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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Ó Tadeu, é ao contrário, pá!

Ó Tadeu, quem salvou a empresa das portuguesas, foi a flexibilização das leis laborais que permitiu que a empresa encolhesse durante o tempo necessário para se adaptar ao mercado. Despedir uma parte para salvar o todo. Cortar uma perna para salvar o corpo todo. Cá, num caso destes, tínhamos os camaradas á porta da empresa a fazer "controle operário", tinham deixado de trabalhar , não deixavam os patrões e os colegas entrar nas instalações.

Claro, que finda esta fase, a CGD devia fazer o seu trabalho, conceder crédito, mas cá o banco que "é nosso" anda a assaltar o BCP concedendo dinheiro a especuladores para comprar acções e controlar a Assembleia Geral do banco privado. Para a Administração do BCP até foram uns amigos do primeiro ministro da altura que, obviamente, nada teve a ver com o assunto.

Lá o estado colocou à disposição das empresas linhas de crédito e deixou as coisas funcionarem. Cá o estado abre linhas de crédito mas encarrega-se que o dinheiro não chegue às empresas que precisam.

 

Vou criar 150 000 postos de trabalho

Basta um incentivo de 1% e logo se criam 110 000 postos de trabalho. É mesmo fácil. Em vez de andar "himself " a fazer obra pública ( não há emprego mais precário que a obra pública. Acaba a ponte, acaba o posto de trabalho) e deixasse as empresas funcionar, ajudá-las com os empréstimos da CGD ( em vez de andar a usar o dinheiro público em negócios "finos" de controlo de bancos e outros) teríamos hoje um tecido empresarial renovado, com equipamentos novos e produtos competitivos. Mas não, a ideia é que o estado é que cria postos de trabalho. Depois fica-se com o nariz assim: em vez de criar 150 000 postos de trabalho perdeu 400 000...

Já lhe tinham calçado "os sapatos do defunto"

A indústria do calçado voltou. Com mais inovação e melhor qualidade deu a volta ao texto. Constróiem-se novas fábricas no interior do país, criam-se postos de trabalho. (...)Pelo segundo trimestre consecutivo, o número de empresas que afirmaram ter aumentado o número de pessoas ao serviço excederam as que disseram tê-lo diminuído, com esta tendência de crescimento do emprego a verificar-se “em quase todas as categorias de empresas, em termos de dimensão e orientação de mercado”.
A este propósito, a APICCAPS recorda que, desde o início do ano, são várias as empresas do sector que estão a construir novas unidades produtivas no interior do país, algumas das quais especializadas na costura, “de modo a contornar a situação de escassez de mão-de-obra que continua a afectar as empresas sediadas nas zonas de forte concentração da indústria de calçado, como Felgueiras”.

Que o estado não atrapalhe!

Um FMI mínimo

Cortar no salário mínimo num país como Portugal é uma manifestação de incompreensão do país. Levar os empreendedores a contratar pessoal baixando o salário mínimo é como deitar fogo à floresta para acabar com o lixo. Claro que há sempre quem , por miséria, esteja disposto a aceitar um salário mínimo cada vez mais baixo. Mas isso é também a prova que o empregador irá desaparecer do mercado tão depressa como entrou. Empresas sem tecnologia, sem inovação, vivendo de baixos salários não contribuem para o fortalecimento da economia.

A agenda de 32 pontos para a discussão com o Governo, percebe-se, assenta sobretudo na preocupação de resolver o problema do desemprego através da redução dos custos de contratação, quando o País precisa de valor acrescentado, que não pode ser assegurado com esta estratégia. Uma estratégia de baixar os salários que já são baixos, de flexibilizar a situação laboral de quem recebe o salário mínimo. A intenção é bondosa, os resultados seriam catastróficos.

O problema tem que ser atacado pelo lado dos custos de contexto há muito conhecidos mas que ninguém tem coragem de atacar. Cabe ao governo bater-se contra a redução dos salários.

O Partido Comunista Grego vende empresa a off shore

Basta passar para o outro lado, onde se pagam vencimentos e impostos, e os comunistas usam os mesmos processos que os ordinários capitalistas.

O KKE rejeita qualquer ilegalidade no negócio, afirmando que todos os registos necessários foram feitos e os impostos pagos. "Como vivemos sob o regime capitalista, as transações são feitas de acordo com as regras e as leis deste sistema", explicou o partido em nota de imprensa. A venda terá ainda de ser aprovada pela entidade que regula o audiovisual grego, esperando-se que nessa altura seja finalmente desvendada a identidade do verdadeiro comprador da estação 902, através da offshore das Ilhas Virgens.

Entre o desemprego e a precariedade

A UGT já percebeu, com Carlos Silva a dizer : é preferível alguma precariedade ao desemprego. E por parte das empresas há pavor em contratar . Empresário e trabalhador têm que repartir as responsabilidades. O que implica uma cultura de mérito. Com o actual sistema há muita gente com mérito desempregada, enquanto que há muita gente com contrato vítalicio mesmo que desempenhem mal o seu trabalho. Tanto no sector público como no sector privado.

Cada vez mais o desafio do futuro é ter um emprego , mas não um emprego para toda a vida. Basta olhar em volta para o mundo já hoje. Quem defende o contrário anda a mentir e a defender as suas posições ideológicas e sindicais.

Claro que esta realidade implica o reforço do estado social, protegendo o trabalhador nas situações de desemprego.