Os sindicalistas querem que os cenários para a TAP levem em conta a descoberta das vacinas. Como se antes da pandemia a companhia fosse viável. Quem sempre viveu de subsídios não aceita viver de outra forma.
“As projeções de evolução do mercado subjacentes ao Plano datam de outubro de 2020, e nelas não se encontram refletidas as evoluções recentes da situação da pandemia Covid-19, designadamente o impacto da descoberta das vacinas e dos planos de vacinação que se encontram neste momento em elaboração”, escreve o sindicato ao ministro.
A vacinação ainda nem começou e a imunidade da população vai demorar a chegar lá para 2022/23. Entretanto há uma estrutura de custos que absorve cerca de 100 milhões/ mês. Que o país não aguenta.
Além disso ninguém ainda é capaz de dizer o que será o negócio aéreo pós covid19. A única certeza é que muito vai mudar e que companhias com a dimensão da TAP dificilmente terão lugar, entaladas entre as grandes companhias (3 ou 4 na europa) e as low costs. Mas isto há muito que se sabe, não é em vão que as companhias se foram juntando e que essa concentração vai acelerar.
E sabem uma coisa ? Ninguém aceitou a TAP como parceira.
Sem o PCP não há alternativa avisa Jerónimo do alto do congresso. Perderam câmaras e metade do grupo de deputados mas no fim são os comunistas que cantam vitória. Saiu caro ao PS a pele de António Costa.
O que esperava o Primeiro Ministro quando traçou a linha vermelha à direita ? Tirar ao PS a posição central que sempre teve no espectro político do país? Até agora o PS podia fazer maiorias à esquerda e à direita agora só fará à esquerda . E o custo é elevado.
Tão elevado que foi obrigado a afastar o BE e as suas exigências e ficar na mão do PC o que nunca aconteceu com o "velho" PS. O da liberdade e europeu . É que os comunistas são contra a economia de mercado, anti- UE e, ainda acreditam que será com violência que chegarão ao poder. Como querem os socialistas manter uma ligação política com quem ainda pensa assim ?
Nas sondagens o PCP anda pelas ruas da amargura, ultrapassado pelo novel partido o Chega. Ora enquanto este partido da direita tem dois anos o PCP tem 100 anos como gostam de dizer os seus militantes. Então como se explica a performance eleitoral e o que levará Costa a fazer de um partido perdedor o seu companheiro de viagem ?
António Costa só tem uma razão, está só e mal acompanhado não pode perder o apoio que lhe resta. E, por enquanto, o próprio PS azeda baixinho.
Então não eras tu que dizias que a tua geringonça de esquerda da qual és um dos sumos sacerdotes era um must e a salvação do país?
Agora que está tudo no osso, já não há tostão, o tecido produtivo está de rastos, os impostos expropriam metade do rendimento do povo, a dívida atingiu níveis astronómicos nunca vistos, ou imagináveis, há bancos novamente no limite a exigir a injeção de muitos milhares de milhões para não falirem, a TAP absorve milhares de milhões e no entanto dá sempre prejuízo, o mesmo acontece com a CP, o serviço dos CTT está caótico , os vários serviços públicos e a justiça funcionam em hibernação acumulando atrasos , atrás de atrasos, o serviço nacional de saúde está em degradação crescente, o turismo está moribundo, o desemprego dispara, três milhões de portugueses são pobres ( um português em cada três ) e um milhão já não tem dinheiro para se alimentar capazmente este é o retrato de um país após seis anos deste governo socialista .
E agora que colocaram o país de rastos diz este coveiro do país que estamos já numa situação de colapso bem pior que a 2010.
Bem se ele já o admite que ninguém se iluda a situação de bancarrota existe de facto, a qualquer momento emergirá .
Os dois países que se opõem que a transferência dos fundos europeus seja relacionada com o cumprimento do Estado de Direito, são dos que mais precisam do dinheiro. Estarão sempre dispostos a negociar desde que não percam a face. Já a União Europeia não pode ceder nos princípios.
Mas há limites vermelhos. A UE não pode avançar a 25, isto é, sem aqueles dois países. Mas também não pode deixar que a implementação das medidas e consequente injecção dos fundos fique para quando o mal já estiver feito.
A verdade é que há países que precisam já do dinheiro, aqueles países que têm elevadas dívidas e maus comportamentos económicos. Caso óbvio de Portugal que precisa do dinheiro como de pão para a boca. António Costa até já disse que o que interessa mesmo é a pipa de massa e os princípios ficam para mais tarde.
Não é bonito mas eu até estou de acordo. A UE não pode fechar os olhos a países que não praticam uma democracia plena mas, também é evidente, que ter democracia e as populações viverem na pobreza não leva a lado nenhum. O caso português é paradigmático.
Há vinte anos que crescemos 0,5 % /ano , que vivemos dos empréstimos e dos subsídios. Não resolvemos nenhum dos problemas de fundo. Os 2 milhões de pobres, os salários e as pensões de miséria, as listas de espera no SNS , os processos em atraso na Justiça.
Talvez a solução do candente problema seja resolver já a situação financeira e deixar para mais tarde o problema político que não desaparece mesmo que enterremos a cabeça na areia.
E a Hungria e a Polónia perceberão então que só perderam tempo.
Esta crise veio expor várias debilidades estruturais da economia portuguesa. Por um lado, a especialização internacional de Portugal no turismo, que se acentuou nos últimos anos, e que não vai servir-nos tão cedo. Precisamos de novas áreas de especialização, mas isso demora tempo. Por outro lado, o enorme endividamento da economia portuguesa, que agora vai subir mais alguns degraus, e que vai continuar a retirar-nos graus de liberdade. Os impostos vão continuar a aumentar, quer os de hoje, quer sobretudo os de amanhã. Enfim, os próximos anos, mesmo com todo o apoio financeiro do União Europeia, serão duros. Outra vez.
As famílias não vão conseguir manter a distância entre os seus membros para assegurar um jantar de Natal e almoço de Natal seguros ?
Pelo menos com o núcleo mais chegado, dez pessoas, as mesmas ao jantar e ao almoço, os membros familiares com quem privamos diariamente ou quase, que conhecemos a vida que fazem, os riscos que correm.
O meu filho trabalha a partir de casa, terá os seus contactos com clientes e fornecedores, priva com as duas filhas de dez e sete anos que frequentam um colégio. A mãe das minhas netas trabalha ao ar livre. Eu passo grande parte do dia em casa e dou o meu passeio de 5 kms/dia por zonas pouco frequentadas e ao ar livre. A mãe do meu filho sai de casa para ir às compras cumprindo todos os regulamentos.
A segurança na minha família é inferior à oferecida pelo congresso do PC ? Claro que não. E vou deixar de festejar o Natal ?
As minhas dúvidas levam-me a ter menos certezas que os comunistas porque a minha preocupação são os meus entes queridos, já o PCP quis fazer e fez alarde da sua conhecida prepotência. Interessa-lhe o cenário que apresenta ao país mas não pensa nas famílias dos congressistas. E se algum deles leva para casa o vírus ?
Vamos ver se quem se vergou ao poder do partido agora tem a lata de convidar ou exigir que as pessoas não festejem a festa da família .