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BandaLarga

as autoestradas da informação

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A estagnação socialista

Bom comentário do Nuno Garoupa ao artigo do Expresso:

«Três notas sobre isto:

(1) “capital social acumulado por Centeno” - quem escreve (artigo não assinado) saberá o que significa “capital social”?

(2) o Expresso, com mais alguns habituais narradores, inventou o efeito Centeno. Mas a realidade eleitoral não se compadece com a narrativa do efeito Centeno. O efeito Centeno não apareceu nas urnas de votos. Por isso o efeito Centeno persiste na narrativa oficial enquanto a realidade eleitoral fica para os curiosos do olvido.

(3) O país está economicamente estagnado há 20 anos. Portugal estava estagnado antes de Centeno, continuou estagnado com Centeno, seguirá estagnado depois de Centeno. O debate que interessa a quem pensa Portugal não são as razões estruturais de uma estagnação de duas décadas, mas Centeno.

E um bom 2020!

O ministro que gosta é de malhar

Primeiro " eu cá gosto é de malhar na direita" agora gosta de malhar nas empresas privadas. Santos Silva, ministro de um governo que levou o país à bancarrota, não se lembra de malhar no PS que nos últimos 20 anos governou 16 anos (80% do tempo).

Para quem tinha dúvidas sobre o que o PS pensa das empresas privadas que asseguram 80% do emprego e 60% das exportações pode agora dormir descansado. Malhar é o verbo e, como, Santos Silva foi ministro de todos os últimos governos socialistas também ficamos a saber que não se enganou nem disse sem pensar. É mesmo o que pensam os políticos socialistas sobre as empresas privadas.

Nas vésperas da discussão do Orçamento Santos Silva está a dar um recado encomendado. Em política o que parece, é.

Iniciativa Liberal : crescer economicamente é a solução para o ambiente

Crescer economicamente também é a solução mais ajustada para a humanidade enfrentar os problemas climáticos.

E que áreas do conhecimento não podemos esquecer? Não podemos esquecer a economia. O que a economia nos diz é que a estratégia de travar o crescimento económico para salvar o ambiente tem uma falha óbvia: as pessoas só se preocupam com causas comunitárias de longo prazo quando as suas necessidades individuais de curto prazo estão resolvidas. No mais recente Eurobarómetro, fica bastante claro que é nos países mais ricos que existe uma maior consciencialização para o problema ambiental. Nos países mais ricos da UE, mais de 20% da população coloca o ambiente no topo das suas preocupações. Entre os mais pobres, os valores são inferiores a 10%. Se olhássemos para os países de terceiro mundo, o resultado seria ainda mais baixo. Fica claro que a única forma de trazer o ambiente para o topo das preocupações das pessoas é eliminar outras preocupações de curto prazo, ou seja, crescer economicamente. A estratégia do decrescimento defendido por alguns mais radicais é uma estratégia contraprodutiva para o ambiente por lhe retirar apoio político a prazo.

Distribuir o que não existe é impossível

Considerar que quem cria riqueza é necessariamente ganancioso é desprezar a origem do que pode ser a resolução da apregoada e real carência de tantos outros.

Distribuir o que não existe é impossível. Prometer o que não pode ser dado é imoral. Anunciar medidas de efeitos benéficos, sabendo de antemão que não existem recursos para o fazer, é inaceitável.

Não se pode colocar em segundo plano a capacidade de crescimento económico, o aumento da produção que cria riqueza que possa ser distribuída mais equitativamente entre todos.

PS: Expresso : Manuela Ferreira Leite

O desastroso quarto de século socialista

Desde o pântano de Guterres, passando pela bancarrota de Sócrates e acabando no poucochinho de Costa, Portugal ficou para trás.

Nos últimos 25 anos da nossa democracia, o Partido Socialista esteve sempre no poder excepto em dois momentos, os períodos do pântano e da troika. O pântano surgiu na sequência de seis anos de governos de António Guterres. Em 1995, ano em que Guterres tomou posse, a despesa corrente das Administrações Públicas foi de 33,3 mil milhões de euros. Em 2002, ano em que o Governo caiu, esse número tinha crescido para 55,2 mil milhões (Fonte). Um crescimento de 65%, uma média de 7,5% ao ano, numa altura em que Portugal se preparava para entrar no Euro, tendo já prescindido do total controle da sua moeda. 10 anos mais tarde, a troika entrou em Portugal na sequência da gestão de José Sócrates, dos défices anuais de 20 bi e do estado de pré-bancarrota em que Portugal tinha caído.

Com 18 anos acumulados no poder, não será grande o erro no diagnóstico se baptizarmos os últimos 25 anos como o Quarto de Século Socialista.

Neste Quarto de Século Socialista, comparando Rendimentos per Capita em Paridades de Poder de Compra, Portugal foi ultrapassado por Malta, República Checa, Eslovénia, Estónia, Eslováquia e até pela Lituânia. A Lituânia que em 1995 tinha um PIBpc que era apenas 40% do português, só necessitou de pouco mais de duas décadas para nos suplantar. Quando terminar esta legislatura, é muito provável que tenhamos sido ultrapassados também pela Letónia e pela Polónia.

Em 1995, dos actuais 28 países da EU, 12 estavam atrás de Portugal. Neste Quarto de Século Socialista, todos esses 12 países convergiram com a média europeia. Portugal divergiu. Neste Quarto de Século Socialista apenas a Grécia fez pior que nós.

António Costa admite que gestão do SNS foi catastrófica

Já todos sabíamos e grande parte de nós já sentiu na pele. O Serviço Nacional de Saúde bateu no fundo. Na sua mensagem o primeiro ministro veio confirmar a existência das vergonhosas listas de espera, os médicos e enfermeiros que faltam, os serviços que fecham, as parturientes que morrem.

O sector privado acolhe 2,7 milhões de cidadãos que pagam voluntariamente para fugir ao descalabro do SNS. Costa percebeu esta evidência agora no fim de quatro anos de governação. Mentiu sempre que disse que havia mais médicos e mais enfermeiros e que o investimento estava em bom nível. 

Atado de pés e mãos, sem dinheiro e sem soluções que agradem aos seus camaradas o primeiro ministro tenta gerir as expectativas. Vem aí a gripe com as urgências a abarrotar.O Centeno afinal não era um "Ronaldo" era um simples técnico de finanças. 

A alternativa ao Serviço Nacional de Saúde é um Sistema Nacional de Saúde

mensagem do primeiro ministro prometendo injectar mais dinheiro no SNS não corresponde à solução. Para além de o país não ter dinheiro para ter um SNS universal e gratuito em que o Estado faz tudo, há todo um conjunto de estruturas, equipamento e recursos humanos que são menosprezados e que não estão em pleno ao serviço dos doentes.

A solução é a criação de um Sistema Nacional de Saúde com três pilares - estatal, social e privado- articulados entre si, com optimização das estruturas, equipamentos e recursos humanos e colocados ao serviço dos doentes. É irracional a existência de listas de espera, onde há doentes que esperam meses e anos enquanto há oferta hospitalar no país disponível. É irracional, estúpido e um desrespeito pelos doentes. Intolerável.

Este problema é bem o exemplo de que há reformas que só encontrarão solução se o modelo político em que o país vive há décadas, mudar. O PCP e o BE exigem que o SNS não tenha nenhuma relação com os sectores social e privado. Não basta deitar dinheiro sobre o sector como enfatizam, é preciso que o Estado tome conta de tudo e controle tudo e todos.

O PS tolhido pela dependência parlamentar à esquerda não é capaz de encontrar solução e não passa das promessas de mais dinheiro que não tem. A mensagem de António Costa não precisa de tempo para se provar que é mais uma promessa não cumprida. 

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