"Depois de estudar na Escola Alemã de Lisboa, Cotrim de Figueiredo formou-se em Economia na London School of Economics. Em Londres teve alguns trabalhos, como servir cocktails na Serpentine Gallery, de arte contemporânea. Em Inglaterra comia muitas couves-de-bruxelas porque eram baratas e davam para cozinhar de muitas maneiras, contou em entrevista à revista Sábado em 2015.
De regresso a Lisboa, tirou um MBA em Administração, Negócios e Marketing na Universidade Nova de Lisboa. Liderou a Compal entre 2000 e 2006 e a Nutricafés de 2003 a 2006. Seguiu-se a Privado Holding, dona do BPP, e a direcção-geral da TVI de 2010 a 2011. Na área do turismo, Cotrim de Figueiredo foi presidente do conselho directivo do Turismo de Portugal entre 2013 e 2016 e, em 2015, foi eleito vice-presidente da European Travel Commission. Também desempenhou funções de administrador na Jason Associates e na Faber Ventures.
Deslumbramentos há muitos mas deslumbrados há muitos mais. Basta juntar os partidos novos à direita para chegar aos 4%. Tanto como o PAN e metade do Bloco de Esquerda não contando com o Partido da Terra e o Partido Monárquico.
E sem a exposição pública que deputados na Assembleia da República dão. Sem comentadores na comunicação social. O Bloco de Direita terá tudo isso e crescerá rapidamente tal como cresceram o PAN e o BE. O que retira muito do apregoado mérito aos agora nubentes que o PS afasta.
CHEGA 1,5% ; ALIANÇA 1,5%; INICIATIVA LIBERAL 1% = 4%
E Portugal deixará a Grécia como único país europeu sem partidos liberais que existem em todos os outros países. Não é por acaso que a Grécia e Portugal andam permanentemente na cauda da Europa.
Com 4% dos votos a Direita Liberal poderá juntar um grupo parlamentar com a dimensão do PAN, do PCP, dos Verdes e do CDS e com massa crítica para constituir um grupo parlamentar para preparar estratégias, apresentar e defender propostas contribuindo para o enriquecimento do debate parlamentar.
Liberais, olhem para o interesse nacional, na extrema esquerda há uma representação manifestamente exagerada. Não os levem a sério e não tenham medo.
Em matéria europeia, o PCP preconiza a linha “catrapum”, pretendendo “o desmantelamento da União Económica e Monetária e a necessária libertação do país da submissão ao Euro”, assim como a “revogação do Tratado Orçamental e da União Bancária, do Programa de Estabilidade, da «Governação Económica» e do «Semestre Europeu».” É para ir tudo a eito.
Já o BE anuncia uma linha mais à moda de um Brexit aos bochechos e por parcelas. Exige a “desvinculação do país do Tratado Orçamental”, engrossa a voz contra “um ultimato das instituições europeias” para apontar à “desvinculação da União Monetária” – leia-se, saída do euro – e proclama a “insubmissão à União Europeia dos tratados e das regras do euro”, seja lá isto o que for.
São estes partidos que o PS levou para a área da governação e de que necessita agora para governar. Ninguém diga que vai ao engano.
Esfumado o sonho há agora outros sonhos a tornarem-se realidade. A derrota do PSD foi manifestamente exagerada e à direita entram no hemiciclo um deputado do INICIATIVA LIBERAL e um deputado do CHEGA. No futuro vamos ter estes dois partidos com uma muito maior exposição mediática e a profunda desigualdade que existe entre a esquerda(PS/PCP/BE/PAN) e a direita (PSD/CDS) irá desvanecer-se.O Iniciativa Liberal conseguirá eleger um deputado apenas dois anos após a sua formação coisa nunca vista por cá.
O universo político português começa a assemelhar-se com a generalidade dos universos partidários europeus, onde a social-democracia, a democracia cristã, os liberais e até a extrema direita estão representados( por cá só temos extremismos à esquerda) .
O espectro partidário tuga começa a mexer-se 45 anos depois. Está a sair de cena o resultado político da década de 70 e a nascer o cenário político resultado da nossa integração europeia.