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BandaLarga

as autoestradas da informação

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O cordão sanitário chinês que abriu a porta do mundo ao vírus

Há ainda muitas dúvidas sobre o comportamento das autoridades chineses no início da pandemia. Nada será igual. Nas relações comerciais e diplomáticas a China perceberá que tem parceiros mas não tem amigos.

E como se os defeitos na produção chinesa não fossem suficientes, a dimensão da crise tornou evidente um pouco por todo o lado que o mundo não podia depender tanto das fábricas chinesas. Pequenas empresas, como a irlandesa Oasis, que fabrica dispensadores de água, reorganizaram a sua produção para abdicarem dos fornecedores chineses trocando-os por fabricantes europeus, e países inteiros, como o Japão, lançaram programas nacionais de apoio à sua indústria para ela depender menos da China.

Depois é fundamental que Pequim explique porque decidiu isolar a província de Hubei das outras províncias chinesas, criando uma gigantesca cerca sanitária, mas permitiu que ela continuasse ligada ao resto do mundo. Os chineses de Hubei não podiam infectar os seus compatriotas mas puderam continuar a voar para Londres, Paris, Roma ou Nova Iorque durante todo o mês de Janeiro, nalguns casos até mesmo Fevereiro.

 

Carta aberta ao Presidente da República sobre o Covid-19 - Prof Dr. André Dias

Estamos confinados em casa pelo medo. Medo dos governantes e das instituições da Saúde Pública e também medo da população.

Esta carta aberta é de um especialista que desde há muito luta contra o medo. Não, este vírus não é uma calamidade sanitária. Até a Professora Doutora Maria Manuel Mota do IMM ( uma das mais prestigiadas cientistas portuguesas) disse em entrevista de primeira página que " este vírus é bonzinho mata pouco". 

O curioso é que as autoridades da Saúde Pública não desmentiram nunca nenhum dos cientistas que publicam esta opinião contrária à verdade oficial.

Tendo em conta os nossos conhecimentos atuais sobre a Covid-19, sabemos hoje que as medidas preventivas de contenção já não são necessárias sob um ponto de vista sanitário, e que, como tal, deveriam ser imediatamente levantadas. Outros tantos estudos sugerem ainda que as medidas preventivas serão mais danosas para o tecido social do que a própria doença, podendo mesmo ser associadas a um número superior de óbitos a médio e longo prazo.

Com tempo e sem turistas o Montijo já não é necessário

Ganhamos tempo vamos usá-lo com juízo diz o João Vieira Pereira no expresso. Os 25 milhões de turistas que nos visitavam todos os anos não vão regressar de um dia para o outro. O mais provável é um crescimento gradual do turismo.

E o impacto não será só no número de turistas mas também na forma de viajar de avião. Menos passageiros por avião e menos aviões. Ir aos USA para uma reunião de 2 horas já não é preciso se calhar já se pode fazer via Skyp . Os preços vão crescer e os passageiros vão diminuir.

Mas agora vamos ter tempo e dinheiro, muito dinheiro que vem da Europa.

Em vez de um apêndice mal amanhado no Montijo podemos construir um aeroporto novo. É melhor, mais seguro e ajuda mais a economia.

E as grandes infraestruturas como o comboio de grande velocidade para Madrid e a Terceira Ponte sobre o Tejo podem agora avançar.

As oportunidades de uma crise.Oxalá não se repitam os erros do passado.

As grandes distribuidoras fazem chegar dinheiro aos produtores

É preciso a economia voltar porque se esperarmos pelo estado e pela banca vamos ao fundo. A tesouraria das empresas não espera.

Em duas semanas, a marca integrou também 40 novos membros no Clube de Produtores Continente (CPC), uma estrutura de apoio à produção agropecuária portuguesa. O CPC criou ainda um programa de pagamentos antecipados aos pequenos produtores para ajudá-los nas suas condições de tesouraria.

O que é NACIONAL é bom e a venda de produtos portugueses está a crescer. Se esta cadeia se perder morrem empresas e haverá despedimentos em massa. Mas não podemos contar com os programas de apoio financeiro que só chegarão ( se chegarem) às PMEs ( que representam mais de 60% do emprego) tarde e a más horas.

Para já a banca está na fase das moratórias de pagamento, ajuda mas não é dinheiro para quem perdeu vendas e receitas. Tanto se morre afogado no mar alto como numa bacia de água. Basta ter a boca e o nariz debaixo de água.

A falência começa sempre pela tesouraria.

Portugal é um país livre mas não é um país próspero

Portugal há 20 anos que não cresce. Temos uma dívida que não desce, salários baixos e 2 milhões de pobres. Só resolveremos estes problemas com o crescimento do PIB por um período prolongado no tempo. Para isso é preciso mudar o modelo económico.

A Iniciativa Liberal defendeu este sábado que caso se resista a "conformismos e falsos unanimismos" e se impeça que "o Estado se confunda com um partido", os portugueses "serão tão bons como os melhores e mais livres do que nunca".

Portugal foi ultrapassado por países que eram mais pobres do que nós. Temos que ter a humildade de aprender com esses países e mudar. Não temos que ser pobres.

"Graças ao 25 de Abril e ao 25 de Novembro, nasceste num país democrático e livre, mas a liberdade que verdadeiramente interessa não é a dos países, é a das pessoas e não há verdadeira liberdade enquanto não houver igualdade de oportunidades e possibilidade de escolha".

A escola pública não garante a igualdade de oportunidades e a saúde pública não garante a possibilidade de escolha. Só com mais riqueza é que os portugueses terão mais igualdade e mais liberdade de escolha. Nessa altura seremos um país mais livre e também mais próspero.

Não é por acaso que Portugal não cresce apesar dos milhões em subsídios europeus, em dívida e da elevada carga fiscal. A quem interessa este estado de coisas e não deixa mudar ?

Mais do que nunca é preciso questionar os donos disto tudo.

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PS : homenagem de Rosete Rodrigues

O Fundo de Recuperação Europeia: biliões em empréstimos e a fundo perdido

Quanto em empréstimos e quanto a fundo perdido ? É o que está em cima da mesa para ser discutido. Com empréstimos os países muito endividados ficam com uma dívida ainda maior embora com taxas de juros mais baixas e com prazos de pagamento muito longos.

A decisão mais importante é que todos os países concordam em emitir dívida europeia, embora ainda não seja a tão esperada mutualização . Como é que se vai fazer ?

Ficou confirmado (como já tinha sido noticiado) que o Fundo será financiado através da emissão de dívida da União Europeia (algo considerado impensável antes desta crise), mas não houve consenso sobre a forma como as verbas deste fundo serão distribuídas: se através de transferências comunitárias, de empréstimos ou uma mistura dos dois. E na parte dos empréstimos, com que juros, com que maturidades?

“As opiniões [entre os líderes europeus] são variadas. Há prós e contras para todas as possibilidades, todos conhecemos os argumentos” de parte a parte, disse Von der Leyen. Os países do Norte da Europa (Alemanha, Finlândia, Holanda e Áustria) querem que a maior fatia seja em empréstimos (que teriam de ser devolvidos, ainda que em prazos longos). Já os países do Sul, e a França, querem mais transferências comunitárias e menos empréstimos.

A UE emitiria 323 mil milhões de euros em dívida, que seriam depois alavancados até chegar pelo menos aos 1,5 biliões, cinco vezes a quantidade inicial.

Também terá ficado mais ou menos definido que os critérios de distribuição do dinheiro do Fundo de Recuperação assentarão em bases conhecidas: PIB, população ou impacto da crise, desemprego. Se os fundos são destinados a investimento ou a outras áreas. Critérios específicos para uma componente industrial, uma ponderação para fatores ecológicos ou digitais estarão ainda abertos a discussão.

Quanto a decisões finais, os líderes europeus aprovaram o pacote “de redes de segurança” de 540 mil milhões de euros acertado numa maratona de negociações no Eurogrupo na semana passada. Mais importante: fixaram uma data concreta para que este pacote de medidas esteja operacional, ou seja que o dinheiro esteja acessível, em condições favoráveis, para Estados-membros e empresas afetadas pela crise: 1 de junho.

O modelo "Flórida da Europa" não serve

Viver do sol e da praia e atrair os reformados da Europa não chega como modelo económico sustentável. E não é por acaso que os países que estão eternamente em dificuldades sejam os países do sul da Europa - Portugal, Espanha, Itália e Grécia.

Em março, a agência alemã Scope Ratings publicou uma matriz de vulnerabilidade económica e dos sistemas de saúde que considerava, na parte económica, o peso do turismo no produto, o peso do emprego temporário e em micro-empresas, o peso da produção industrial e o grau de participação em cadeias de valor globais. Sem surpresa, as quatro economias europeias que surgem como mais vulneráveis são, por esta ordem, a Itália, a Grécia, Espanha e Portugal.

Terá ficado entretanto claro que uma tal sobre-especialização em segmentos do sector dos serviços caracterizados por salários baixos, empregos precários e baixa produtividade assenta numa visão estática e estreita das vantagens comparativas da nossa economia e introduz tendências para a desindustrialização, para a formação de bolhas de especulação imobiliária e para a vulnerabilização acrescida de uma boa parte da sociedade.

A China a quem vendemos empresas estratégicas nacionais

A China a quem o Estado vendeu grandes empresas estratégicas é hoje o inimigo económico a abater. Isto demonstra bem como os nossos políticos não têm visão estratégica. O que era bom há 10 anos hoje é mau.

E não foi só à China, as vendas ao dinheiro angolano também não primam pela consistência. Era dificil fazer pior. Mas os países europeus também não mostraram interesse e deixaram as empresas chinesas comprarem a eito

O presidente francês Emmanuel Macron pediu explicações à China a propósito do surto do novo coronavírus e a vice-presidente da Comissão Europeia, Margrethe Vestager, manifestou a intenção de ajudar os Estados-membros a impedir que investidores chineses tomem posições importantes em empresas europeias fragilizadas pela pandemia.

Era bom que, no relançamento económico do país pós-pandemia, se promovesse a emergência e a consolidação de projetos industriais. Nomeadamente, aplicando no desenvolvimento de novos produtos o conhecimento que tem vindo a ser produzido pelos centros de excelência tecnológica do nosso sistema científico e de inovação.

Para além dos sectores tradicionais, que já mostraram ser particularmente resilientes mesmo em cenários de crise, há atividades de elevado valor acrescentado em que somos ou podemos vir a ser muito competitivos, como as energias, a aeronáutica, a mobilidade sustentável, as tecnologias de informação, a robótica, a inteligência artificial, a saúde/farmacêutica, entre outras.

Mudar o modelo económico reindustrializando o país é a chave para tirar Portugal da apagada e vil tristeza em que se afunda há pelo menos 25 anos.