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BandaLarga

as autoestradas da informação

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A greve não tem nada de geral

Pois se não há empresa privada, escola, hospital ou família não "pública" que adira à greve como é que ela é geral? Esta questão está na base da convergência que o governo tem efectuado entre o público e o privado. As diferenças são (eram?) enormes. Embora com diferenças salariais, as maiores estavam (estão?) nas "colaterais" como agora se diz . Nas férias, na segurança do vínculo, no despedimento, na progressão automática...

Um país que tem estas diferenças entre trabalhadores não pode esperar ser uma sociedade coesa. Nos dias de greves, especialmente nos transportes, é claro que há trabalhadores que são as principais vítimas.

Os tribunais andam numa roda viva a lançar gasolina para a fogueira, não reconhecendo razões para "serviços mínimos", que protegeriam os mais frágeis, os que vão trabalhar e que não têm outro meio de transporte que não o público. Os "serviços mínimos" condicionam o direito à greve? Penso que não, basta apontar o exemplo habitual dos hospitais. Ninguém aceita que os hospitais parem de todo. E as razões são aqui bastante óbvias porque se trata da saúde ou mesmo da vida das pessoas.

Não quero ser cínico, nem quero por em dúvida o direito à greve, mas nesse dia vou buscar o carro à garagem e substituo o habitual meio de transporte. O Metro!