Que não lhe doam as mãos porque na verdade, sem isso, nada mudará na educação em Portugal. É materialmente impossível gerir todas as escolas a partir da 5 de Outubro com êxito. Os sindicatos não pedem nem nunca pediram a descentralização da educação. A autonomia das escolas seria um golpe profundo quer nos sindicatos quer nos burocratas do ministério. Mais tarde ou mais cedo vai acontecer à medida do que já há muito se faz por esse mundo fora, onde a educação apresenta resultados e as famílias têm o direito de promover as melhores escolas .
Entretanto, no que diz respeito aos exames, o ministério continua a defender os alunos.