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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Os mais pobres perderam mais com a crise

Segundo um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos entre 2009 e 2014 foram os pobres e os jovens mais qualificados os que perderam mais com o programa da Troika. É difícil perceber que gente qualificada que anda pelo mundo a executar programas de recuperação de países em dificuldades apresente este resultado. Ninguém pode estar de acordo.

Tirar rendimentos a quem tem menos é, além de injusto, fácil e com pouco merecimento. Difícil é afrontar os poderosos. Claro que há pelo meio instrumentos e caminhos mas é inaceitável que o resultado seja uma sociedade ainda mais desigual e que os pobres empobreçam.

No mesmo período o número de pobres aumentou em 116 mil (para 2,02 milhões), com um quarto das crianças e 10,7% dos trabalhadores a viverem abaixo do limiar da pobreza (6,3 % em privação material severa). E hoje um em cada cinco portugueses vive com um rendimento mensal abaixo de 422 euros.

A crise fez aumentar a desigualdade em Portugal (na nona posição em termos de desigualdade) mas também em mais 18 países da União Europeia, especialmente na Grécia e em Espanha.