Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BandaLarga

as autoestradas da informação

BandaLarga

as autoestradas da informação

Juntem-se a mim e tudo será permitido

Esta é a mensagem de todos os ditadores e populistas sejam de esquerda ou de direita. Eles abraçam a ideologia não pelo que diz mas como a oportunidade de alcançar o poder e assim ultrapassar tudo e todos. Sair de uma posição inferior.

É este também o trunfo de Trump. As regras normais deixaram de se aplicar. É esta a vantagem sobre os outros : suspenda-se o jogo da verdade.

Mas não é novo: Hitler, Berlusconi ( o mesmo tipo de empreendedor a fazer-se passar por político). Tivemos Nigel Farage e agora temos Marie Le Pen, Heinz Strache da extrema direita austríaca, e outras figuras na Alemanha . Na América do Sul - Castros em Cuba, Chavez na Venezuela, Santos em Angola e tantos outros no Chile e na Colômbia. Criar uma relação com o demagogo que tem tudo o que desejo : dinheiro, poder e mulheres - e que ao mesmo tempo é detestável e vulgar, tal como eu sou nas profundezas da minha alma.

Nós europeus enquanto indivíduos, somos capazes de estar de olhos bem abertos, mas enquanto colectivo estamos a tolerar muito do que devíamos ter aprendido a evitar .Parecemos dispostos a abandonar importantes ganhos do pós-ll guerra Mundial e nesta dinâmica de colectivo podemos vir acabar num sítio onde a maioria de nós nunca quis estar.

Era expectável que um partido da extrema-direita se viesse a estabelecer com 20% a 30% dos votos não só na Alemanha mas também nos restantes países da Europa. Está a decorrer um processo de "normalização" num ambiente político mais ou menos temperado

PS : com Albrecht Koschorre no Expresso

 

Os ideais da extrema direita são os mesmos da extrema esquerda

Na França de Marie Le Pen os partidos democráticos juntam-se para barrar o caminho à extrema direita xenófoba, anti - União Europeia e anti - Euro . Em Portugal, pela mão do PS de António Costa, os partidos de extrema esquerda igualmente anti - União Europeia e anti - Euro, chegam ao governo. E, num caso e noutro, todos querem um estado opressor,  gordo e a liderar a economia. São coincidências a mais. Perigosas .

E querem sair da NATO e a sua dissolução . E a extrema direita  quer a revisão da Constituição com uma mão cheia de propostas a piscar o olho à  extrema esquerda . Direta ou indiretamente, mais ou menos sub-repticiamente, o partido de Le Pen quer acabar com os cultos religiosos.

O Banco Central Europeu é “déspota”. O Parlamento Europeu é o “fantoche” de uma Comissão Europeia que “não foi escolhida” pelos franceses. A Política Agrícola Comum “marginalizou” a agricultura. A moeda única (a par do Acordo de Schengen) “destruiu” milhões de empregos. E o BCE? “O BCE luta conta a inflação, mas não salvaguarda os empregos.” A União Europeia está hoje, aos olhos da FN, “totalmente pervertida na sua finalidade”. Que é como que diz: Au revoir, Europe.

Por enquanto separa-os a xenofobia e a imigração. É pouco , muito pouco .

Seguro por um PAN

O PCP anda com uma vontade doida de roer a corda. Até anda a baixar nas intenções de voto . Jerónimo ameaça que o governo não tem nada a ver com o PCP. Isto é tudo saco da mesma farinha.

O problema é se o PCP não é necessário para que o governo tenha apoio maioritário. PS+Verdes+BE+PAN somam 108 deputados contra 107 de PSD+CDS. Temos o caldo entornado ou isto é uma tentação para o PCP e um alívio para António Costa ?

A verdadeira questão é saber se os Verdes alguma vez votariam independentemente do PCP. Não há memória, votaram sempre ao lado dos comunistas. Assim sendo, pode o PCP abster-se e deixar passar as medidas do governo ? Claro, e o PCP passa a puxar dos galões de eterno e, agora único opositor da direita, capitalizando votos à esquerda à custa do BE.

Aberta a "Caixa de Pandora " o mais certo é de lá sair um monstrozinho que não obedece ao patrão. O PAN desaparece, o BE abre-se ao PS e vão juntos a eleições e os Verdes voltam aos braços do pai. Desta forma o PS pode voltar para o centro direita já que o centro esquerda fica por conta do BE.

Mas olhando para quase todos os países da Europa o que me mete medo são aqueles redondos 40% de indecisos. Entre eles não há 25% que formem uma Frente Nacional portuguesa "à Le Pen " ? Em Portugal não há extrema direita ? Depois de 50 anos de Estado Novo percebe-se que a vacina ainda funcione e, por isso, ainda não tenha aparecido  com ambição uma força xenófoba e nacionalista . Mas ela existe e está à espreita.

Com um bocado de azar ainda vamos ficar a dever esse serviço à visão de estadista de António Costa.

O "Ébola" do Le Pen mata todos por igual

Os que pensam que a ascensão da extrema direita os pouparia é melhor tirarem o cavalinho da chuva. Quem acha que a actual Europa é intolerante com a imigração deve reflectir bem nesta frase. Há muito quem sonhe com a destruição da União Europeia para mais facilmente atingir os seus objectivos ( a velha política do quanto pior, melhor) . Mas como se vê pelas sondagens os eleitores caem mais facilmente nas mãos de racistas do que nas mãos de quem não tira as devidas lições da experiência. Enquanto os eleitores se lembrarem no que deu as "amanhãs que cantam" o voto vai para a abstenção ou para o "Ébola" como muito cinicamente o xenófobo Le Pen lembrou.

A extrema direita apoia Putin

Não chega a ser uma surpresa . A Frente Nacional Francesa não é o único partido a declarar apoio ao Presidente russo, Vladimir Putin, outros dirigentes da extrema-direita europeia o têm feito. Entre eles o líder do partido austríaco de extrema-direita, Partido da Liberdade (FPÖ), Heinz Christian Strache, que em abril identificou Putin como "um puro democrata, mas com um estilo autoritário." A alternativa à União Europeia é esta . Na extrema esquerda também há muita melancolia e saudade.