Governados a partir de Bruxelas
Maioria dos Portugueses acha bem que o país seja governado a partir de Bruxelas. Isto mostra bem em que plano é que colocamos a capacidade dos nossos governantes. Há dois anos não tinha dúvida nenhuma, agora tenho muitas dúvidas. É verdade que não temos governantes à altura mas também já se viu que os políticos em Bruxelas se estão marimbando para a solidariedade entre países. Não creio que os países devam perder a capacidade de dizer "não" se acharem que os seus interesses estão a ser mal defendidos.
Há mesmo quem defenda que há uma terceira via para além de sair do euro ou ficar deixar que o garrote aperte mais. É, justamente, dentro do Euro e da UE, manter as sua identidade nacional, e explorar as suas capacidades exclusivas. Portugal tem nas suas condições naturais, ambientais e geográficas, e na língua falada pontes que podem alavancar a sua presença entre os seus parceiros europeus. Não as devemos perder .
Os portugueses defendem que a agricultura deve ser a prioridade do próximo quadro comunitário financeiro plurianual, 2014-2020. Seguem-se a investigação e a inovação, as pescas e o apoio às pequenas e médias empresas. Na cauda do ranking estão a política externa europeia, as infra-estruturas transeuropeias de transportes e os futuros alargamentos.