A livre escolha da escola pelas famílias. (...)Se isto se confirmar, será a mais importante de todas as reformas. Aquela por onde o Governo devia ter começado. Mas ainda não é tarde para a fazer. Ao introduzir liberdade de escolha, livre concorrência entre escolas, sejam elas estatais ou privadas, o Governo cria os instrumentos de pressão para a melhoria da qualidade das respostas educativas. Esta reforma é uma prova de confiança no poder de decisão das famílias. Remete o MEC para o exercício das funções de conceção curricular, financiamento e avaliação, deixando a gestão e a administração das respostas educativas para quem está mais próximo dos alunos e das famílias(...)
Nem querem ouvir falar na liberdade de escolha da escola pelas famílias mas convivem com ela em silêncio cúmplice. Para além das famílas abastadas há grupos sociais poderosos que têm essa regalia. Os únicos que não têm liberdade de escolha da escola são os pobres.
É o que se passa com os três colégios militares de Lisboa que são caríssimos quando comparados com as escolas normais.
O governo, mais uma vez, tem a coragem de acabar com um privilégio só de alguns não sem que tenha de enfrentar o descontentamento . Os argumentos são os habituais quer se trate de fechar hospitais e serviços a mais e obsoletos , concentrar escolas, fechar serviços públicos e fundações...
... o relatório desta equipa recomendava a fusão do Instituto de Odivelas e do Colégio Militar. As três escolas do Exército, concluiu a comissão, custam ao Estado cerca de 15 milhões de euros por ano. Em 2011, o IO, o CM e o IPE tiveram uma despesa na ordem dos 18 milhões de euros, tendo conseguido 3,6 milhões de receita. O grupo de trabalho identificou ainda outros pontos críticos: enquanto que um aluno do ensino público não militar custa cerca de 5700 euros ao Estado, cada aluno do Colégio Militar custou, no ano lectivo de 2010/2011, três vezes mais: um total de 15 959 euros. O valor médio por cada aluna no Instituto de Odivelas foi calculado em 10 371 euros e no IPE, o custo é ainda maior: 35 649 euros.
Só às famílias menos endinheiradas é que está vedada a liberdade de escolha da escola . É nisto que dá o conservadorismo estatista!