Apesar dos pagamentos ao FMI a dívida continua a crescer . A notação só deixará o "lixo" daqui a 18 meses, os juros não descem .
Uma montante de 250 mil milhões de que raramente se fala.
A subida no sexto mês do ano retoma a trajectória de agravamento que se regista este ano e que foi interrompida apenas em Maio, quando desceu mais de 200 milhões face ao anterior recorde de 247,5 mil milhões de euros fixado em Abril.
É, claro, que quando alguma coisa cai não passa do chão. Ou permanece lá ou alguém faz um esforço e levanta-a . Foi o que aconteceu com a economia em Portugal. Depois de bater no fundo com a bancarrota foi preciso fazer um esforço tremendo para a levantar do chão. A austeridade deu-lhe leveza e asas para crescer . O ritmo a que cresce é que depende de medidas que esta forma de governo impede de implementar. O PCP e o BE são um travão ao crescimento da economia porque estão contra às reformas que ainda são necessárias.
..."é particularmente gratificante ver que todos os antigos países de programa – Espanha, Irlanda, Portugal, e Chipre – estão entre os campeões de crescimento na Europa". Para o líder do fundo de resgate "isto mostra que a abordagem do MEE de providenciar solidariedade aos países da Zona Euro em troca de reformas económicas funciona". Mas foram inicialmente dolorosos e não necessariamente ? Agora todos concordamos.
Face aos desafios colocado pela elevada dívida e baixo crescimento potencial, o país "deve continuar a adoptar as medidas recomendadas pelo Conselho da UE que visam promover a competitividade. [Assim como] continuar a lidar com o elevado stock de crédito malparado no balanço dos bancos", recomenda o MEE, que é maior credor do país, com um empréstimo de 26 mil milhões de euros.
Como se vê todos os países que estiveram sujeitos ao programa de ajustamento estão todos actualmente a beneficiar de bons resultados. Todos. Será que é por a geringonça estar a governar cá no rectângulo ?
É que há quem, alheio ao ridículo, ainda fale do PEC IV...
No PIB, no emprego, no investimento, Portugal continua abaixo de 2008 . Apesar do petróleo barato, do Euro depreciado, do crescimento dos nossos principais mercados de destino ( a Espanha cresce 3,4% há 18 meses consecutivos ) . Com os actuais números da economia nem sequer estamos a convergir com a Zona Euro, precisamos de crescer acima de 3% . E, pior, as previsões é que o crescimento vai perder fulgor nos trimestres seguintes.
Mesmo destacando o crescimento homólogo de 2,8% como "o mais alto desde 2007", a instituição Informação de Mercados Financeiros (IMF) faz questão de lembrar que o PIB luso "ainda não recuperou os níveis anteriores à crise de 2008".
A IMF dá, em simultâneo, razão a quem defende que o mais forte crescimento é obra das reformas do anterior Governo, tal como fez o PSD ainda esta manhã, e quem argumenta que são as políticas seguidas pelo actual Executivo a animar a economia.
"Estes são números bastante positivos porque confirmam o crescimento contínuo da economia portuguesa desde meados de 2013 (considerando variações homólogas) e também confirmam uma aceleração do ritmo de crescimento, o que é uma novidade", referem os analistas da IMF que falam em "bonança perfeita" para fazer referência ao conjunto de circunstâncias (como o euro em baixa ou o petróleo ainda barato) que ajudaram a potenciar o crescimento do primeiro trimestre.
A dívida sobe para máximos de 5 meses . Mas o défice baixa ? Despesa a ir directamente à dívida ? Isto apesar do pagamento de parte do empréstimo ao FMI
Entretanto os depósitos aumentaram o que é bom. Andamos no tem-tem com a dívida insustentável.
Bruxelas prevê que a próxima será uma década perdida e que em 2027 teremos uma dívida de 131% do PIB.
Num cenário de base (central), que assume a manutenção das políticas e medidas já aprovadas ou prestes a serem-no por parte da maioria que apoia o governo, as perspetivas não são propriamente animadoras. A nível do crescimento médio real da economia, os próximos dez anos serão um género de década quase perdida, com o PIB a crescer em torno dos 0,9% ao ano.
Os funcionários públicos recuperaram rendimento, mas a classe média continua à espera do fim da sobretaxa. O emprego aumentou ao mesmo tempo que aumentou a precariedade e diminuiu o salário médio. O investimento, público e privado, continua mais ou menos parado. Os juros da dívida aumentaram e levam-nos mais ou menos 5% de tudo o que produzimos anualmente no país. Amortizar dívida continua a ser uma miragem.
Mas por enquanto há a estranha sensação de que vivemos todos melhor .
A economia está a crescer de forma robusta em alguns países da Zona Euro . A crise está a ficar para trás na zona .
O produto interno bruto (PIB) da Zona Euro cresceu 0,5%, no quarto trimestre do ano quando comparado com os três meses anteriores, e aumentou 1,8% em termos homólogos, superando as estimativas dos analistas que apontavam para um crescimento de 1,7%. Este dado foi revelado já depois de se saber que a Alemanha crescer 1,9%, acelerando o ritmo de crescimento, que a economia de França aumentou 1,1% e que Espanha cresceu 3,2%.
A contribuir para o optimismo dos investidores está também o mercado de trabalho, já que o desemprego na Zona Euro voltou a descer em Dezembro, terminando o ano nos 9,6%, o que representa o registo mais baixo desde Maio de 2009.
O endividamento que vem de trás e que não cessa de crescer : A verdadeira prova dos nove é a do investimento e do crescimento económico. Sem um e outro, não haverá bem-estar, nem equidade, nem menor desigualdade, nem mais justiça, nem melhor educação e mais saúde. A prova dos nove não será a dos subsídios, dos aumentos de pensões, de férias e feriados, da redução de horas de trabalho, do aumento de salários mínimos e médios, dos benefícios de saúde e de educação ou dos abonos sociais de toda a espécie. Se tudo isso, que é excelente, não resultar do crescimento económico, do investimento, do aumento da competitividade, da abertura de novas oportunidades comerciais e das melhorias na organização do trabalho, então tudo isso será demagogia de pouca duração. Será mesmo a antecâmara do desastre. Essa é a prova dos nove: o investimento, que gera crescimento, que produz desenvolvimento e que está na origem do progresso social. A prova dos nove deste governo não é a da sua duração nem a da solidez do seu apoio parlamentar.
A dívida é uma forma diabólica de...diabo. Não se nota e paga-se mais tarde pelos vindouros que assim não podem contestar nada . Paga e não bufes...
Em Setembro de 2016, a dívida pública portuguesa atingiu os 133,08% do produto interno bruto (PIB). Este é o valor mais elevado de toda a série do Banco de Portugal, que recua até 2007, e mostra que o endividamento do sector público ainda não entrou numa trajectória descendente.
Este valor representa um crescimento face ao trimestre anterior (131,7% do PIB) e ao mesmo período de 2015 (130,4%). Em valores absolutos, a dívida pública ascende a 244,4 mil milhões de euros, tendo também aumentado em cadeia e em termos homólogos.
Comentário mais votadoAnónimoHá 43 minutos
Boa tarde, Se alguém tinha dúvidas de onde vinha o dinheiro para as 35 horas, aumentos de salários mínimos, de subsídios e da contratação dos trabalhadores a prazo, está explicado. Virá dos impostos sobre os nosso filhos. Porque é isso que é a dívida pública... o consumo actual com base no futuro pagamento de impostos (para pagar juros). O mais impressionante é que as mesmas forças políticas que clamam pela reestruturação da dívida são as mesmas que permitem o seu aumento. Deverá ser a velha técnica de deixar o balão encher até rebentar... o problema é que, quando rebentar, vai rebentar nas mãos de todos os portugueses e não apenas nos políticos que encheram o balão.
Anda tudo em alvoroço com o crescimento da economia no 3º trimestre de 2016. Mas se colocarmos o fantástico em perspectiva a coisa não é assim tão fantástica. É boa ? É, porque é melhor do que o esperado mas muito longe do necessário.
Convém pôr o "oficial optimismo" um pouco em perspectiva. Primeiro foi o Governo que andou a prometer um crescimento de 2,2%, que depois baixou para 1,8% e finalmente para 1,2%. Mesmo que o PIB cresça 1,3% ou 1,4%, estará a igualar o ritmo de 2015.
A diferença substancial está na aceleração. Os números mostram que as exportadoras e o sector do turismo estão a fazer bem o seu trabalho. Mas dificilmente o cenário irá repetir-se no último trimestre. Se o Governo não se intrometer, é bom. Melhor seria que ajudasse a tornar ainda mais competitiva a economia portuguesa, mas não se vê que isso seja uma prioridade. Ora, sem uma estratégia clara nesse sentido, e sem investimento, este tipo de desempenho no quadro da Zona Euro continuará a ocorrer com a cadência de certos fenómenos astronómicos. "
Estamos a crescer à volta dos 1% a 1,5%, menos de metade do que é necessário para vencer a crise, pagar a dívida e sustentar o estado social. Crescer mais do que o previsto é uma boa notícia mas é poucochinho. Mas para crescer acima dos 3% o mercado interno não chega, somos poucos, há que exportar acima dos actuais 42% e chegar aos 60%. É isto o que nos mostra a nossa experiência e a de outros países com a nossa dimensão.
Então o que é necessário para crescermos mais ?
"Em primeiro lugar é essencial consensualizar uma estratégia nacional clara e um modelo económico consistente, de forma a evitar que caminhemos em círculos como tem acontecido. Relativamente à estratégia, adoptaria a síntese contida na carta magna da competitividade de 2003 da AIP, "Estratégia euro-atlântica", cujos objectivos passam por reduzir a nossa dependência da União Europeia e compatibilizar essa condição com a nossa tradição e experiência de nação atlântica e global. Quanto ao modelo económico, as principais características do que proponho são a prioridade absoluta a um modelo exportador de bens e de serviços, a preferência pelo que sabemos fazer bem e acrescentar maior valor ao que produzimos e exportamos. Por último, devotar particular atenção e competência na atracção do investimento, nomeadamente estrangeiro, de empresas integradoras dos componentes e dos sistema da produção nacional, empresas que, paralelamente ao investimento, nos tragam mercados. Ou seja, aumentar a exportação de produtos dirigidos aos consumidores, com maior integração nacional e mais valorizados. "