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BandaLarga

as autoestradas da informação

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A crise na Europa é má mas em Portugal será muito má

É o que nos diz a matemática. Tomamos as medidas tardiamente, não são suficientes e somos os piores equipados. Tenham medo, tenham muito medo.

Não tenha o leitor a menor dúvida: está a aproximar-se de Portugal um gigantesco tsunami com um potencial de destruição humana inimaginável. Muitas pessoas ainda vivem como se estivéssemos numa calma expectativa de que talvez ele passe ao largo. Não tenha ilusões: ele está aí a rebentar, já esta semana.

Para piorar todo este cenário o tsunami do coronavírus encontra-nos muito mais impreparados do que aos nossos parceiros europeus e, portanto, em situação de muito maior fragilidade. No artigo The variability of critical care beds in Europe, os autores mostram que, em 2012, Portugal era o país da Europa com o menor números de camas de cuidados intensivos per capita da Europa, três vezes inferior ao de Itália e sete vezes inferior ao da Alemanha.

Tudo isto é bem pior do que o governo nos tem vendido . O Presidente faz de conta que o que o mantém em casa é a solidariedade e não o medo e ainda hesita em tomar as decisões que se impõem. Somos um país pobre não podemos ter um SNS rico.

Eu dormiria bem melhor se não tivesse lido este artigo.

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Uma Europa verde - 300 mil milhões de Euros para a transição

Pagar a actual dívida pública com a emissão de dívida verde . Quer acabar com os subsídios aos combustíveis fósseis e promover os incentivos necessários à expansão da economia verde. Quer garantir que os mais desfavorecidos não são prejudicados com esta transição e quer colocar o setor financeiro como instrumento catalisador de toda esta mudança de fluxos de investimento.

Para toda esta mudança será necessário investimento: privado e público. Atingir a neutralidade carbónica em 2050 na Europa implica investimentos adicionais anuais entre 175 mil milhões e 290 mil milhões de euros. Em Portugal este valor adicional anual está estimado entre 2,1 mil milhões de euros e 2,5 mil milhões de euros. Quer a nível europeu quer a nível nacional os documentos oficiais são claros ao afirmarem que a grande maioria destes investimentos serão feitos pelas empresas e pelos consumidores, ou seja pelo setor privado.

Existem vários países que já emitiram as chamadas obrigações verdes, ou seja, obrigações cujo capital levantado se destina a investimentos ou despesa pública com impactes ambientais positivos, e que são previamente identificadas e comunicadas aos potenciais investidores. Alguns desses países que já emitiram obrigações verdes são a França, a Bélgica, a Holanda, a Polónia e a Irlanda. A Alemanha comunicou ao mercado no final de 2019, que irá em 2020 emitir uma obrigação verde para promover os investimentos verdes necessários à descarbonização da economia. A Itália também fez semelhante comunicação. Ou seja, muitos Estados europeus estão a ver nas emissões verdes soberanas uma forma de incorporar questões ambientais nos investimentos necessários a realizar nos seus países de forma a alcançar a neutralidade carbónica. Os investimentos em tecnologias verdes e em energia limpa contribuem também para uma maior produtividade do país, o que terá consequências positivas a médio prazo nas contas nacionais e na criação de novos empregos.

A União Europeia baseia-se nos valores cristãos

É a natureza mais profunda da Europa. É também por isso que a UE deve deixar de fora a Turquia de Ergodan.

"Temos orgulho de este continente ter uma influência cristã" e "não é algo para os museus, isso deve guiar-nos para o futuro", disse Weber na cidade alemã de Munster, durante o comício de abertura da campanha das europeias dos partidos de centro-direita no poder na Alemanha, a CDU de Angela Merkel e a CSU da Baviera, da qual é membro."

E há fundadas razões para isso : O arcebispo de Estrasburgo, Luc Ravel, nomeado pelo Papa Francisco em fevereiro, declarou recentemente que "os muçulmanos devotos estão cansados de saber que a sua fertilidade é tal hoje, que eles a chamam de... a Grande Substituição. Eles afirmam de maneira tranquila e resoluta: "um dia, tudo isso, tudo isso, será nosso"...

Cavaco Silva : Vamos acabar na cauda da Europa

Porque crescem os outros países que foram sujeitos a programas de austeridade mais do que nós ?

Cavaco pergunta porque é que países sujeitos a programas de ajustamento (Espanha, Grécia, Chipre e Irlanda) estão a crescer mais do que Portugal. E estamos a ser ultrapassados pelos países de Leste que pertenceram ao Bloco Soviético.

"Opções erradas no domínio fiscal, opções erradas no domínio da despesa pública, baixa produtividade, falta de investimento que está ainda muito aquém da trajetória de antes de 2011..."

Cavaco junta-se assim à multidão que se faz ouvir. Mas a ideologia não deixa ouvir.

O eixo França - Alemanha por uma Europa mais forte e mais soberana

A coesão interna sempre se reforçou com a existência de ameaças externas. Está a ser o caso do Brexit e dos nacionalismos que levantam cabeça.

“A Europa, e no seu seio a dupla franco-alemã, estão investidos da obrigação de não deixar o mundo deslizar para o caos” e para isso é preciso que a Europa fique “mais forte, mais soberana”, afirmou Emmanuel Macron num discurso perante o parlamento alemão, em Berlim.

Abram os olhos : sobra a Europa

Público : O que sobra? Em termos de países ou blocos com significado global, sobra a Europa. Em particular, a Europa Ocidental, e o projeto em que esta se empenha há cinquenta anos, a União Europeia. Sim, com as prevenções habituais: a UE tem muitas imperfeições, tem um funcionamento frustrantemente opaco, e acima de tudo ainda é mais um clube de democracias do que uma democracia completa, embora isso possa mudar desde que passe a ser uma exigência cidadã. Mas convém perceber que a União Europeia, hoje, é o que sobra daquilo que conseguimos construir depois da IIª Guerra Mundial, o bloco regional mais integrado do mundo, e aquele em que — com dificuldades, é certo — os valores dos direitos humanos que pautaram a reconstrução do pós-guerra mais fazem parte da razão de ser da própria instituição. Só em 2009 os valores do estado de direito, dos direitos humanos e da democracia entraram na base jurídica fundamental da União, com o Tratado de Lisboa. Mas estão lá, logo no artigo 2, e é com base neles que tem sido possível fazer frente aos Orbán e aos Kaczynski deste continente, que só não são ainda Putin ou Erdogan porque pertencem à UE.

A Europa que eu quero e a Europa que vamos conseguindo ter

Esta não é a Europa que eu quero, mas é a Europa que existe. E, ao contrário de muitos amigos, não vou desfiar os seus defeitos que são inúmeros mas pugnar pelas suas qualidades que são fundamentais.

E deixem-me respirar e sublinhar este momento de condenação de Orbán e das suas cercas de arame farpado contra os imigrantes. É preciso muito mais, não duvido, mas neste mundo global, este pequeno continente que, apesar de tudo ( pesem as investidas politicamente correctas) trouxe a civilização ao planeta - do fim da servidão ao fim da escravatura ; da liberdade política ao voto universal ; da liberdade de expressão à igualdade de direitos - pode ter uma força económica, militar e política considerável se estiver unido.

Mas, acima de tudo, terá de ser ímpar a sua força moral.

PS - Henrique Monteiro - Expresso

 

Europa deve acolher os refugiados mas só até poderem voltar para os seus países

Desta vez quem fala é o mais famoso refugiado. Dalai Lama diz que a "Europa é para os europeus e que deve acolher os refugiados mas só até poderem voltar para os seus países."

"Todas as nações europeias devem ajudar e educar os refugiados e assegurar que têm uma boa qualidade de vida. Mas eles devem voltar para os seus países e ajudar a reconstruí-los."

"A Europa, por exemplo a Alemanha, não pode tornar-se um país árabe. A Alemanha é a Alemanha. Há tantos árabes que na prática se torna complicado,"

Esta opinião não é de esquerda nem de direita é a opinião razoável. Porque não é materialmente possível à Europa acolher todos os imigrantes e, também, porque muitos deles querem manter a sua cultura e modo de viver não se convertendo ao modo de viver do país que os acolhe.

Muitos deles declaram explicitamente que o seu objectivo é conquistar a Europa. Os Europeus têm o dever e o direito de se defenderem.

Mais Europa, não menos Europa

Nada de conversas euro cépticas, pelo contrário, mais Europa .

Na sessão desta sexta-feira participaram, além de Marcelo Rebelo de Sousa e do Presidente do país anfitrião, Raimonds Vejonis, do Partido Verde Letão, os chefes de Estado da Alemanha, Áustria, Bulgária, Croácia, Estónia, Finlândia, Grécia, Itália, Letónia, Malta e Polónia.

Segundo o chefe de Estado português, na discussão "não se encontrou nada de eurocético no sentido de que isto é um projeto ultrapassado, cada um de nós pega nas suas malas e vai para a sua casa, vai para a sua moeda, vai para a sua visão nacional, pelo contrário".

"É uma coisa muito curiosa, porque eram países muito diferentes, países do norte, países do sul, países do leste, países ocidentais, e houve esse ponto comum: ninguém falou em sair da União, ninguém falou em dividir a União, ninguém falou em voltar para trás, pelo contrário", realçou.

Sim, os europeus são mais felizes

Todos ou quase todos querem rumar à Europa e a razão é simples.

É difícil vender a ideia de Europa na própria Europa. Isto é a mais pura das verdades, apesar de não existir melhor lugar para se ter nascido nos últimos 50 anos. Ainda que seja necessário trabalhar muito para distribuir equitativamente aquilo que a prosperidade já nos trouxe, os europeus contam com a melhor educação, estão mais bem protegidos das grandes empresas e possuem uma vida melhor, mais longa e saudável, além de gozarem da felicidade como ninguém noutra parte do mundo. Sim, são mais felizes. Estas coisas já se medem.