A concorrência no sector privado leva-o a estar sempre a inovar para oferecer um leque variado de escolhas.
Com a diferenciação vem a expansão do sector privado.
Se as despesas em cuidados continuados vão crescer sem parar nas próximas décadas, então com elas vai crescer ainda mais a diferenciação de serviços. O crescimento inexorável do sector privado não implica que o mercado da saúde não tenha problemas que exijam regulação musculada. Mas com o aumento da riqueza vem o desejo de diferenciação dos produtos que os mercados são exímios a fornecer em comparação com o sector público.
Quase 40% dos gastos com a saúde em Portugal são feitos no sector privado. As indústrias dos hospitais ou dos seguros de saúde estão em crescimento sem sinal de desacelerar.
A luta continuada pela existência de uma prestação pública de serviços de saúde não será nem certa nem errada, mas antes infrutífera.
Ainda não foi lançado para o caixote do lixo mas está lá perto e quem o vai lançar são amigos do peito.
Afinal baixar o IVA é uma medida que beneficiaria todas as famílias e as empresas. É daquelas medidas com que todos concordam, salvo o estado que está à beira de apagar a luz por falta de dinheiro. Que melhor prova que o Estado está de tanga quando o governo não aceita esta medida tão meritória?
Ou fazemos isto ou o descongelamento das carreiras diz Costa. Estamos mesmo a ver que o PCP e o BE vão trocar o IVA da electricidade pelo descongelamento das carreiras dos funcionários públicos, não estamos?
Que se lixem as famílias que ganham o salário mínimo.
Com a situação a que chegou novamente o país pela mão do PS aquele discurso de que não tem culpa nenhuma não serve mais.
Os últimos 20 anos foram preenchidos por governos PS e António Costa esteve em todos eles.O PSD esteve no governo no tempo da Troika chamada por Sócrates com o país em bancarrota. Face ao aparecimento de novos partidos não vale a pena ensaiar desculpas.
A culpa é dos problemas que não se resolvem. Os polícias sentem-se humilhados.O SNS bateu no fundo e já há as vozes de Carlos César e Ana Catarina Mendes a exigirem solução para os serviços que fecham e para a falta de médicos e enfermeiros. Claro que estas vozes vindas do aparelho do PS é só para doentes em listas de espera verem.
As previsões de Bruxelas apertam com o optimismo de Centeno que é o primeiro a sentir-se atacado pelas vozes vindas do interior do partido. O primeiro ministro prepara-se para deixar cair o seu ministro das finanças como, aliás, já começou a fazer na hierarquia do governo. Costa fará a Centeno o que for preciso como sempre fez ao longo da sua carreira.
Se António Costa não colocar o crescimento da economia como o objectivo principal ( e para isso tem que fazer reformas que vão ao arrepio do PCP e do BE) e encarar de frente o endividamento crescente do país, não resolverá nenhum dos problemas.
Só o crescimento da economia dará margem para resolver problemas que se devem exclusivamente à falta de dinheiro apesar da elevada carga fiscal que os contribuintes suportam.
Não há margem para aumentar impostos nem para mais endividamento e descer a dívida o PS nunca o fez e não o fará agora.
A ala pediátrica do hospital de São João pelo seu simbolismo é a prova concreta que o estado não tem dinheiro. Não se inaugura uma obra para crianças sofrendo de doenças oncológicas esperando que ninguém perceba que se trata de uma golpada eleitoral. E só quem não tem mesmo como resolver a situação é que corre um risco eleitoral desta monta.
O mesmo se diga dos hospitais com serviços a fechar, medicamentos que faltam, médicos e enfermeiros que abandonam o barco, listas de espera que crescem em vez de reduzir. E nas escolas em que 20 000 alunos não têm professor nem auxiliares escolares. E os polícias e os guardas que se manifestam com estrondo a ponto de as autoridades cercarem a AR com betão armado defensivo.
As obras na ferrovia que não avançam, o aeroporto que não sai do papel, os cinco novos hospitais que se arrastam.E a razão é a mesma. O Estado não tem dinheiro.
Por tudo isto António Costa volta-se agora para os privados, esperando o seu apoio no aumento no salário mínimo ( decidiu sem negociar com os representantes dos patrões), é falada uma PPP para a construção do Novo Hospital de Lisboa ( o maior de todos eles e sobre os restantes ainda nada se sabe) e decidiu sobre o Montijo porque quem paga ( a ANA) assim o impôs.
Com Sócrates não havia juros baixos ( graças ao programa de compra de dívida do BCE), a dívida tinha atirado o país para o lixo e o défice andava nos 7% ( a UE agora não deixa que o descalabro nas contas volte). Em tudo o resto estamos ao mesmo nível.
«Quando acabar esta legislatura, teremos 21 anos de governação socialista, intercalada com sete anos de governação de direita. Estará na altura de deixarem de culpar os governos de direita por tudo o que de mal acontece.»
Esta é, talvez, a mais grave consequência da fuga das classes altas e médias-altas para o ensino privado: grande parte da “clientela” exigente vai-se embora e a que fica não é influente, pelo que a pressão para resolver os problemas não é a mesma.
Não, não pode ser. Há alternativas, sejam elas do sector social, do sector privado ou mesmo no estrangeiro. Os doentes não podem permanecer meses à espera de uma cirurgia para além do prazo medicamente recomendado. Não se trata de ideologia, trata-se de humanismo.
Ainda há bem pouco tempo todo o país se ergueu na ajuda a uma bébé que necessitava de um medicamento que só existe nos USA. E a criança foi tratada como não podia deixar de ser.
O que se está a passar no SNS é uma preocupação ( devia ser) para todos os cidadãos, porque basta a doença bater à porta a um de nós para que a ideia de fazer parte de uma lista de espera se mostre na sua total desumanidade.
Não aceito tal arbítrio para ninguém mesmo para os que, cegos pela ideologia, entendem que o sofrimento ou mesmo a morte é uma alternativa.
As vozes que se fazem ouvir contra o turismo, o alojamento local e os "tuk tuk " são a cultura do condicionamento industrial de Salazar que perdura 40 após o 25 de Abril. Amordaçar, acorrentar a liberdade de iniciativa da sociedade civil que só os que têm muito dinheiro e poder conseguem contornar.
Ora, se há alguma certeza é que Portugal nunca sairá da sua apagada e vil tristeza enquanto perdurar este ódio feito bandeira "pública" aos empreendedores. Já não serve dizer que a culpa é do Euro ou dos mercados porque os outros países com os mesmos " constrangimentos e chantagens , no típico linguarejar do PCP e BE, crescem, criam postos de trabalho, e até absorvem a mão de obra portuguesa que aqui não encontra trabalho.
Por outro lado os patrões portugueses, na sua maioria, têm como objectivo enriquecer depressa deixando para segunda preocupação o investimento em novos equipamentos, na inovação e na formação dos seus trabalhadores.
O crescimento da economia é a chave para a resolução de todos os problemas macro-económicos nacionais. Portugal nunca foi capaz de produzir o suficiente para que o seu povo tivesse uma vida digna e é por isso, e não por ser um povo aventureiro, que procurou novos mundos e que continua a emigrar às centenas de milhar.
E, a verdade, é que mais uma vez a economia não cresce , a emigração continua, o SNS soçobra e a educação continua nas mãos de quem a cobriu, ano após ano, de um manto de mediocridade.
Bem pode a extrema esquerda lançar poeira para os olhos e não perder oportunidade de manifestar o seu ódio a quem cria riqueza e postos de trabalho . E o "Babush ", feito primeiro ministro, lá anda pela longínqua Índia a atrair investimento que não consegue captar aqui no ocidente. Como se as condições que Portugal oferece para atrair investimento e empresários fossem más para os ocidentais mas boas para os orientais.
A China anda por cá a comprar empresas públicas "rentistas " que não encontra em mais país nenhum. Ou acham mesmo que os chineses andam por cá por terem "os olhos em bico "?
PS :
Esta lei foi publicada em 1931 pelo decreto lei nº 19354, define que compete ao Ministro do Comércio e Comunicações depois de consultado o Conselho Superior Técnico das Industrias autorizar:
A instalação de novos estabelecimentos industriais e a reabertura no caso de paragens por tempo igual ou superior a dois anos.
A montagem ou substituição de tecnologia nas empresas de que resulte aumento de produção;
A transferência de licenças de exploração, arrendamento ou alienação de estabelecimentos a estrangeiros ou a empresas estrangeiras
A lei do Condicionamento Industrial serviu para eliminar a concorrência interna das empresas já existentes em cada ramo , mas ao mesmo tempo , contribuiu para a estagnação tecnológica, a criação de monopólios e a fraca qualidade dos bens e serviços comercializados.
Das coisas mais escabrosas que aconteceram na política foi aquela inauguração do início das obras da ala pediátrico do hospital São João. Passadas as eleições fotografias mostram que não há obras nenhumas e que os equipamentos que serviram para compor o "boneco" foram retirados.
A recuperação da ferrovia de décadas de atraso como pomposamente o governo anunciou é inexistente, como publicam hoje os jornais. Passou só um mês das eleições.
Se juntarmos a estes escândalos a situação dos hospitais e das escolas ( 20 000 alunos sem professores) é mais do que óbvio que o governo se bate com graves problemas de tesouraria. Daí também o aumento previsto nos salários e nas pensões ( 75 cêntimos/mês) .
Pode enganar-se muita gente durante muito tempo mas não é possível enganar toda a gente durante o tempo todo.