Prever 2013 e 2014 nem sequer é dificil

Estamos a ter um verão extraordinário ( apesar dos mosquitos) em termos de turismo. Julho, Agosto e Setembro já cá cantam em termos de exportações ( o turismo entra nas contas das exportações) . A seguir, em Novembro, vamos ter a restituição dos subsídios a funcionários públicos e pensionistas o que, vai sustentar o consumo privado. Tudo concorre para que os dois próximos trimestres se juntem a Abril/Maio/Junho em termos de crescimento e criação de emprego. Estaremos então, tecnicamente , fora da recessão.

Mas em 2014, o orçamento vai-nos trazer o corte de 4,7 mil milhões ( ou um pouco menos) o que vai travar o consumo privado. A seguir, no segundo semestre do ano teremos os dinheiros do QREN para alavancar o investimento. O que vai influenciar em muito a criação de emprego (assim não voltem ao betão).

Se as exportações continuarem a ser puxadas pelo crescimento da economia na Alemanha, Espanha e França ( mantendo-se a quota ganha nos mercados extracomunitários) e se a Troika compreender que nesta fase, 4% ou 4,5% de deficits não é o mais importante, não é difícil adivinhar o que vamos ter em 2013 e 2014.

Com o país a aceder aos mercados financeiros e as taxas de juro descerem para valores mais próximos dos normais o BCE fará o que falta.