Caso de Borba é mais grave do que o de Pedrógão
Os casos que mostram que o Estado não é capaz de proteger a população vão-se acumulando sem que se vislumbrem responsáveis . Menu servido pela geringonça.
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Os casos que mostram que o Estado não é capaz de proteger a população vão-se acumulando sem que se vislumbrem responsáveis . Menu servido pela geringonça.
O OBSERVADOR É BOM PARA A DIREITA?
Para mim a resposta é claramente NÃO, não é.
A direita, ou melhor, as direitas, em Portugal são um poço de problemas, o Observador como um jornal moderno, quase que revolucionario para o ambito nacional, poderia e parecia querer ser um elemento para ajudar à resolução daqueles problemas, mas na verdade vem acontecendo precisamente o contrario, não só não ajuda à sua resolução, como parece agravar aqueles problemas.
A nossa direita tem problemas com traumas antigos e recentes que tem de encarar e ultrapassar. A nossa direita há muito deixou de pensar, preferindo ruminar as suas frustrações. Esta direita não irá a lado nenhum enquanto for a direita de alguns interesses e não a direita dos principios, só com base em principios a direita pode vir a traçar uma estrategia vencedora, até lá ela será apenas a dos leitores que se comprasem em ler Alberto Gonçalves ( que aliás afirma que não é de direita), pensando para eles proprios "somos optimos e havemos de dar cabo de todos esses comunas corruptos e incompetentes".
Porque o Observador tem culpa? Porque se a nossa direita é incapaz de ler a realidade, é pouco culta, traumatizada, não tem nem ideias, nem principios, nem projecto, o Observador ou é um instrumento de melhoria dessa direita ou é um logro. Hoje, julgo que é claramente um logro.
Se eu fosse dado a teorias da conspiração, diria até que um jornal "cheio" de gente que vem da extrema esquerda, até mesmo daquele partido que se dizia estar ao serviço da CIA, um jornal assim, tem tudo para ser um "infiltrado" ao serviço da Internacional Socialista, ou de outros projectos de esquerda mais radicais.
Claro que não acredito naquela conspiração, o que até certo ponto é ainda mais grave, porque não sendo assim, resulta que o Observador trabalha para a esquerda mas de graça, ou melhor, pago pelos seus acionistas e assinantes.
Esta "radicalização verbal" tem vindo a crescer de uma forma lenta, quase imperceptivel, ao longo da curta vida do Observador. O Passismo terá tido grande culpa neste processo, não intencionalmente, mas pela mentalidade que foi criando.
Para o Observador ser útil à direita teria de a ensinar a pensar, em lugar de dar prioridade a insultar a esquerda, apenas porque isso é mais facil e vende. Teria que discutir ideias e projectos, para depois ajudar a traçar as estrategias e a as desenvolver. A simples masturbação de equivocos auto-congratulatorios, pode ser comoda mas não leva a lado nenhum, para além do crescimento da esquerda.
É neste quadro que o Observador acaba por ser negativo para a nossa direita, porque como tem fama de ser radical, sem o ser de facto, tudo quanto defenda é logo considerado pelo mundo exterior como "inaproveitavel", mas, ao mesmo tempo, abre as portas a reportagens e artigos de opinião de esquerda (estes, muitas vezes os mais ponderados do jornal, juntamente com os de Espada). Ou seja, não "educa" a direita, e com o seu tom-radical não atrai e até afasta o centro, tornando assim impossivel a construção de uma imagem credivel do jornal fora da sua área de influencia directa.
Li recentemente o livro de Nuno Garoupa sobre a direita portuguesa, subscrevo quase tudo o que nele é dito, e é muito e muito polemico, só que sou menos pessimista do que ele, não porque pense que a nossa direita é melhor do que ele diz, mas apenas porque ela é tão má, tão má, que lhe bastaria ser razoavel para poder ter sucesso e isso talvez seja possivel a medio prazo.
O país precisa de ter direitas, que consigam ver a realidade, que tenham ideias e ideais e que a partir daí construam projectos mobilizadores. Até agora o que fez o Observador por isso?
Tudo isto é tanto mais grave quanto acontece na mesma altura em que o Expresso, tradicionalmente um jornal do centro, virou claramente à esquerda. Não foi apenas o recrutamento de Louçã (porquê??), nem só os artigos de Santos Guerreiro, quase tudo no jornal virou à esquerda, com a honrosa excepção de Ricardo Costa, que mantem a sua posição ao centro, agora isolado.
Os tempos continuam dificeis para a direita em Portugal, mas continuo a pensar que pelo menos 90% da culpa é apenas dela mesma.
Há muita gente há muito tempo a decretar arrumado o assalto a Tancos. E percebe-se porquê . Roubar armas de guerra de um paiol militar é um acto gravíssimo que diz muito da cultura de segurança que falta ao país.
Como é que as armas saíram do quartel e foram escondidas sem que ninguém visse sendo certo que pesam pelo menos uma tonelada. Saíram por cumplicidade de elementos internos ao quartel . E a sua movimentação fora do quartel exigiu uma estrutura logística não negligenciável.
A prisão de um alto dirigente da Polícia Judiciária Militar é uma afronta aos militares ( veja-se o Expresso da Meia Noite de hoje e a posição do general convidado). O presidente do Observatório Nacional da Segurança afirmou que este caso está a ser discutido por todas as instituições de segurança do mundo.
É um assunto que arrasa a credibilidade das Forças Armadas e das Instituições de Segurança da Democracia portuguesa.
E como é que Rui Rio dois dias antes das notícias já sabia " mais ou menos" o que ia acontecer ? E o Presidente da República também esperava mais ou menos o mesmo ?
E não há responsabilidades políticas ? Quando Jorge Coelho se demitiu no seguimento da queda da ponte de Entre-os-Rios também era obrigado a servir de pilar ? E o ministro da Defesa como diz António Costa só será responsável se estiver de plantão ?
Das cerca de seis mil baixas atribuídas ao sector da educação, mais de metade revelaram-se fraudulentas, levando estes profissionais de volta ao trabalho. É uma notícia perturbadora. Quantas destas baixas são intencionalmente fraudulentas ?
A verificarem-se situações intencionalmente fraudulentas e havendo um excesso de oferta de professores, porque é que temos de aceitar que professores desmotivados, que prologam baixas médicas para evitar trabalhar, regressem ao trabalho quando há muitos professores sem colocação ? Uma coisa é valorizar a antiguidade em vez do mérito, outra é aceitar a imoralidade e falta de ética.
E os outros profissionais garantem a integração dos faltosos sem aumentar o ambiente de desmotivação ?
Quais as razões para tão elevado absentismo ? A luta contra o absentismo tem que ser feita.
PS : Sandra Maximiano - Expresso
Vem na primeira página do Expresso. Basílio Horta diz alto o que todos pensam incluindo os governantes. Não estamos preparados para a próxima crise que é certa só não se sabe quando.
Sem reformas estruturais, com a dívida elevadíssima, o crédito a particulares em montantes preocupantes, com a bolha imobiliária a encher, uma economia que cresce muito poucochinho e nos empurra para os últimos lugares, o melhor mesmo é o governo começar a arranjar bodes expiatórios. Talvez o BCE com o programa da compra de dívida a terminar e as taxas de juro a subir.
As condições excepcionais que este governo teve não se repetem tão depressa mas não foram aproveitadas . A última má notícia é a degradação acelerada das contas externas .
Não é de hoje . O aumento dos gastos foi num crescendo: o custo unitário por escola subiu 447%, desde 2007, diz outra auditoria da Inspecção de Finanças.
À custa do silêncio do PC e do BE a degradação dos serviços públicos chegou a níveis vergonhosos.
As imagens e notícias que vimos partilhadas nos últimos dias revelam bem os custos da estratégia portuguesa para reduzir o défice das contas públicas: hospitais públicos que nos fazem lembrar tristemente imagens da Etiópia ou da República Centro Africana e escolas onde se desliga o aquecimento e a eletricidade porque não há dinheiro para as pagar. A indignação dos portugueses só tem sido evitada graças à ocultação que PCP e Bloco de Esquerda têm permitido e à conivência de algumas estruturas sindicais que tão habilmente têm trocado o seu silêncio por benesses e mais valias para os seus associados.
Esta semana foram os hospitais e as escolas, mas podíamos também falar da degradação dos transportes públicos, dos comboios, dos cacilheiros, do metro, já para não falar no amontoar de verdadeiros calotes por parte do governo aos fornecedores dos hospitais, às escolas profissionais, aos institutos politécnicos, às universidades, aos bolseiros de investigação, aos bombeiros ou às autarquias, às IPSS´s, entre tantos outros, ou da falta de combustível ou de meios das forças de segurança.
Até quando os portugueses aguentam esta desgraça ?
Santana Lopes que é como é, com as suas qualidades e os seus defeitos. Agora dá o dito pelo não dito e rectifica a entrevista ao Expresso, não a corrigir-se a si próprio mas ao jornal.
Sempre que cheira a esturro o primeiro ministro acompanha à distancia e não sabe de nada. Agora no caso do assalto à Santa Casa, Costa sabe, mas à distancia .Se correr bem lá estará a colher os louros se correr mal o Vieira da Silva é o culpado.
"A energia verde produzida pelas eólicas é dos maiores embustes criados pelos socialistas através dos longos dedos de José Sócrates e amigos. Com a desculpa de que o objetivo era criar um cluster e uma alternativa aos combustíveis fósseis na produção de energia, montaram um esquema maquiavélico. As empresas investiam milhares de milhões de euros com uma taxa garantida de rentabilidade, portanto sem risco, e o consumidor ia pagando através da conta da luz. O Governo ficava bem na fotografia, os investidores ricos, se calhar alguns governantes também, e os consumidores pagavam tudo sem se aperceberem. Algo tão escandaloso que, em comparação, faz das PPP rodoviárias um bom negócio para o Estado."
PS : Expresso - João Viira Pereira