A escola é para todos
A escola é para todos no sentido de que a capacidade de escolher modelos alternativos de ensino ( ou que melhor se ajustem à realidade de cada criança) não deve ser um monopólio do Estado, mas o resultado de uma escolha livre e, nessa medida, igualmente financiada. (Martim Avillez Figueiredo - Expresso)
E, é, a única forma de conhecermos a eficiência com que os recursos são aplicados, comparando. Custos, resultados. O monopólio, seja público ou privado, é uma porta aberta à discricionariedade e à prepotência. Em Portugal, em actividades fora da educação, temos muitos exemplos dos resultados maléficos dos monopólios. As rendas excessivas que todos pagamos é um exemplo.
Já há em Portugal dois sistemas bem distintos na educação. O dos colégios privados com alunos com origem em famílias ricas e o sistema público com dois sub-modelos. As boas escolas públicas cheias de alunos filhos da classe média e as más escolas públicas cheias de alunos filhos de famílias pobres. O cheque -ensino tornaria mais livre a escolha da escola pelas famílias e daria oportunidade aos pobres de fugirem às más escolas. E as "escolas independentes" ( free schools que funcionam há muito lá fora ) não seriam vendidas aos professores e pais. A propriedade seria sempre do estado mas a gestão passaria a ser autónoma e contratualizada .
Criar monstros para assustar as "criancinhas" é a arma dos que nada querem mudar neste Estado que já nos levou por três vezes à bancarrota.