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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Não só o Serviço Nacional de Saúde mas o Sistema Nacional de Saúde

Com um milhão de consultas , 100 mil exames e 60 mil cirurgias em atrazo o governo viu-se obrigado a fazer o que é racional. Olhar para o Sistema Nacional de Saúde e não só para o Serviço Nacional de Saúde.

"Desde o fim do período de confinamento, a Lusíadas Saúde tem vindo a atuar ativamente no apoio aos cidadãos portugueses contribuindo com a sua atividade diária, nos seus 13 hospitais e clínicas, para a diminuição das manifestas necessidades no âmbito da atividade assistencial e cirúrgica dos seus clientes tradicionais e da realização de mais de 1500 cirurgias ao abrigo do programa Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) do Serviço Nacional de Saúde", conta agora a Lusíadas no comunicado enviado ao DN/Dinheiro Vivo.

Cai assim por terra o argumento de lógica economicista e objetivos de atingir lucro, que tem sido amplamente usado para rejeitar a intervenção dos privados, defendendo-se antes o avanço para a requisição civil. Esta ideia foi ainda ontem liminarmente recusada pela Hospitalização Privada como um "cenário sem sentido num contexto de emergência nacional e perante a incapacidade de resposta do SNS, em que os privados ajudarão no que for preciso", conforme explicou ao Expresso Óscar Gaspar (APHP).

PCP e BE foram normalizados agora é a vez do Chega

Quer queiramos ou não o Chega tem assento na Assembleia da República e também na Assembleia Regional dos Açores. Quer isto dizer que o novo partido preenche as condições democráticas e constitucionais.

Cabe ao povo português fazer do Chega em eleições o que considerar melhor para o interesse nacional. Foi o que aconteceu nos Açores. "Nos Açores mandam os açorianos" diz Motta Amaral.

É óbvio que perante a hipótese de o Chega com os seus dois deputados poder viabilizar um governo de direita leva a que o PS perca a governação que lidera há 24 anos. Não podemos esperar outra coisa que não seja a oposição desesperada da porta voz dos socialistas.

Há partidos de extrema direita em todos os países da União Europeia. Em França há mais de vinte anos com a família Le Pen. Em Espanha há dez anos com o Vox. Em Itália, na Grécia e nos países do centro e do norte da Europa há bem mais tempo. Não consta que a democracia naqueles países seja mais pobre que a democracia que por cá temos.

A Democracia Liberal é assim mesmo. Cabem todos desde que joguem o jogo democrático e, não pode ser o interesse partidário, neste ou naquele momento que carimba o interesse nacional.

O Povo em democracia é quem define o interesse nacional. Ou o povo que vota no Chega não é povo ? Voltamos ao tempo do "nosso" povo ?

O sector privado da Saúde é o maior prestador de cuidados

A realidade é bem diferente do que parece para a maioria de nós.

Se perguntar a alguém minimamente informado qual é o principal setor, por volume de negócios, na prestação de cuidados de saúde e venda de produtos de saúde em Portugal, provavelmente, a resposta será o SNS – Serviço Nacional de Saúde, que integra cuidados em ambulatório (centros de saúde e unidades de saúde familiar e hospitais), cuidados hospitalares (incluindo, MCDTs e medicamentos) e cuidados continuados.

A surpresa é que a resposta correta é: o setor privado.

Quadro 1

Ano 2018 Valor Total Despesa Saúde Setor Público Setor Privado
Milhões de euros 19 303 8 010 11 293
% Total 100% 41% 59%
Fonte: INE, Conta Satélite da Saúde

Uma análise mais fina revela quais as principais componentes:

Quadro 2

Unidade Total Despesa Saúde Setor Público Setor Privado % Setor Público % Setor Privado
Hospitais 7 975 5 816 2 159 73% 27%
Unidades residenciais de cuidados continuados 399 10 389 3% 97%
Prestadores de cuidados de saúde em ambulatório 5 040 1 383 3 657 27% 63%
Prestadores de serviços auxiliares 862 121 741 14% 86%
Venda a retalho e outros fornecedores de bens médicos* 3 673 0 3 673 0% 100%
Prestadores de cuidados preventivos 21 8 13 38% 62%
Prestadores de serviços de administração e financiamento dos sistemas de saúde 405 174 231 43% 57%
Resto da economia 767 418 350 54% 46%
Resto do mundo 159 79 80 50% 50%
Valores em milhões de euros; *o valor de venda das farmácias foi de 2833 milhões de euros em 2018. Fonte: INE, Conta Satélite da Saúde
 
 
 

 

Era bom que estivessem juntos nos momentos difíceis

Felizmente que o PS tem pouco a ver com o BE e com o PCP e isso vê-se no orçamento. Enquanto houve algum dinheiro para distribuir andaram a vigiar-se mas logo que apareceram os momentos difíceis, separaram-se.

Enquanto houve vacas gordas foi fácil aos partidos da geringonça aprovarem os Orçamentos do Estado. Enquanto houve benesses para distribuir e reversões (muitas delas, como o corte de salários na função pública do OE2011, vindas de um governo do PS – os verdadeiros pais da austeridade em Portugal) foi fácil chegaram a acordo.

Agora que o país atravessa uma crise sem precedentes, que os tempos são de vacas magras, a extrema-esquerda despe a pele de cordeiro e mostra as garras de lobo. Desentendem-se, não são capazes de assegurar uma solução de estabilidade e lançam o OE para uma luta de taticismo político. E mesmo a abstenção do PCP e do PEV é muito frágil. Só no primeiro dia entraram mais de 200 alterações ao OE por parte dos partidos que o vão viabilizar! O pântano está de volta à política Portuguesa, mais uma vez pelas mãos dos Socialistas.

Agora, o sentido de Estado impunha que os que estiveram juntos nestes últimos 5 anos, a usufruir do bom trabalho feito pelo Governo anterior do PSD/CDS e a usufruir da boa  conjuntura internacional, estivessem também juntos nos momentos difíceis.

Percebemos bem o logro que foi vendido ao país em novembro de 2015.

Diferença entre PS e PSD cai a pique num mês e meio

Os problemas exigem decisões difíceis que desagradam a  muitos. E a governação dos últimos quatro anos também não ajudou. O país continua pobre e não resolveu nenhum dos problemas importantes que dependem da capacidade em criarmos mais riqueza.

A distância entre as intenções de voto no PS e no PSD reduziu-se dramaticamente em apenas um mês e meio, período marcado por negociações tensas em torno do Orçamento do Estado para 2021 e pelo agravamento da pandemia no país

Nesta sondagem cujo trabalho de campo decorreu entre 22 e 26 de outubro, o PS surge com 35,5%, menos 2,1 pontos do que na sondagem anterior, realizada entre 12 e 15 de setembro. Já o PSD, teve a evolução contrária, passando de 23,9% para 27%. Resultado: a diferença, que era de 13,7 pontos percentuais há mês e meio, passou para 8,5 pontos.

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