Traidores ?
ORÇAMENTO, SUCESSIVA, PREVENTIVA, SEI LÁ...
Vai por aí uma fúria pelo facto de Cavaco Silva se preparar para não suscitar a fiscalização preventiva do Orçamento para 2014.
Do alto dos meus anedóticos conhecimentos sobre o assunto, declaro que:
1- Cavaco Silva, para além do péssimo hábito de comer bolo rei em directo e de, de vez em quando, produzir umas bacoradas de cair de traseiro no chão, é geralmente uma pessoa assisada.
2- Os partidos da ramboia, incluindo a ala amalucada do PS, que cospem cobras e lagartos sobre a decisão do Presidente, não são para levar a sério, porque se estão nas tintas para as consequências daquilo que preconizam.
Vejamos:
Nas condições em que estamos, sob tutela de uma troika de credores e à mercê de quem nos olha de fora e nos empresta o guito, não ter um orçamento a horas seria dar com o martelo na própria cabeça.
Se o Orçamento contém medidas de duvidosa constitucionalidade, face à hiperactividade ideológica dos alegres e marcianos juizes do Palácio Raton, elas tanto o serão agora, como daqui a 5 meses.
Qual a diferença?
A diferença é que daqui a 5 meses já a troika terá avaliado o que tinha a avaliar e desembolsado o resto do carcanhol. Um orçamento rectificativo nessa altura, não terá as consequências devastadoras que teria o facto de não haver orçamento em Janeiro de 2014.
Cavaco agiu bem, portanto, e aqueles que o criticam a toda a hora, são exactamente as mesmas vestais escandalizadas que rasgam as vestes de indignação quando alguém critica os lunáticos do TC. Então o Presidente da República também não é um orgão de soberania? Porque pode ele ser criticado e não o TC?
Só porque aqueles cómicos sacerdotes, com vestidos compridos e o ar solene de quem engoliu um garfo, parecem ser dos “nossos”?