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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Um lar para os estudantes filhos de funcionários públicos

Enquanto milhares de trabalhadores do privado ficam sem emprego e outros com cortes no rendimento, há sindicatos a reivindicar aumentos salariais para a função pública.

É inacreditável que numa situação como a que estamos a atravessar alguém coloque seriamente essa exigência. Revela uma visão distorcida de quem trabalha, sustentando um fosso que já é profundo entre o sector público e o sector privado.

Mais uma vez a cegueira ideológica não é boa conselheira

Esta é a visão de quem tem na função pública a maioria dos seus votantes e no Estado o berço de uma sociedade estatista .

E hoje soubemos que a Ministra Alexandra Leitão vai construir um lar para estudantes filhos de funcionários públicos que venham estudar para Lisboa. Ficam de fora os filhos dos que pagam impostos e que já pagam os salários dos pais destes estudantes. Esta senhora agora ministra é a ex - Secretária de Estado da Educação que rasgou inúmeros contratos com colégios privados mas que tem duas filhas a frequentar o selecto Colégio Alemão.

Ainda gostava de saber quantos filhos de políticos frequentam a Escola Pública.

53% dos portugueses ganha menos do que há 10 anos

A verdade está a chegar de mansinho. Não há propaganda que resista ao tempo .

A informação, recolhida entre 21 e 26 de abril deste ano junto de 53% de 16.280 utilizadores da plataforma Fixando, permitiu saber que auferiam, em média, mais 115 mensais em 2011 e que mesmo os que recebem mais que o salário mínimo atual de 665 euros, têm "dificuldade em gerir as finanças", verificando-se ainda que 69% da amostra considera "absolutamente injusto" o ordenado que recebe, tendo em conta as funções que desempenha.

Não há uma palavra do governo para a economia nem mesmo no âmbito do PRR . O crescimento tem sido miserável e sem crescimento pelo menos razoável não resolvemos os problemas que afectam o país .

Cheira mal, cheira a Lisboa

Vamos ver se os srs. Medina e Salgado se safam neste meio lamacento. Há anos que Lisboa está a saque e que a sua Câmara Municipal passou a colossal central de negócios, onde manda um edil-infante e um "Dono Disto Tudo", outro Salgado, o homem que mais tempo esteve no poder nos Paços do Concelho (primo de Ricardo), controlando o acesso a todas as encomendas.

Não sabemos se a Operação Olissipus será conclusiva, mas que estes últimos anos cheiraram a infestação, lá isso cheiraram: o negócio da Torre de Picoas - onde subitamente o grupo Espírito Santo podia construir; o estranho caso dos terrenos de Entrecampos; a entrega em bandeja do espaço dos bombeiros ao Hospital da Luz (Grupo Espírito Santo); a misteriosa passagem da Quinta da Matinha (terrenos que eram da família Espírito Santo) para um fundo cujos verdadeiros proprietários são desconhecidos; uma disforme derrama hospitalar à beira-rio; demolições integrais ou parciais de edifícios fundamentais, como a moradia da Rua S. João da Mata, dos palacetes da Rua das Trinas e da Rua António Maria Cardoso, do Palácio de Rio Maior nas Portas de Santo Antão; destruições no Largo de S. Paulo; a delapidação da Garagem Liz; a recente moscambilha do quarteirão da Portugália; a obstinação na caríssima e complexa obra de prolongamento do metro do Rato até ao Cais do Sodré, etc.

 

Salgueiro Maia, herói de Abril

 

No dia 25 de Abril fui testemunha presencial do cerco ao Quartel do Carmo. No meio da multidão em fúria e dos soldados jovens e inexperientes, um capitão houve que manteve a serenidade e a coragem. Evitou um banho de sangue tanto para a multidão de civis como para os militares sob as suas ordens . O Quartel do Carmo, para quem o conhece por dentro, é uma fortaleza inexpugnável. O portão por onde as tropas sitiantes podiam entrar estão na mira de cem janelas que, estavam ocupadas, cada uma delas, por um militar armado da GNR.

Salgueiro Maia, conseguiu obter a rendição do Quartel e do Prof Marcelo Caetano, de uma forma digna e firme. Não se deixou empurrar pelas paixões dos que queriam sangue, encobertos no anonimato e teve mesmo que ser diplomata ante a cadeia hierarquica de que era o principal operacional.

Antes disso esteve sempre disposto a morrer como aconteceu na Praça do Comércio impedindo, com risco da sua própria vida, que as tropas em confronto  abrissem fogo.

Cumprida a missão voltou para Santarém sem pedir nada. Recusaram-lhe uma medalha que mereceu como ninguém. É altura de todo um povo prestar homenagem a este herói. Deve ser transladado para o Panteão Nacional!

 

PS : é conhecida a vontade do Capitão de Abril que deixou expressa no seu testamento. Os seus restos mortais permanecerão em campa rasa no cemitério da sua terra natal - Castelo de Vide. A sua viúva já veio confirmar essa última vontade.

Pelos sítios históricos do 25 de Abril

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A A25A levou a efeito um passeio por Lisboa para visitar os sítios onde decorreram as operações militares no dia 25 de Abril. Guiados por três "capitães de Abril" ficamos a conhecer as peripécias que  mais e melhor contribuíram para o êxito da operação. Desde a fragata no Tejo que se negou a disparar contra os militares sitiados no Terreiro do Paço, até aos valentes milicianos que não obedeceram ao Major de cavalaria que deu ordem de disparar a matar sobre Salgueiro Maia.

Uma visita à antiga sede da PIDE, hoje convertida numa moderna e luxuosa residencial onde "ainda" perdura uma lápide de homenagem aos heróis que passaram pelas suas masmorras. Depois o Largo do Carmo e o Quartel da GNR onde se deu a rendição de Marcelo Caetano. Estivemos nos aposentos onde o antigo Presidente do Concelho se entregou com dignidade. Marcelo Caetano recusou-se a fugir pelas traseiras do edifício " porque a fuga naquelas condições não era digna" segundo uma testemunha.

Um dos oficiais da GNR mostrou-nos como teria sido uma mar de sangue se a guarda tivesse respondido aos tiros que foram disparados contra o Quartel. A entrada na praça interior é uma armadilha inexpugnável. Leiam o livro " por trás do portão" de um oficial que viveu os acontecimentos e que hoje nos acompanhou.

Há também histórias divertidas e que nos dão a ideia que nos grandes momentos, para além da determinação e da coragem, há muita coisa que depende do destino ( ou do que se queira chamar). Tive a oportunidade de me encostar à esquina de onde assisti a tudo naquela tarde histórica. Um bom almoço na A25A deu por fim um dia muito bem passado.

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O fim de semana prolongado - 4 dias de trabalho

Espanha já a ensaia e cada vez mais empresas e países testam e implementam esta nova tendência laboral. No ano passado, a Microsoft do Japão experimentou esse horário de fim-de-semana prolongado. Verificou-se um aumento de produtividade de 40%, uma redução em 23% na conta da electricidade e uma percepção positiva de 90% dos colaboradores, associada à redução do trânsito. Quatro dias com 32 horas de trabalho já existe, agora também aqui ao lado, e, portanto, não é uma quimera de unicórnios e preguiçosos, mas sim uma mais-valia para quem trabalha mas quer viver e que junta diferentes benefícios, como o aumento do rendimento profissional, a criação de emprego e a atenuação da pegada ambiental. Afinal, nunca se produziu tanto como actualmente, o que significa que devemos começar a trabalhar menos para reequilibrar os ganhos.

O impensável está aí - dívida pública comum europeia

A UE é um processo muito complexo que vai fazendo o seu caminho para corresponder às grandes dificuldades do nosso tempo.

Há bem pouco tempo uma das exigências dos partidos anti - UE era a emissão de dívida comum para com isso provar que não havia solidariedade . Pois bem, a emissão da dívida comum está aí e com ela os 750 mil milhões, a bazuka a juros muitíssimo baixos.  

Hoje juntou-se a Alemanha aos 17 Estados-membros que já ratificaram a decisão dos recursos próprios: Croácia, Chipre, Eslovénia, Portugal, França, Bulgária, Malta, Itália, Espanha, Bélgica, Grécia, Luxemburgo, Letónia, República Checa, Dinamarca, Suécia e Eslováquia .

Ficam a faltar nove países entre os quais alguns que dependem , tal como Portugal , inteiramente do dinheiro europeu . Áustria e Holanda são os habituais frugais.

Lá para Junho teremos aí os fundos que tanta falta a um país nas lonas como é o nosso caso.

PJ investiga CML - PS há tempo de mais no poder

A Democracia com a alternancia no poder tem um instrumento poderoso para garantir a transparência e travar tentações .

A revista Sábado avança que os inspetores estiveram, por exemplo, nas casas do ex-vereador Manuel Salgado e do filho e na empresa promotora do projeto para a antiga Feira Popular.

 

  • processos urbanísticos (Hospital da Luz, Torre da Av. Fontes Pereira de Melo, Petrogal, Plano de Pormenor da Matinha, Praça das Flores, Operação Integrada de Entrecampos, Edifício Continente, Twin Towers, Convento do Beato)”;
  • “e empreitadas: Segunda Circular, São Pedro de Alcântara e Piscina Penha de França. Tanto a empreitada anulada pelo Município na Segunda Circular, como a Torre de Picoas e Hospital da Luz, já tinha sido adiantado, pela Procuradoria-Geral da República, estarem a ser alvo de investigação”.

Os grandes projectos onde se move muito dinheiro . Poder e dinheiro juntos são uma carga explosiva .

 

 

 

Os grandes negócios do Estado - Os vendilhões da PT

A administração da PT foi para o Brasil comprar a OI que estava moribunda carregada de dívidas. A Telefónica espanhola também foi ás compras para o Brasil com o mesmo intuito.

Ganhou a PT e os compradores foram recebidos como heróis na pátria Lusa. A PT ía ser a maior da América do Sul e se lhe adicionássemos os milhões de falantes da língua portuguesa um caso de enorme sucesso a nível mundial.

Esqueceram-se de nos dizer que a espanhola Telefónica, 4 vezes maior que a PT, só não comprou porque não quis dar o monte de dinheiro que a PT deu.

A seguir veio o desastre . Perdemos tudo lá fora com perdas de milhões (Brasil e Angola ) e cá dentro negamos uma OPA a um Grupo português . Está nas mãos de um Grupo francês que não tem dinheiro, está a comprar com o pelo do cão .

Tudo embrulhado numa Golden Share do Estado português que, mais uma vez, fez um negócio ruinoso e suspeito. Mas Sócrates e Lula estavam entendidos queriam o negócio .

Todos sabiam o que se estava a passar mas ninguém viu nada. Como habitualmente .

O extraordinário acórdão do Tribunal Constitucional

Se um titular de um cargo público fizer um acordo com um um interessado que prejudique o Estado e, nesse acordo, estabelecer que só recebe a contrapartida 5 anos e 1 dia depois , temos :

1 - Como não recebeu contrapartida indevida não há crime durante os 5 anos seguintes

2 - Quando ao fim dos 5 anos e 1 dia receber a contrapartida já não pode ser acusado porque o crime original prescreveu.

3 - E está feito o caldo onde podem nascer as narrativas mais promissoras. Basicamente foi este cenário que o Juiz desenhou dando por prescrito o crime, e  como natural que o dinheiro chegue de um amigo .

Mas se o acórdão dissesse que a prescrição só se verifica quando o acordo se realiza com a entrega da contrapartida aí não haveria segundas interpretações.

Estes crimes só se realizam porque a Lei ajuda e as instituições do Estado favorecem quem se porta à margem da lei. Não vale a pena os partidos andarem naquela de não legislar o enriquecimento ilícito . Já se percebeu que não o fazem porque isso seria uma machadada na corrupção que os próprios alimentam.

Quanto ao acórdão do Tribunal Constitucional parabéns à prima .

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