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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Se a TAP fosse viável dinheiro não seria problema

O pobre rapaz que está ministro veio ameaçar com a nacionalização da TAP. Que o Estado vai meter dinheiro e que por isso vai mandar. Mas o Estado não mandou já durante décadas ? E o resultado não foi uma empresa onde se afundaram muitos milhões ? 

Há uma década atrás as companhias de transporte aéreo europeias fizeram um movimento de aproximação entre si, trocando capital, juntando passageiros, centralizando serviços. A Ibéria com Bristish, a Lufthansa com a Alitália, a Air France com a KML e assim por diante...

Sabem uma coisa ? Apesar de estar no mercado ninguém quis juntar-se à TAP.

Na operação de privatização apareceu um aventureiro Colombiano que no momento de passar o cheque não tinha dinheiro. E a solução actual passa por um empresário de transportes terrestres e por um empresário que possui uma pequena companhia nos USA e outra no Brasil. Precisava de uma companhia europeia com licença para operar entre os dois lados do Atlântico. 

Desta forma encaminha os passageiros europeus para as suas companhias que operam internamente na América do Norte e na América do Sul e, ao invés, encaminha os seus passageiros americanos para a TAP.

É uma estratégia com pés para andar no mundo competitivo do transporte aéreo onde o COD SHARE representa 80% do negócio ( distribuir os passageiros entre si). Neste mercado que vantagem trás o estado ? Dinheiro grosso ? Não tem. Conhecimento do negócio. Não tem. 

Então que solução trás a nacionalização? Nenhuma. Digam ao pobre rapaz que está ministro que quem faz a mesma coisa e espera resultados diferentes é imbecil ( Albert Einstein).

Abram falência e no seu lugar criem uma empresa à medida do país e dos critérios actuais do negócio. Mas, claro, é preciso ter a coragem que falta a um governo que não resolve problemas apenas os empurra para a frente com a barriga..

O SNS vai recorrer ao privado para resolver as listas de espera

A ministra da Saúde diz directamente. O SNS não vai ser capaz de responder sozinho e, portanto, vai recorrer ao sector privado. Como é lógico e os doentes esperam.

Marta Temido fala “na enorme dificuldade” das listas de espera e admite que o Governo poderá vir a recorrer aos privados para colmatar esta situação.

Esta decisão absolutamente lógica e beneficiando os doentes vai ter uma oposição histérica da extrema esquerda porque para o PCP e BE a ideologia é mais importante do que tratar em tempo medicamente razoável os doentes.

Felizmente que no PS ainda há quem tenha sentido de Estado.

Nacionalizar a TAP - os grandes negócios do Estado

O governo mal chegou reverteu a privatização da companhia aérea. Logo se viu que a operação serviu para calar a boca aos seus parceiros da extrema esquerda ( PCP e BE) e, de corrida, meter lá uns amigos principescamente pagos. O Estado passou a ter 50% do capital mas perdia em toda a linha. Direitos económicos muito inferiores à sua participação no capital e, na gestão, não mandava nada.

É, claro, que a TAP é um sorvedouro de dinheiro e está hoje com os mesmos problemas de todas as outras companhias aéreas. Aviões no chão.

A Air France/KLM vai receber ajudas do Estado de 11 mil milhões de euros e a Lufthansa uma ajuda de 7 mil milhões de euros. É verdade que estas companhias são bem maiores que a TAP mas por estes números vê-se bem o que será necessário meter na companhia.( 600 a 700 milhões de euros)

O Estado português vai meter na TAP a fatia leão do dinheiro que vem da Europa ? Se sim, o que sobra para as milhares de empresas em Lay -Off ( já são 98 000 ) e para os seus trabalhadores ? Empresas em sectores estratégicos tanto no mercado interno como na exportação?

Há muito que se percebeu que o serviço prestado pela TAP pode ser fornecido em melhores condições por dezenas de empresas a custo muito mais baixo. Mas a ideologia não deixa. Companhia de bandeira, dizem eles.

O Estado mete o dinheiro nas empresas "certas "

As mesmas de sempre que se sentam à mesa do Orçamento.

Vista que está a forma como o Estado onera as empresas socorrendo-se delas para exercer o seu papel “protector” analisemos agora como o Estado “conserta” o problema que inflige a todas as empresas com o nobre intuito de relançar a economia. Começa aqui a nova ficção que mais não é do que a reedição dos programas financeiros de apoio ao investimento e quejandos. Isto é dinheiro para alguns mascarado de critérios de selecção de sectores, tipologias, pareceres, diagnósticos, etc., com uma finalidade única: a de canalizar dinheiro para as empresas “certas”, normalmente aquelas que já deveriam ter desaparecido há muito tempo, se não estivessem na rota “certa” da ajuda do Estado, acompanhadas pelos peritos “certos” que por sua vez aceitam os incentivos “certos” para que o nobre propósito de desperdício de dinheiros públicos se mantenha no nível “certo”.

A Europa é a nossa rede de salvação

A nossa dependência face à Europa é cada vez maior apesar da cantada aproximação .

A subsidiação do financiamento público da saúde em países como Portugal, por parte da União Europeia, é uma realidade que me desagrada, na medida em que ela revela a nossa debilidade e dependência face a terceiros. Mas esta é a nossa triste sina numa altura em que, depois de anos de divergência económica, e ultrapassados por um número cada vez maior de países, a dependência de Portugal face à Europa é total. Desde os fundos comunitários para financiar o investimento no nosso país, à habilidade do Banco Central Europeu para manter baixos os juros exigidos à República, a Europa tem sido a nossa rede de salvação e nos próximos anos a situação só se vai agravar. Que, ao menos, os fundos sejam dirigidos a áreas que mereçam a simpatia de quem contribui relativamente mais e que façam sentido a médio prazo.

 

E se o Estado pagasse o que deve ?

Uma medida que deve ser estudada e implementada é o pagamento da dívida total do Estado aos fornecedores. Um montante de 4 a 5 mil milhões de € de dívida a entrar na economia seria uma forma eficaz e rápida de salvar empregos e garantir a viabilidade de muitas empresas.

O Estado central, local e regional deve entre 4 a 5 mil milhões de euros aos fornecedores. Basta pagar o que deve como fazem as pessoas de bem e há imediatamente uma injecção de liquidez na economia. Nem sequer conta para o défice nem para a dívida.É só tirar da manga as cativações que deram ao país um supéravite e colocaram os serviços públicos no estado pouco digno que sentimos na pele.

Quanto à proposta avançada esta quinta-feira de pagamento da dívida total do Estado aos fornecedores, Miranda Sarmento considerou ser a de “mais fácil aplicação” entre as que o PSD tem em estudo, e que significaria “um primeiro injetar de liquidez em milhares e milhares de empresas”.

A banca é uma bruxa já está a tratar de si mesma

O dinheiro tarda a chegar às empresas mas já está a chegar aos bancos. Dinheiro barato do BCE para responder à pandemia. E com isto, com dinheiro barato, ganham milhões emprestando-o às empresas sôfregas de liquidez.

Os bancos anteveem uma utilização da liquidez sobretudo para os dois fins referidos, mas também como alternativa ao crédito interbancário [em que os bancos se financiam junto de outros bancos] ou a outras operações de cedência de liquidez“, diz o inquérito realizado pelo Banco de Portugal. E também “para a aquisição de obrigações soberanas nacionais”, permitindo-lhes, com o BCE a comprar dívida pública no mercado — tem uma “bazuca” de 750 mil milhões de euros –, obter algum retorno.

Os bancos dizem ainda esperar que “a sua participação nestas operações contribua para melhorar a respetiva situação financeira, nomeadamente através da melhoria da capacidade para cumprir os requisitos regulamentares e prudenciais e da rendibilidade e posição de liquidez global do banco”, mas também “para o aumento do volume de crédito concedido a empresas e a particulares“.

Todas as crianças internadas no Hospital D. Estefânea tiveram alta

É preciso recomeçar a viver. Há várias coisas que já se sabem. Há regiões onde há muitos infectados e outras nem tanto. Há sectores de actividade onde há muitos infectados e outros nem tanto. Há actividades dificeis de controlar mas outras  nem tanto.

O número médio de contágios (o valor de R) teima em não descer em Portugal. Porém, as assimetrias regionais vêem-se até na forma como a doença atinge o país. Por isso, na opinião de alguns especialistas, poderão abrir-se primeiro regiões menos afectadas.

“Na minha opinião, é um bocadinho precipitado desconfinar já o país todo, porque o R não está num valor nada confortável”, diz. “No entanto, quando olhamos para o mapa de Portugal e vemos o número de casos ou de mortes, vê-se sempre que o país é muito diferente.” Há duas manchas escuras sobre Lisboa e Porto, mas há zonas menos afectadas pela doença — como o Alentejo. “Portanto, se é para aliviar as medidas, devíamos fazer isso assimetricamen-
te, isto é, começando pelas regiões onde parece ser menos arriscado.

Neste momento [ontem] temos internadas seis crianças, uma delas em cuidados intensivos. Temos 29 doentes seguidos no domicílio e 37 curados. (Hospital D. Estefânea).

Países com grande impacto da doença, como Espanha ou Itália são países nesta altura que não têm imunidade. A Itália tem uma imunidade de 7%, a Espanha 10%. O que sabemos é que a maior parte da população ainda não contactou com o vírus. É por isso que não podemos baixar subitamente as medidas que foram tomadas até agora. A reintrodução da vida - não vou dizer normal, porque tão cedo não vamos voltar ao normal —, tem de ser faseada, porque a imunidade
de cada país ainda é muito baixa. No nosso país é mesmo muito baixa,
deve ser à volta de 1%. A estratégia do Governo é reabrir as creches a 1 de Junho.

PS : Público

 

 

Para o sector privado a austeridade já começou e vai agravar-se

Há uma enorme injustiça entre as consequências desta pandemia nos trabalhadores do sector privado e os funcionários públicos.

O lay-off, as reduções de salários, o desemprego, as falências, os aumentos do endividamento são exclusivos daqueles que dependem do sector privado. Os funcionários públicos nada sofrem financeiramente com o confinamento, apesar de muitos nem sequer estarem em teletrabalho. Mesmo assim, apesar da crise, o Governo manteve os aumentos salariais e os sindicatos já estão a falar da necessidade de novos aumentos.

Para o setor privado, independentemente dos discursos políticos, a austeridade já começou e vai agravar-se.

Pouco se tem falado dos milhares empresários que têm vivido tempos de enorme dificuldade e em muitos casos dramáticos, em especial os das pequenas e médias empresas, que de um dia para o outro, sem qualquer responsabilidade, viram desmoronar os seus negócios, sendo incapazes de cumprir as suas obrigações perante trabalhadores, fornecedores e credores.

 

A começar no Estado ninguém paga a ninguém

Só conversa essa a de que estava montado um programa de apoio à tesouraria das empresas. A começar no Estado ninguém paga a ninguém.

Cerca de 1400 empresas que aderiram à iniciativa "Pagamentos Pontuais" pedem ao Estado que pague 554 milhões em atraso. As dívidas têm mais de 90 dias e podem ascender aos 613 milhões.

A “Pagamentos pontuais” é uma iniciativa que procura substituir um “ciclo vicioso” de atrasos nos pagamentos em Portugal, quer por parte do Estado, como também das próprias empresas do tecido económico.

Numa altura destas é quase criminoso o estado, o tal das contas equilibradas, não pagar o que deve. É o mínimo que se exige a quem anda permanentemente a gabar-se que vai fazer chegar milhões às empresas.

Esperemos que seja em tempo de vida.

 

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