A TAP regressou aos lucros em 2016 apesar de ter facturado menos que em 2015. É que a gestão pelos privados começou a dar frutos no segundo semestre com um forte aumento do número de passageiros transportados . E os dois meses de 2017 confirmam essa tendência . Isto é, apesar da gestão privada ter na prática apenas seis meses o resultado é extraordinário quando comparado com 2015 : A TAP garantiu ainda que "o segundo semestre registou uma forte recuperação, que incluiu a obtenção de sucessivos recordes históricos no número de passageiros transportados nos meses de Outubro, Novembro e Dezembro, tendência essa que já foi reforçada nos dois primeiros meses do corrente ano".
A razão para este resultado notável é só um . Quem sabe, sabe, e o estado não sabe, por muito que invente frases ( sound bytes ) que espremidos não dão meio copo de sumo. Companhia de bandeira diziam eles.
Há dezenas de planos que nunca saíram do papel e muitas das vezes incompatíveis entre si. Portugal é o país onde em proporção há mais incêndios e área ardida. Bruxedo? não, incompetência. No tempo de Guterres houve um plano para a construção de dez fábricas de biomassa. Com alguma generosidade ouvi falar, vagamente, de duas.
Ricardo Ribeiro propõe que as boas práticas da população seja matéria do sistema de ensino e que deve haver campanhas publicitárias. Os bombeiros devem ter também mais formação e deve criar-se um sistema de incentivos públicos para o ordenamento do território e para limpeza do biocombustível, para a qual deviam ser criadas equipas de intervenção.
Apostar na criação de um mercado ibérico de biocombustível, aprofundar a "atuação punitiva", implementar meios permanentes de combate a fogos a partir de março, criar medidas sociais para pessoas até 50 anos, para combater a desertificação, criar incentivos fiscais para fixação de jovens no campo ou apostar na videovigilância são algumas das propostas de Ricardo Ribeiro.
Envolver as pessoas num compromisso em que a adição de todos os seus benefícios individuais seja uma soma lucrativa nacional. Isto claro, se os inimigos do lucro não verem nisto as labaredas do inferno
Num texto particularmente visionado e comentado o lucro foi o argumento mais vezes usado para rebater a existência de escolas privadas convencionadas. O crime é terem lucro, como se fosse possível alguma organização seja ela pública ou privada sobreviver sem lucro. O argumento até abre a porta à pergunta : então se tiverem prejuízo já podem ser convencionadas pelo Estado ?
Para os comentadores que usam esse argumento, o lucro é traduzido numa garagem cheia de porches amarelos, iates no mediterrâneo e palácios em Sintra e em Cascais. Ora a verdade é que essas riquezas raramente são resultado do lucro. São mais resultado de esquemas ilícitos.
É o lucro que permite às organizações, desde os estados às grandes empresas, passando pelas PMEs e pelas famílias, renovar e substituir equipamentos, crescer em inovação e actualização dos produtos, melhorar a vida dos trabalhadores em termos salariais e ambientais no trabalho. O lucro é a origem dos postos de trabalho de amanhã, sem lucro não há investimento nem criação de postos de trabalho.
Sem lucro ( com prejuízo) qualquer organização tem que pedir emprestado, aumentar as dívidas, empobrecer, pagar pior aos trabalhadores. Acabam por fechar .
O lucro é necessário para que a economia se torne mais forte e para que a vida de todos seja melhor. Quando uma empresa ou um país tem lucro, todos ganham, embora alguns ganhem mais do que outros . Mas essa já é outra questão. É aí que o estado deve intervir distribuindo melhor, de forma mais justa. E já o faz com a taxação de impostos.
Da mesma forma o estado deve facilitar e reunir condições para que a economia tenha lucro . Exactamente o contrário do argumento apresentado.
O que se passa em toda a Europa e também em Portugal é que um dos pilares da democracia e do estado social está a soçobrar ao peso do estado. A liberdade individual de iniciativa, a única que cria riquesa e postos de trabalho, que inova e avança, deixou de conseguir manter a despesa pública.
É, hoje, praticamente unânime que ao nível dos meios financeiros, técnicos e humanos que o estado consome, não é possível a economia crescer acima dos 4% . O estado social e o estado administrativo retiram à economia quase 48% do que produzimos. E das duas uma, ou o estado se coloca ao serviço da iniciativa privada, melhorando e facilitando, como há muito perceberam os estados mais avançados do Norte da Europa ou continua a olhar para a iniciativa privada como um inimigo a abater . O lucro, " o ninho da serpente ".
A Democracia está a encontrar saídas, chamando para a solução as forças de protesto que, ora avante, vão deixar de prometer soluções milagrosas. Os partidos comunistas que chegaram ao poder em democracia desapareceram todos. E até mesmo os partidos social-democráticos e socialistas estão a perder representatividade.
Será o estado democrático, liberal, assente no escrutínio e na participação da sociedade civil que responderá aos desafios do futuro. Para já é o estado social inventado pelos Europeus que carece de soluções. Não se confunda com as empresas e administração públicas onde se aninham os interesses das classes dependentes do orçamento do estado.
Sem o "lucro " tão odiado não há investimento nem postos de trabalho. Em paralelo há despesa pública que já nos empurrou e nos continuará a empurrar para o empobrecimento.
O PCP e a CGTP pedem pouco ao PS. Só querem a reversão das leis laborais e o regresso ao seu seio das empresas de transportes. Com tão pouco param o país sempre que quiserem.
A ANA - gestão de aeroportos - depois de privatizada aumentou o cash flow em 50%. Muita gente andava preocupadíssima por que a companhia já aumentou as taxas portuárias cinco vezes desde que foi privatizada. Fugiam os clientes, auguravam, como se uma empresa com concorrência internacional não fizesse contas.
Na base deste crescimento dos resultados esteve o aumento do tráfego nos aeroportos portugueses, bem como a subida das tarifas cobradas. O duplo efeito (em quantidade e em preço) terá sido determinante para que, de um ano para o outro, o cash-flow operacional passasse de €200 milhões para €300 milhões.
Como não há subsídios públicos a ANA faz tudo para ser feliz no seu novo estado. O divórcio não é solução.
Um gigante vergado à incompetência e aos interesses de quem andou a brincar com dinheiro público. Comprar empresas, entrar no casino da especulação, controlar assembleias gerais de bancos para lá meter os seus homens. A CGD foi usada para tudo. Perante os nossos olhos e a nossa burrice, vimos os jogos de cadeiras. Quem entrava para fazer um determinado negócio a favor de uma qualquer entidade e logo saia com a maior naturalidade do mundo.
Querer baixar o IRC para captar investimento e, logo propor, que para quem tem muitos lucros se deve subir o mesmo imposto, não entra na cabeça de ninguém. Mas cabe na de António José Seguro. Para não falar no PC e BE. O mal é ter lucros? É que sem lucros não há investimento e sem investimento não há postos de trabalho.
Ao contrário do que às vezes parece ser a verdade comummente aceite, o número de empresas que paga impostos é superior ao que se pensa: cerca de 70%. Porque as sociedades pagam IRC sobre os lucros, mas também pagam os PEC ou as tributações acessórias. Mas, mesmo assim, a maior percentagem de receita, 80%, é resultado do IRC e dos lucros das maiores empresas, leia-se, com volume de negócios acima dos 2,5 milhões de euros. Ora, o problema do País é que temos poucas empresas a pagar IRC sobre os lucros, porque não há lucros. Quando o PS quer fomentar o investimento, o agravamento do IRC estadual não é o melhor caminho, é o pior. E dessa iniciativa resultará também o prejuízo das pequenas e médias empresas que vivem, sobretudo, da saúde das maiores.
Não há nenhuma organização que possa viver sem lucro. Desde a família, passando pelas empresas e terminando no estado. Sem lucro não há investimento e sem investimento não há postos de trabalho. O estado converte o lucro em desperdício, este em prejuízo e por sua vez o prejuízo em bancarrota ao fim de algum tempo.
É claro que há actividades que têm que ser asseguradas pelo estado e por ele prestadas em monopólio. É o caso da Justiça entre outras. E há outras que devem asseguradas pelo estado mas não prestadas só por si. É o caso da educação e da saúde onde a sã e transparente competição permite vários modelos de gestão, comparação de resultados e mudanças em direcção à excelência. De outra forma, em sistema fechado, nada muda. As pessoas e os processos não são avaliadas, não se conhecem os resultados e a decadência espreita.
O lucro é pois um factor importantíssimo no desenvolvimento e no bem estar das sociedades. Não é qualquer coisa intrinsecamente má que se possa colar a multimilionários esbanjadores ou a esquemas fraudulentos. É o resultado dos esforços de trabalhadores e de patrões que permite pagar salários, taxas e impostos. Sem lucro privado os serviços públicos soçobram.
Em Portugal lucro é sinónimo de "Porches amarelos" e de iates no mediterrâneo. Nada maisfalso!
Há quem julgue que é possível uma qualquer organização viver sem lucro. Daí a ter um ódio de morte ao lucro é um passo. Para muitos , lucro é sinónimo de um "Porsche amarelo" ou um "iate no Mediterrâneo". Mas o lucro são os postos de trabalho do futuro. Sem lucro não há investimento e sem investimento não há crescimento e sem crescimento não há emprego.
Existe em Portugal uma máquina poderosíssima para destruir iniciativa, investimento, produção e emprego. Pervertendo as suas finalidades originais, muitos serviços públicos, mecanismos sociais e até algumas empresas perseguem, ferem e muitas vezes matam os projectos produtivos. Boa parte da nossa actividade e emprego dirige-se explicitamente a estragar, prejudicar e estiolar os negócios.
Crescimento e trabalho nunca podem vir senão através do investimento. A economia funciona apenas por iniciativas empresariais. Ora basta alguém contemplar a possibilidade de lançar um projecto para imediatamente se dar conta da dimensão esmagadora das forças opostas. Temos um terreno muito fértil mas coberto com uma camada de cimento.
A TAP vendeu a participação que tinha na AIR MACAU e esta começou de imediato a dar lucros. A empresa que tem no Brasil é que só dá prejuízos e ninguém a quer. É o que se chama ter azar.
A companhia de bandeira de Macau, que chegou a ter como accionista a TAP, continua a aumentar os lucros. A empresa registou ganhos de 28,8 milhões de euros em 2012, depois de ter acumulado prejuízos durante vários anos. Razão que levou a transportadora área nacional a desfazer-se deste investimento.
A China tomou conta do negócio, injectou-lhe capital e colocou-a a operar no seu imenso território. A TAP não tem dinheiro nem território e tem que se bater com mega companhias internacionais. Vender a TAP enquanto é possível !