Entregar um cheque directamente a cada família é a única maneira de fazer chegar o dinheiro da União Europeia aos cidadãos. De outra maneira o dinheiro vai perder-se nos bolsos dos habituais. Os que influenciam as decisões dos governos.
Sendo assim, quais os passos seguintes? Num outro discurso de Ben Bernanke, também em Novembro de 2002, podemos encontrar algumas pistas. E está ligada a uma proposta de Friedman, conhecida como Helicopter Money. Bernanke defende que uma forma de estimular a economia é através de uma redução de impostos financiada com emissão de dívida pública comprada directamente pelo Banco Central, com o compromisso de que o governo nunca terá de a amortizar.
Parece impensável que uma política destas seja seguida na Europa. Isso equivaleria a que o BCE financiasse directamente os governos nacionais, o que vai contra as regras dos tratados europeus, estimulando o comportamento irresponsável de muitos governos. E, convenhamos, estes governos já demonstraram em diversas ocasiões de que não precisam de estímulos extra para serem irresponsáveis.
Como poderia o BCE distribuir dinheiro desta forma pelos cidadãos europeus? John Muellbauer, professor em Oxford, propôs que se entregasse 500€ a cada pessoa que tivesse número de contribuinte ou que se recorresse aos cadernos eleitorais. Isto, claro, com a garantia de não o pedir de volta. Ou seja, tratar-se-ia de uma dádiva e não um empréstimo, pelo que corresponderia a um aumento permanente da moeda em circulação.
Se se chegar ao ponto de se mandar imprimir dinheiro para distribuir, prefiro que seja um helicóptero a reparti-lo por todos em vez de ser entregue aos governos ou a Juncker para o distribuir por interesses seleccionados. Apesar de tudo, é mais justo e menos arriscado.
Um grupo alargado de eminentes economistas holandeses arrasa o PM e o ministro das finanças do seu país pela falta de solariedade demonstrada aos países mais fracos do sul da Europa.
"Atualmente não existem soluções holandesas, alemãs, francesas ou espanholas. A cooperação com os outros países é agora literalmente vital. Agora é a hora da solidariedade. Começa com nós mesmos. Governo, pare de bloquear. Assuma a responsabilidade. Pense de forma construtiva, para os outros e para nós próprios."
"... nós temos de escolher os nossos momentos. Os países devem, naturalmente, reformar-se e pôr em ordem as suas contas domésticas. Para o conseguirmos, teremos certamente de nos fazer ouvir no futuro. Mas agora não é o momento para essa discussão. A ameaça comum do vírus requer clemência e ajuda. Podemos e devemos mostrar solidariedade a partir da nossa posição relativamente confortável.
Agora é necessária uma ação europeia convincente. Os primeiros passos já foram dados. A Comissão Europeia encontrou dezenas de biliões dentro do orçamento atual e as necessidades orçamentárias foram aliviadas. O BCE anunciou que vai estimular a economia, entre outras coisas, comprando mais de um bilião de euros em dívidas. As recentes decisões do BCE são particularmente significativas, especialmente o Programa de Compra de Emergência Pandémica. Na margem, o ESM também foi ligeiramente ampliado.
No entanto, a maioria das medidas são de natureza nacional. É impressionante como os Estados membros do norte da UE são capazes de gastar mais dinheiro do que os do sul. A Alemanha anunciou um pacote de ajuda no valor de mais de 350 mil milhões de euros. A própria Itália apresentou um pacote de 25 mil milhões de euros, muito menos e muito mais problemático, devido à situação financeira precária da Itália. Especialmente agora, o apoio pan-europeu aos países mais fracos é crucial. Também eles devem ser capazes de prosseguir uma política de apoio. O coronavírus é um inimigo comum, o que requer políticas comuns.
Julgo que é inovador e que é a primeira vez que se faz. Pelo menos nunca li nada sobre o assunto.
Basicamente trata-se de despistar através de uma análise ao sangue quem tem uma qualquer infecção. Isso vê-se pela "velocidade de sedimentação" e pelo aumento de certos componentes do sangue.
Feita a despistagem, os infectados seguem para uma segunda análise que se dirige objectivamente à detecção do coronavírus. Vantagens ?
A análise ao sangue faz-se em 10 minutos ( com resultados) e reduz enormemente o universo de pessoas a analisar para o coronavírus.
Nos últimos dias houve uma disputa entre o corpo médico do hospital - que defendia que o hospital devia continuar a prestar os cuidados para que está direccionado e continuar limpo do vírus - e a administração que decidiu avançar com esta inovação.
Se assim é não está mal visto não senhor e é um exemplo notório da tal capacidade de desenrascanço dos Lusos.