Seguro não percebe que o 2º resgate lhe cairá no regaço
Henrique Monteiro , diz que se Seguro visse para além do umbigo não perderia esta oportunidade política. Antecipava-se à Troika e ao Presidente e apresentava as condições que considera necessárias para tirar o país da situação. Condições, evidentemente, que pudessem ser aceites pela Troika.
Se o país, saísse da situação, Seguro seria considerado o "nosso herói" e ganharia com facilidade em 2015 as legislativas. Não o fazendo, antes ameaçando, Seguro com um bocado de azar vai governar com o 2º resgate no regaço. Vai ser obrigado a implementar medidas muito mais duras que as actuais. Como se viu e vê na Grécia.
Opondo-se, da forma que o está a fazer, Seguro corre o risco de ser o perdedor maior se o país sair da situação apesar dele. E em 2015 nem sequer será o candidato a primeiro ministro pelo PS.
"Mas Portugal tem, até essas eleições (que serão em maio) um problema descomunal: pode vir a sofrer um segundo resgate. Isso significaria um perdão parcial da dívida, um desastre para a banca nacional, condições externas impostas de forma muito mais dura e um prolongamento da tutela do país. Ou seja, o preço a pagar por Seguro será o de ir para o Governo em 2015 com uma situação pior do que a atual e obrigado a tomar medidas tão ou mais gravosas."