O Estado há muito que está abocanhado pelas corporações de interesses.O Estado direcciona as políticas públicas para as classes profissionais e nunca para o cliente final, o cidadão. Vivemos num Estado que insiste em não colocar no centro da sua política o aluno ou o utente.
Prefere mil vezes discutir carreiras, salários, reformas e pensões, dotações orçamentais e recursos humanos, do que perceber se está ou não a servir quem deve.E é por isso que passamos os últimos quatro anos a discutir a devolução de rendimentos para a Função Pública, fim dos contratos de associação com colégios privados ou o fim das PPP na saúde, em vez de tentar perceber como ter alunos mais bem preparados ou os melhores cuidados médicos para a população.
Impedir a livre escolha em saúde pode dar neste horror já várias vezes denunciado mas nunca investigado.As fraudes e as falhas no SNS multiplicam-se.
As evidências mostram que tudo falhou: falhou o controlo do sistema de saúde, falhou a Ordem, falhou a Justiça e falhou tudo ao obstetra: consciência e profissionalismo.
É dificil perceber que tanta gente de esquerda tenha apoiado o gestor agora condenado a pagar multas milionárias por graves decisões.
Em causa neste processo estão, entre outros ilícitos, várias violações do sistema de controlo interno do banco no âmbito da gestão do risco de crédito, ou seja, foram aprovadas muitas operações sem que houvesse análise de risco adequado, ausência de constituição de provisões para risco especifico de crédito, concessão de créditos a sociedades de que os administradores eram gestores, assim como incumprimento nos deveres de implementação de controlo interno na verificação da origem do dinheiro dos subscritores das unidades de participação,
Nada disto impediu que muita gente de esquerda tenha apoiado a reeleição de Tomaz Correia. Porque será ?
A não ser que a despesa seja no privado está bem de ver. Aí é uma despesa maldita que até pode dar lucro por isso é bem melhor mandar as pessoas para as listas de espera onde morrem sem tratamento.
"A palavra-chave é medir porque se financiarmos o sistema de saúde com base nos benefícios alcançados para o doente, e não apenas no número de interações com os profissionais de saúde, estaremos a diferenciar as opções que trazem mais benefício para os doentes"
Como referiu Filipa Mota e Costa, "o problema dos labirintos não é o de se encontrar a saída, é o tempo que se demora até encontrar essa saída, que no caso do doente significa que devia ser tratado no momento em que mais precisa de ser tratado".
É ter no centro do sistema o doente e não outra razão qualquer ditada por ideologias idiotas.
Nem com o Hospital Militar (pertencente ao SNS público) as parcerias para reduzir as listas de espera de doentes para cirurgia funcionam. É que como há muito aqui escrevo as listas de espera não são um mal, pelo contrário, fazem parte da solução para estes demagogos amigos dos pobrezinhos. O que lhes interessa é a pureza ideológica não são os doentes.
Com acordo estabelecido entre o Ministério e o Hospital Militar ( pólos de Lisboa e Porto) em 2018 para redução das listas de espera, nem um doente foi operado ao abrigo da parceria. O Ministério diz que o HM ainda não formalizou a disponibilidade e o HM diz que o MS ainda não indicou qualquer doente. Doentes sofrem enquanto estes burocratas estatais brincam com a saúde dos que não podem financeiramente recorrer aos hospitais privados.
E mesmo assim há quem ache que o dinheiro dos impostos não deve ser utilizado fora dos hospitais públicos não vá os hospitais privados terem lucro. No caso do HM a questão nem se coloca porque é o orçamento do Estado que paga a exploração corrente do HM.
Eu por mim nunca deixarei sem protesto que os meus concidadãos sofram em qualquer lista de espera. Não há nenhuma razão superior ao sofrimento dos doentes.E como se vê não é nada por razões de promiscuidade entre os dois sectores.
A pegada ecológica dos alimentos. Em Portugal há fruta boa de várias espécies mas andamos a comer abacate do Perú e manga do Brasil. Pior, uvas do Chile e laranjas de Espanha.
Perguntei a uma funcionária de um super mercado porque é que a fruta que vendiam era toda do estrangeiro. Respondeu-me que a nossa é melhor e que, por isso, se vende mais cara lá fora ficando nós com a pior.
É verdade que nos últimos anos se vê o aumento significativo da produção nacional da fruta e dos verdes em geral.Azeitona, uva, amêndoa, cereja, maças, peras( que exportamos fortemente)laranja do Algarve, pêssego (até na Beira Baixa)...
O que é de rir é que nos primeiros tempos da democracia o governo adjudicou ao famoso Peter Druker ( professor e economista) um estudo para identificar os clusteres que devíamos desenvolver. Quase quarenta anos depois estamos a seguir os seus conselhos.
E a cortiça, a madeira, os têxteis, o calçado...sectores onde Portugal sempre teve Know how. Antes tarde do que nunca.
António Costa diz que neste governo não há relações familiares assim admitindo que sempre era verdade haver familiagate no governo anterior.
Como nos mostra o escândalo do concurso do lítio este governo está, como nunca, mais dedicado ao business as usual. O businessgate.
Na RTP regressou a censura amordaçando a investigação a este escândalo antes das eleições. O secretário de Estado na sua prestação naquele canal veio dizer-nos, nervosamente, que estava tudo conforme as regras do concurso.
Uma empresa com três dias de existência, cinquenta mil euros de capital, sem nenhuma experiência no sector mineiro e, naturalmente, propriedade de socialistas, ganhou o concurso.Agora é só encontrar uma empresa mineira, com muito dinheiro e muita experiência e vender a licença por um monte de euros.
E Portugal assim, sem burocracias e sem barreiras escusadas, tornar-se-á um dos principais produtores de lítio, terá a sua refinaria e até a sua fábrica de baterias.