ZÉ POVINHO NA GUILHOTINA E A FÓRMULA DO CAPITAL
PENSAMENTO DO DIA EM 1867!
Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprar
bens caros, casas e tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até
que se torne insuportável. O débito não pago levará os bancos à
falência, que terão que ser nacionalizados pelo Estado.
(Karl Marx, in Das Kapital, 1867, páginas 229 1º Volume, com o autor ainda vivo. A ideia foi da minha antiga estudante, hoje amiga pessoal, Maria da Graça Pimentel Lemos)
Não é por acaso que coloco a citação de Marx ao começo do texto. Porque, como escrevi na Revista a Página da Educação de Março de este ano o Revista da Primavera, nos creia-que e nos pensava-que, acontecem o equivocáramo-nos, frase traduzido do castelhano – vasco que o nosso pai costumava dizer e que eu converti em ensaio. Pensava que este governo ia cair por causa de uma demissão irrevogável de um Ministro do Poder Executivo Ministro, que após birra bem calculada, conquistara um poder novo: o de vice Primeiro-Ministro, a seguir um arrufo de namorados, mas apareceu mais fortalecido e a ministrar a economia da nissa República. Para o nosso mal. Eis porque o Zé-Povinho anda na guilhotina O endividamento do povo poe causa das políticas de austeridade do governo de Portugal, não têm remédio, excluindo esse de juntar famílias aparentadas dentro de uma mesma casa. O sucesso do Vive Primeiro-Ministro, levara o povo a uma catástrofe. Como diz Marx, o endividamento do povo, vai conduzir a política do governo, a gastar mais dinheiro estatizando bancos que entram em falência, pela incapacidade do povo de pagar dívidas, incluindo a renda de casa, empréstimo do banco a altos juros que acabam por arrebatar o lar das famílias conjugais e vende-las ao melhor comprador. Como acontecia na França de Babeuf em 1785, explicitado no seu Manifeste de Plébéiens. Por causa desta defessa, a sua cabeça rolou na guilhotina em 1790, como a de Luís Capeto o XVI, príncipe Borbom de França
No século XVIII a guilhotina rolava na cabeça dos aristocratas que traiam o povo da França, como comentei no meu texto A tomada da Bastilha, no blogue Aventar, quando me publicava. Hoje em dia, existem dois grupos que deviam ir à guilhotina o poder executivo que não representa o Zé Povinho, e os credores de empréstimos em dinheiro que fornecem o vil metal pelo capricho do executivo, que teima em insistir que a nossa República está em falência. Bem sabemos que não é assim o sobre o assunto nada mais comento, apenas acrescento que o executivo teima, por conveniência de serviço, para criar uma República moderna, esquecendo o 25 de Abril, como a prévia restauração do Século XVIII e os Presidentes socialistas republicanos, desde 1975 em frente. Esquecidos estes factos da nossa História, aparece em frente do povo, a imagem de um Presidente da República, do mesmo partido do Primeiro-Ministro, que permite um governo em conúbio antes de mostrar as imagens públicas do que pretendem fazer, como que manda a lei, dentro de factos já combinados e que merecem uma guilhotina se não devolve com antecedência o projeto de lei anticonstitucionais, como o do orçamento e a reforma d estado social. Factos que matam o povo, mas que não acontecem: caracteriza este governo governar sem lei e, enquanto a Assembleia nada diga, os convivas que nos governam fazem como entendem, sem respeitar os seus juramentos, prestado perante os parlamentários que respeitam a soberania do povo, juramento de obedecer a Constituição. Os prazos dados para o Executivo, não é para pensar os preencher a pensar e ganhar tempo para um não veto de projetos de lei inventados, é apenas um prazo máximo definido pela Constituição para que o PR não adormeça nos seus louros e fale com o seu colega de Partido e essa nova instituição de novo Vice Primeiro-Ministro, para abrandar as exações que caem sobre Zé Povinho.
Perante estas exações, podemos pensar que Marx não teve uma premonição sobre as democracias do seu futuro, na base dos seus cálculos aritméticos e como seriam usados pelos ricos de um Estados. Calculou com a sua fórmula de mais-valia, capital e lucro, o que o povo deve pagar se um orçamento governamental fosse aprovado por ele e os seus assessores, grupo em que deve estar a ministra das finanças, PSD como ele. E, às costas do Zé Povinho, de certeza participam também o PM e o seu Vice na coligação de partidos que nos pretende governar. Ou será que o PR, como o tenho visto, irá a Fátima para pedir conselho aos pastorinhos, à sua Nossa Senhora e a alma da irmã Lúcia? É melhor no se entender com o beato Wojtila, que soube libertar Polónia e o Chile das garras de um capital virado do avesso.
Porém, Marx faz um cálculo e define esta ideia: Comprar para vender, o dito mais exatamente, comprar barato, pagar baixos salário, despedir trabalhadores conforme as leis do mercado, para vender más caro, D—M—D’ (D=dinheiro, M= mercadoria, D’= mais valia ou lucro do que se apropria o enriquecido senhor que possui os meios de produção, quem pode despedir trabalhadores conforme os lucros da manufatura) parece, a primeira vista como si só fosse a fórmula própria de una modalidade do capital, denominado em primeira instância, capital mercantil. Mas, não é apenas esta exação: o capital industrial é também dinheiro que se converte en mercadoria, para se converter, mais uma vez en mais dinheiro, por meio da venda do capital em dinheiro feito mercadoria ou empréstimos a altos juros da moeda como capital. Os fatos que se podem produzir entre a copra e venda do capital como mercadoria, ficam de fora da órbita da circulação de bens, sem alterar para nada o processo do capital mercantil. Finalmente, o capital emprestado a interesse, a circulação D—M—D’ presenta-se baixo uma forma concentrada, sem fase intermedia ni mediador, estilo lapidário, por assim dizer ou, como D—D’, ou seja, dinheiro que rende, mais dinheiro, valor superior a seu próprio volume. D— M— D’ é, porém, a fórmula, em síntese, a fórmula genérica do capital, tal como é-nos apresentado diretamente na órbita dos lucros que dão mais-valia e rendem avultadas sumas de poder adquisitivo para os proprietários das indústrias, as manufaturas na órbita da circulação. (Marx, El capital, libro. L, secção 2, cap. IV, a tradução é minha, mais várias frases, sem itálicos, introduzidas por mim para esclarecer este difícil manuscrito). A circulação do capital faz do proprietário dos meios de produção, adquirir o bem produzido pelo operário, e proprietário do mesmo produtor, quem não subsistiria sem operar para o rico, mantendo apenas a sua força de trabalho como meio de sobrevivência e da sua família: Marx os denominou proletários aos que nada têm.
Como é que o poder executivo vá saldar esta divida? Com os impostos e a miséria do povo. É a forma do governo do PR, e os partidos da coligação, que fazem como eles entendem é melhor para eles e os seus amigos que possuem meios de produção. Executivo que governa para si e colegas no capital e não para a soberania do povo, definida por Lincoln no Século XIX, como sabemos, explicado por mim em outros textos e no meu livro de 2010: Marx, um devoto luterano, solicitado pela editora Tinta da Chine de Bárbara Bulhosa, ainda a espera de publicação, o do meu livro: A religião é o ópio do povo, que pode ser lido, como o de Marx, em Repositório ISCTE-IUL: http://repositorio-iul.iscte.pt
O leitor é quem deve pensar doravante para organizar a sua defessa civil, com os soldados da vigília em Belém, a CGTP, a UGT e os outros sindicatos que defendem os seus direitos constitucionais.
Ora bem, tenho uma premonição: o PR não deve devolver o projeto de lei orçamental à Assembleia, se, por acaso, saiba por Marx, o que é o capital, o que duvido para um leitor de Smith e Friedman. É apenas uma premonição….Não acredito em bruxas, Garay, mas de que as há, as há…
Raúl Iturra
30 de Novembro de 2012. Em http://rauliturra.wordpress.com/ e uma outra versão em http://aventar.eu/2012/11/30/ze-povinho-na-guilhotina-e-a-formula-do-capital/
Reescrito em 16-de Agosto de 2013 para Banda Larga.