Cento e oitenta e oito empresas públicas que apresentam muitos milhões de dívida. Se juntarmos a este universo as mais de 200 empresas municipais, mais os inúmeros institutos públicos teremos o retrato do "caminho para o socialismo" .
Um enorme sorvedouro de dinheiros públicos um monstro ineficiente e também uma máquina de poder e de distribuição de poder.
Somos um país pobre com uma economia sem capacidade de pagar salários decentes.
“Já fui à assembleia do município, já concorri aos concursos todos da câmara, já estive numa reunião, através da Habita. Todos me dizem que tenho direito a uma casa, mas depois não há nada para ninguém”, concluiu. O problema não se restringe à cidade de Lisboa, sublinharam muitos dos que fizeram depoimentos públicos na manifestação.
O manifesto enumera ainda várias reivindicações, como o fim dos despejos e das demolições sem alternativa, a regulação das rendas para criar um teto máximo ou a existência de mais habitação pública de qualidade, à imagem do que existe na Holanda, na Áustria ou em França.
António Costa arranjou uma dor muito oportuna para não ter que falar de Tancos.Mas como Rui Rio e Cristas não aceitaram calar sobre o escândalo havia que lhes dar troco. Aí está o César a fazer o que mais gosta. Malhar .
Não falou de mais nada a não ser do malandro do Rio que quer ser PM à conta do escândalo. Pois se Costa não foi acusado, não é arguido...
A ideia não é má mas não é genuína. Já se sabe que o que se discute não é o procedimento criminal é a responsabilidade política e, esta, é necessário escrutinar. Contra a vontade de quem está a perder com o assunto é bem de ver.
Mas chamar o César é muito significativo porque o artista açoriano não ganha votos cá no continente. O contingente de primos, sobrinhas e mais família que vivem à conta do Estado é uma pedra no estômago dos continentais.O Costa anda nervoso para pedir ajuda a este caceteiro.
Uma dor de costas é uma razão porreira. Não há como a negar e o que um médico pode fazer é mandar o deficiente(perdão) utente para casa descansar.
Há fogos e mortes? O PM está na praia e regressa só quando o fumo acalmar. O escândalo de Tancos toma volume? Há que tirar o PM da rua, volta quando o escândalo(perdão) a dor acalmar. Um pandego este António Costa.
Como é evidente para quem quer ver este texto não deixa dúvidas. E o pior é que nem sequer está nas mãos do governo evitar o que aí vem. Não é "se" é "quando".
Quando a inflação chegar aos 2% ( horizonte que o Banco Central Europeu procura com a política de taxas de juro) as taxas de juro também subirão para pelo menos 2% e a hecatombe é inevitável.
Seis por cento do PIB só para juros.
Entretanto PCP e BE ideologicamente cegos pressionam para que o excedente nas contas seja aplicado em mais despesa pública. Mais despesa, mais impostos e aí estamos no circulo infernal.
Não é por birra nem para ter as mãos livres para fazer asneiras que António Costa quer a maioria absoluta e assim ver-se livre dos partidos extremistas. É que o que aí vem vai exigir rigor que é coisa que a extrema esquerda não tem nem quer.
Sem dinheiro para investir e com uma dívida que não pode crescer o Estado não consegue responder às necessidades de investimento e, como aqueles partidos não querem o investimento privado, a economia não cresce o suficiente.
Mas que seja o PS a arrostar com as dificuldades que se adivinham para os próximos dois anos se calhar até é justo que volte a ser governo.
Era bom que os partidos que fazem de conta que estão preocupados com as rendas altas da habitação olhassem para quem sabe. Aumentar a oferta de casas no mercado da habitação é a melhor e mais rápida forma de baixar as rendas.
Por cá o Estado e as câmaras são grandes proprietários de casas e de espaços que não estão habitadas e que deviam ser reabilitadas e colocadas ao dispor da população. Mas os nossos decisores políticos sabem mais do que isso.Embrulham-se em processos ideológicos que de tão complexos não resolvem problemas a ninguém.
"Isto serve o propósito de manter as rendas estáveis e oferecer segurança aos arrendatários, disse o presidente da Câmara de Berlim, Michael Mueller. "Ao mesmo tempo, continuaremos a construir novos apartamentos e a tornar o congelamento de rendas legalmente seguro."
"Esta medida chega na sequência de várias outras que têm sido implementadas nesta área. Em Berlim, de forma a controlar a especulação imobiliária numa cidade onde cerca de 85% da população arrenda casa. Em junho, Berlim aprovou o congelamento das rendas por um prazo de cinco anos, a partir de 2020."
É só dar um passo em frente para quem está à beira do precipício como nós estamos.
É preciso que não sejamos complacentes. E resolver”, disse Horta Osório na abertura o ano lectivo do ICSTE, em Lisboa, perante um auditório cheio de alunos e com o ministro de Estado e da Economia, Siza Vieira, na plateia. “O que se passa no país desde a crise? O esforço brutal que as famílias e as empresas portuguesas fizeram dá-me a impressão de que a dívida deveria ter-se reduzido e não foi isso que aconteceu”, salientou.
A dívida de Portugal desde 2007 até hoje – dados do primeiro trimestre deste ano — mostram que a dívida total do país aumentou em 24 pontos percentuais, explicou Horta Osório, citando os últimos dados disponíveis. “É claro que as empresas passaram de 110% do PIB (em 2007, no período pré-crise ) para cerca de 100%. As empresas reduziram o seu endividamento, e bem, porque era — e na minha opinião ainda é — bastante alto”.
Também as famílias “fizeram um ajustamento brutal”, passando dos 87% de endividamento (em 2007) para cerca de 66%”. “Mas a dívida pública aumentou dos 68% [em 2007] — esteve nos 135% [nos piores anos da intervenção da troika] — estando agora nos 123%. Tudo somado significa que o total da dívida do pais aumentou em 24 pontos percentuais no espaço de 12 anos “e está em cerca de 300% do PIB”, mais precisamente nos 289%.
É óbvio que num caso tão grave "não saber" é muito mau.Politicamente falando Costa, como Primeiro Ministro, fica numa posição muito frágil.
Todos sabiam menos o Costa. Faz lembrar o marido enganado que bem pode dizer que não sabia mas todos lhe dirão que a sua obrigação era tomar conta da casa e saber. Então gente tão próxima como o ministro e o chefe de gabinete não lhe disseram que tinha debaixo dos pés uma bomba( no caso um monte de bombas)pronta a rebentar? Ninguém acredita nisso.
Uma hipótese era o cenário: para todos os efeitos eu não sei nada.E até podia acrescentar : porque se eu souber tenho que informar o Presidente da República . A partir deste ponto as armas tinham que aparecer.Ora, ainda não tinha acontecido o "achamento" e isso colocava várias graves questões em que a mais grave era: quem é que vai ser o utilizador final?
Mercenários de guerra? Assaltantes à mão armada? Traficantes de droga? Terroristas?
Perante este cenário apocalíptico só podia haver um final.Conversar para: Primeiro : não houve roubo.Segundo: houve roubo mas era material inoperacional e abatido, segue para o ferro velho.Terceiro: o material volta como se nunca de lá tivesse saído.
Alguma coisa saiu furado. Dizem que foram as PJ ( civil e militar) que entraram num cenário de ciúmes. O amor é louco.
Num país gerido pela manha do PS, não há coincidências: em 2009, a campanha eleitoral sujou a Presidência em benefício do PS. Em 2019, a campanha tenta sujar a Presidência também em benefício do PS
É isto o que o BE pensa do PS e de uma possível ( embora cada vez menos provável)maioria absoluta : isso é sinónimo de “arbítrio absoluto, abuso absoluto, compadrio absoluto, nepotismo absoluto e corrupção absoluta”. Ganhou fôlego e concluiu: “Não queremos repetir uma maioria absoluta”.
Isto é, o BE quer ir para o governo para controlar um PS corrupto, eis a opinião que tem do até agora companheiro de viagem parlamentar. É como meter ladrão e polícia na mesma cela da prisão, isto se o BE quiser mesmo fazer o papel de polícia. É difícil ser mais explícito.
Mas a geringonça é isto mesmo, não tem como prioridade somar vontades para salvar o país, trata-se de um jogo de sombras até que um deles morra às mãos do suposto parceiro. É essa a visão do BE , só vive se tirar votos ao PS.
É certo que o PS quer tudo menos dar vantagens a quem é seu inimigo declarado. O BE só crescerá à conta dos votos que conseguir retirar aos socialistas.
E há gente escondida no Cavalo de Tróia que há muito entrou no reduto do PS. César, Costa e Alegre já o denunciaram.
Vai alta a bulha entre Catarina Martins e António Costa com a ajuda dos barões que entram agora na guerra. Tudo o que os separa e que foi cuidadosamente escondido (ia a dizer amordaçado) nos últimos quatro anos vem à luz do dia.
Muito antes foi Carlos César que iniciou a contenda. Dizia o César que se o PS fizesse o que o BE propunha o país seguia direito para a (quase) bancarrota. Convenientemente, César desapareceu entre a bruma das ilhas açorianas.
A questão é mesmo entre o PS, que quer maioria absoluta para se ver livre dos “empecilhos”, e a esquerda, que quer um governo com mais exigência nos próximos quatro anos. Por isso, o PS recusa acordos, o Bloco estabelece pontes. O PS pede poder absoluto, o Bloco quer entendimentos para medidas. Sim, há uma escolha entre o PS e as esquerdas, ou entre a maioria absoluta que o PS deseja e as soluções que as esquerdas defendem.