Ainda sobre a carga fiscal, já à margem do encontro e em declarações aos jornalistas, Rui Rio disse que em caso de não haver condições para baixar, “o Governo tinha a obrigação de não aumentar a carga fiscal”. O presidente do PSD denuncia que este “nível brutal de impostos” não é cobrado diretamente no salário, mas vai aos “bolsos dos portugueses”, por exemplo, quando na gasolina. O facto da cobrança de impostos ser indireta é, para Rui Rio, uma “habilidade do Governo”.
Desta vez é a derrama do IRC de 7% para 9% nas empresas com lucros acima de 35 milhões. Abrange um universo de 76 empresas e o Estado vai arrecadar mais 70 milhões. Mais do que insignificante é escusado porque mostra o ataque ideológico que esta maioria mantém relação às empresas.
E depois, como se trata de grandes empresas com consultores bem preparados vai ser-lhes razoavelmente fácil evitar o aumento do imposto através do planeamento fiscal. Mas o ódio cega e PCP e BE obrigam o PS a votar um aumento de imposto que António Costa tinha jurado não acontecer.
A austeridade acabou mas os impostos continuam a aumentar.
Esta taxa aplica-se às sociedades com lucros tributáveis acima de 35 milhões de euros, o que abrange um universo residual de entidades, mas que, do lado dos patrões, vem sendo interpretado como um ataque ideológico ao meio empresarial.
O Governo nunca viu a medida com bons olhos - aliás, ela vem ao arrepio da promessa de que este ano não há subida de impostos para ninguém - mas acabou por comprometer-se com o PCP e o Bloco, que, aliás, há muito já tinham dado a subida da derrama como certa.
É que no ano passado PCP e BE apoiaram a reavaliação de activos e só descobriram mais tarde que essa medida só beneficiava as grandes empresas. Agora com o aumento do IRC estão a ver se alcançam a redenção.
Contrariamente ao defendido por PCP e BE, o IRC devia descer para atrair investimento. Mas o que vem do lado daqueles partidos da extrema esquerda é que é preciso aumentar impostos e que no IRC há margem para arrecadar mais receita para o estado.
Claro que as empresas reagem, contendo investimento e deslocando as sedes para países onde o IRC é metade do que pagam aqui. Quem não o faria ?
Em Portugal um dos principais problemas para além do elevado nível de impostos que não tem nenhuma correspondência com a qualidade dos serviços prestados pelo estado, há a elevada instabilidade fiscal que muito dificulta as decisões e o planeamento fiscal das empresas.
Aumentar impostos, sejam das empresas sejam dos cidadãos, é uma forma de engordar o estado e de reduzir a sociedade civil . Quem não ganha eleições pode obter os mesmos resultados via fiscalidade e assim influenciar de forma decisiva o de sistema da governação.
O que temos visto nestes dois anos de governação da Geringonça é, criticar o "enorme aumento de impostos" de Vitor Gaspar mas nada fazer para o reduzir antes, aumentando-o via impostos indirectos e distribuí-lo pelas suas clientelas eleitorais.
Esta bateria de opiniões ( Carvalho da Silva, Honório Novo, João Oliveira) que não por acaso ( orçamento oblige) apareceram nos últimos dias a exigir maior carga fiscal. Percebe-se, a despesa para aumentar necessita que a receita também cresça. Não é preciso ser catedrático no assunto.
Carvalho da Silva é agora investigador. Como muitos milhares o seu salário é pago com o dinheiro dos contribuintes. Mal seria se dissesse que se devia baixar os impostos. Porque ao baixar impostos o estado está a ir ao bolso de todos os que vivem à conta do estado, ao contrário, se subir impostos, o estado está a ir ao bolso dos que trabalham e criam riqueza ( é este o raciocínio, confira). Tal como Mariana Mortágua disse" é preciso ir buscar o dinheiro onde ele está ).
Não vale a pena lembrar a Carvalho da Silva que a partir de um certo nível de taxação a arrecadação começa a diminuir. Os que pagam, perguntam-se. Mas para quê trabalhar mais ? Arriscar nos negócios, investir ? Não vale a pena.
Mas o que move o autor não é a Saúde, a Educação ou a melhoria dos serviços do estado, nem sequer a desigualdade ( Portugal é um bom exemplo ), é a ideologia comunista que professa. Subjugar a iniciativa da sociedade civil e transformá-la numa tropa fandanga de funcionários.
E para que ninguém tenha dúvidas lá vem a solução : Para Carvalho da Silva, "o IRC [Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas] é um espaço da fiscalidade em que o futuro apresenta muito mais exigências do que o IRS [Imposto sobre o Rendimento das pessoas Singulares]" e lamenta que "se fale pouco disso".
Tinha que ser as empresas a pagar mais, depois de pagarem salários, impostos directos e indirectos, taxas, segurança social...
Nos países onde a governação é amigável da iniciativa empresarial, não há desemprego, nem emigração, pelo contrário há imigração, a desigualdade é muito menor, países ricos que não experimentam bancarrotas, mas nada disto interessa a Carvalho da Silva.
Estamos perante um investigador que antes de investigar já chegou às conclusões. Contribuintes paguem mais impostos é bom para vocês. Tudo o que pagam ao estado é vos devolvido em serviços .Trabalhem que o estado toma conta de tudo e de todos.
Onde é que já vimos e ouvimos tais promessas concretizadas ?
O governo não fez o que disse que ia fazer . A austeridade é a mesma do governo de Passos Coelho mudou o método . E tem sido na verdade um milagre . Agora com o Programa de Estabilidade e Crescimento está aí sem disfarces.
Controlar o "monstro estatal" fazendo crer que estamos melhor do que estávamos . Olha para o que eu digo não olhes para o que eu faço . Devolver salários e pensões ao mesmo tempo que aumenta os impostos indirectos que demoram mais tempo a serem percepcionados pelo contribuinte . E não olhes para o teu poder de compra nem para as análises e estatísticas.
Portugal já tinha sido um caso de estudo pela resistência que os cidadãos revelaram perante a dose de austeridade a que foram submetidos especialmente em 2012. Volta agora a ser um caso de estudo, para economistas e políticos, que queiram investigar como se aplica uma política de austeridade financeira, com o apoio da esquerda tradicional e moderna, e convencendo a população em geral que a sua vida está e vai ficar muito melhor do que de facto está. É de se lhe tirar o chapéu.
Tudo reafirmando o empenho na União Europeia e na Zona Euro . Voilá .
Não vale a pena tentar parar as águas de um rio com as palmas das mãos . Da mesma forma não vale a pena tentar parar a robotização do trabalho porque ela é inexorável. Quando o primeiro tear mecânico chegou a Inglaterra a Rainha Vitória vetou a sua utilização . E sabe-se a luta que os trabalhadores travaram para impedir a industrialização da economia.
Mas se a robôtização vai tirar postos de trabalho é preciso desde já preparar os trabalhadores para as novas tarefas que os esperam. Porque serão criados novos sectores em que a presença humana será necessária ( tomar conta de crianças e idosos por exemplo ) libertar "massa cinzenta" que só o ser humano possui . Acelerar a investigação e a inovação, criar novos produtos cada vez mais inovadores e mais baratos que chegarão a todos.
E, quanto aos problemas da taxação dos impostos para o estado e para a Segurança Social ? Taxar os robôs, ou seja, taxar os postos de trabalho seja a função exercida por robôs ou por seres humanos ? Ou pagar um salário universal a todos os trabalhadores sem trabalho ?
A produtividade continuará a crescer em flecha , a riqueza produzida será muito maior, com muito menos custos . Acredito que no curto prazo este caminho possa ser controlado até certo ponto mas, a médio e longo prazo estaremos perante "uma crise de transição" bem mais profunda do que a que vivemos actualmente.
É preciso começar a pensar ( o que exige mais gente a investigar e a formar-se) para fazer o que só o homem pode fazer. E isso, não há robô que o faça.
O grupo parlamentar do PS apresentou na Assembleia da República uma proposta de "desconto de 5% sobre a factura" . Chamem-lhe o que quiserem é mais um imposto este sobre os fornecedores do Serviço Nacional de Saúde. Este governo tem uma imaginação invulgar para sacar dinheiro aos cidadãos e às empresas.
Atendendo ao princípio da igualdade, tal “imposto de guerra” deveria então abranger todos os credores do Estado, designadamente os credores internacionais.
Pelas razões expostas, a FNS apela ao bom senso e sentido de Estado dos deputados do PS, advertindo contudo que se a medida se concretizar poderá acarretar graves consequências para a economia e o emprego, para a confiança dos agentes económicos e para a atração do investimento, sobretudo no setor em questão.
Entretanto, também as empresas de dispositivos médicos avisam que uma contribuição extraordinária sobre as vendas ao Serviço Nacional de Saúde fará com que empresas encerrem em Portugal ou reduzam os seus trabalhadores.
Face à situação de guerra orçamental em que se encontra o país estes argumentos são caramelos. Não anda Centeno em Bruxelas a apoiar a renegociação da dívida Grega ?
Vai continuar a transportar pessoas em más condições, ao sabor das greves dos sindicatos,uma por semana . E quanto ao não produzir EBITDA ( lucros), o problema é que nunca os produziu. Sempre produziu prejuízos o que quer dizer que foi e é paga por impostos. António Costa diz tudo o que lhe vem à cabeça mesmo aquilo de que sabe muito pouco, isto no pressuposto que se trata de ignorância e não de má-fé.
O fanatismo ideológico não é ser a favor da Carris do Estado ou da Carris privada , o fanatismo é ser a favor de empresas públicas que não cumprem o objectivo para que foram criadas, deixando ao frio e a chuva os passageiros mais pobres nas greves semanais. Ou servirem de instrumento de luta política dos partidos que dominam o aparelho de estado e os sindicatos em que os funcionários só têm direitos e nenhum dever.
As empresas de transporte público em Portugal, têm um único objectivo, como se vê na actual sonolência em comparação com a gritaria histérica no tempo do governo anterior. E António Costa não tem vergonha de estar a pagar o favor que PS, PCP e BE lhe prestam ao manterem o seu governo de derrotados em funções.
Agora quando me alargo num bom restaurante fico a matutar no dinheiro que gastei. Lá se vai metade do prazer. É a isto que se chama insegurança face ao futuro do país ? Ou sou eu que vou para velho ?
Antigamente gastava e não se falava mais nisso. Nunca fui de gastar em carros por exemplo, talvez porque na minha profissão no pacote remuneratório incluía o uso de um carro da empresa. Por isso nunca tive uma bomba embora tivesse usufruído de bons carros. Mas chapa ganha chapa gasta foi o padrão.
Ao longo da vida fui comprando a casa onde vivo, construí uma casa na praia e um apartamento para rendimento. O resto era para o dia a dia. E não se pensava mais nisso. Mas já não é assim. E isso irrita-me e é por ter acordado a matutar no dinheiro que gastei no fim de semana. Não me faz falta, basta compensar nas próximas semanas mas acordei assim. Será por causa da instabilidade fiscal ? Onde é que o governo me vai sacar mais uns impostos ? E os anunciados são mesmo como nos são apresentados?
Recebi uma notificação para pagar uma "taxa municipal para a protecção civil", que não vem no orçamento. Quer dizer para além dos tais impostos que aumentam mas não carregam na carga fiscal, à socapa, apanhamos com estas taxinhas. Sempre que me chega um envelope das finanças ou da câmara fico fulo.
Como querem eles que a economia cresça pelo consumo interno se nos tiram o dinheiro ? Já um homem não pode dormir descansado. Qual vai ser o próximo imposto, taxa ou taxinha ? A mim tiram-me o dinheiro e a alegria. Chega, não ?
Segundo o governo a carga fiscal não aumentou nem aumenta mas os impostos aumentam todos os dias. Agora prepara-se para arrebentar com um negócio fluorescente que dá trabalho a muita gente.
O meu filho e o seu grupo de amigos ( arquitectos que compram e reabilitam prédios antigos) estão possessos. Investiram e agora o governo tira-lhes o tapete. Votavam todos no PS e no BE. E há milhares de famílias que viram nesta prestação de serviços uma boa oportunidade de ganhar a sua vida já que não encontram trabalho.
Pois é, o PS e o BE na última sondagem já baixaram dois pontos percentuais( só num mês) é melhor prepararem-se para a fuga de intenções de votos. E é em Lisboa, Porto e nas grandes cidades onde as eleições se ganham e se perdem.
Para além do regime fiscal bem mais favorável, o arrendamento local gera receitas mais elevadas do que o tradicional, o que levou muitos proprietários a apostar nesta oferta. Com isso, desviaram-se prédios do arredamento habitacional para a nova oferta, muito procurada por turistas estrangeiros,( e estudantes ) mas também se têm recuperado muitos prédios devolutos e degradados nos centros de Lisboa e Porto.
Temos que ir buscá-lo onde ele está, diz a Mariana mas, no caso, ainda não está.