Reformar o estado. A última trincheira
Primeiro foi a luta pela democracia, pelo estado de direito, por uma economia social de mercado. A seguir a aprovação de uma Constituição que assegurasse " o caminho para o socialismo". Depois a luta pela integração na União Europeia e a adesão ao Euro. A última trincheira é a luta para modernizar o país, torná-lo compatível com os outros países europeus mais ricos, mais modernos e mais justos.
Estamos agora perante um país que se governa por um modelo politico-social e económico que já nos levou por três vezes à intervenção externa. Caso único na Europa senão mesmo no Mundo. Os instrumentos necessários à integração plena do país na União Europeia e no Euro, são considerados inconstitucionais. A reforma do estado, já feita pela maioria dos países, é vista como "o desmantelamento do estado social". O que é prática corrente nos países mais ricos e mais justos é visto cá como reaccionário, senão mesmo fascista.
O PS só se juntará ao PSD e ao CDS por forma a perfazer os 2/3 na Assembleia da República necessários, após eleições. Antes disso é necessário fechar o memorando da TROiKA em Junho de 2014. A partir daí, para o país aceder aos mercados, beneficiando de um programa cautelar, as instituições financeiras vão baralhar e dar de novo.
Das eleições que daí resultarem, seja qual for o governo, a grande coligação vai enterrar de vez o Portugal conservador que morre lentamente na última trincheira.