Não é a dívida nem o déficite estúpidos, é o desemprego
Diz Bagão Félix. Está bem, o problema é saber como é que se cria emprego e foi isso que durante dezenas de anos ninguém soube fazer. Obras públicas, são o trabalho mais precário que há. Acaba a ponte acaba o trabalho, ficam lá, no máximo, os portageiros. Mas se esse investimento fosse efectuado numa fábrica teríamos trabalho para trinta anos.
“Se tivéssemos uma taxa de desemprego de 7%, isso significa que o aumento [face a um nível de 17%] é de 3,9 mil milhões de euros. Como é que podemos fazer consolidação a aumentar o desemprego”, interrogou-se o economista. “A variável do desemprego, não só pelas suas perspectivas sociais, mas pelas consequências a nível do PIB, não pode ser desconsiderada”, argumentou.
Pois, todos sabemos isso, mas o desemprego não apareceu por acaso resulta de muitas variáveis internas e externas que não soubemos controlar. É, mal comparado, como o desastre do comboio na Galiza. Descarrilou porque ia a 180 Kms/hora quando só podia ir a 80 Kms/hora. E agora?