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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Os vales-cirurgia por parte dos hospitais públicos estão a aumentar brutalmente

Mas como o Estado não paga os hospitais privados estão a recusar-se a operar. O atraso no pagamento já vai em dois anos.

Só ao Hospital da Ordem Terceira, as unidades do SNS devem mais de seis milhões de euros por 3250 cirurgias.

Questionado pelo “Público”, fonte oficial do Hospital de Jesus, em Lisboa, confirmou que a mesma situação se repete. “Temos faturas em atraso com mais de dois anos e uma dívida que ultrapassa os dois milhões de euros”, contou.

E os doentes andam com os vales na mão à procura de quem os opere e as listas de espera não se reduzem.

É, bem claro, que um Estado pobre não pode ter um SNS rico e que corresponda às necessidades dos cidadãos e que, quem pode, irá cada vez mais recorrer aos privados. É assim em todos os países europeus. À medida que o rendimento das famílias melhora a oferta privada crescerá ainda mais. 

A ideologia não cura doenças.

O cidadão esmagado pelo estado

Ricardo Arroja :

A minha recente incursão na política elevou em mim a convicção de que a verdadeira mudança de regime será cultural e não necessariamente política. Consistirá numa nova relação entre os cidadãos e o Estado, em que os cidadãos passem a estar no topo das considerações políticas e o Estado ao serviço daqueles. Mais do que uma nova relação, será uma nova atitude, caracterizada por uma cidadania de proximidade, mas não de afronta, beneficiando das ferramentas que a tecnologia, hoje e amanhã, disponibilizará.

A mudança ocorrerá quando as pessoas passarem a exigir ao Estado, numa relação de reciprocidade, o mesmo que aquele lhes exige a elas, em defesa das pessoas que autorizam a coerção estatal. Na realidade, quando discutimos criticamente os meios e os fins da acção estatal, é disto que falamos: da defesa do cidadão comum, aquele que legitima tudo o resto, da defesa da regra e não da excepção.

 

Menos escolas com contratos em associação mas mais alunos no ensino privado

Como é óbvio, à medida que mais famílias tiverem mais rendimento disponível mais alunos frequentarão as boas escolas . E as boas escolas que as há no público e no privado vão ser procuradas. Quando as boas escolas públicas não oferecerem a oferta suficiente as famílias pagarão o necessário para os seus filhos frequentarem as boas escolas privadas. Nas más escolas públicas ficarão os filhos dos pobres.

É por isso que as más escolas públicas há muitos anos que estão cheias de alunos pobres e deixaram de ser o ascensor social que a Educação sempre foi.

Sabedora disto, a secretária de estado da Educação tem as duas filhas no óptimo Colégio Alemão " porque quer para as filhas uma carreira internacional". A esta superioridade escolar acrescenta o fecho de boas escolas em associação. 

O problema é real e vai agravar-se: não há procura que chegue para todas as escolas do país, porque a demografia está a reduzir significativamente o número de alunos. Só que a solução determinada não foi validar qual a melhor escola para os alunos (e fechar a outra), mas antes, e sem avaliação factual, decretar que só a escola do Estado pode ser a boa escola.

É muita alta a probabilidade das filhas da secretária de Estado acederem à carreira internacional que desejam.

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Uma Lei de bases da Saúde ideológica ou amiga do doente ?

O PCP e o BE colocam em causa toda uma Lei de bases da Saúde por quererem impor a exclusão das PPP .

“Esta é a meu ver uma lei melhor do que a que está em vigor. O PCP, o BE o PEV reconhecem também que esta lei é muito melhor do que a que está em vigor. Se partidos como o PCP, o Bloco, o PEV votarem contra esta lei inteira com a desculpa de que não estão de acordo com uma norma, entre 28 bases e 865 pontos têm de reconhecer que cometem um erro indesculpável e injustificável.

É esta a natureza ideológica dos comunistas. Ou é como dizem ou então o resto não importa. Nem mesmo os doentes.

A Teia Socrática

O triunvirato : Aliás, Pinhal frisou que o antigo governador do Banco de Portugal, o ex-ministro das Finanças e o antigo primeiro-ministro terão influenciado Joe Berardo para que este reforçasse a sua posição no banco: “Os três constituem o triunvirato, não diria que desenhou a operação, mas que deu a bênção sobre toda a operação”. “Não se pense que a Sonangol viria de Angola para desencadear a tempestade sem a concordância do Governo”, acrescentou.capa_jornal_i_12_06_2019.jpg

 

Seriam necessários 5 anos para substituir os serviços prestados pelos hospitais privados

Cinco anos não é pouca coisa e penso mesmo que sendo muito está muito aquém da realidade.

Para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) conseguir absorver o recurso aos setores privado e social teria de garantir os exames feitos em laboratórios privados, reduzir os tempos de espera de consultas, de cirurgias, acabar com o modelo das unidades hospitalares geridas por parcerias público-privadas (PPP) e investir em profissionais e equipamentos. "No mínimo estamos a falar de cinco anos", aponta o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Alexandre Lourenço.

Para já o que está em discussão são as PPP de gestão privada nos hospitais públicos, porque se estivéssemos a falar das PPP de concepção/construção/equipamento o prazo seria bem mais longo e o investimento está fora da capacidade financeira do Estado ( veja-se que está em curso a PPP para a concepção/construção/equipamento do novo hospital de Lisboa um investimento de 330 milhões que os privados vão realizar ).

Em Portugal existem 118 hospitais privados e 117 hospitais públicos uma oferta que, tendo em consideração as listas de espera para consultas e cirurgias, não satisfaz a procura.

Não será com menos oferta que satisfaremos uma maior procura

 

A Lei de bases da Saúde de Arnaut sempre contemplou contratos com privados

Ao contrário do que a esquerda nos quer fazer crer a Lei de Bases da Saúde de Arnaut sempre contemplou contratos com privados.

Como há uns tempos explicou Dulce Salzedas, a jornalista especializada em saúde da SIC, a lei do Serviço Nacional de Saúde de 1979, a grande obra de António Arnaut que só foi aprovada à esquerda, sempre contemplou contratos com privados. Na verdade, era uma lei bem mais “liberal” do que a actual proposta do PS. Assumir o legado de António Arnaut e de João Semedo é chegar a consenso dentro da maioria de esquerda – que foi o que fez a direita quando lhe coube governar. Será trágico perder a oportunidade.

Mário Jorge Neves,  lembra, e bem, que “mais vale um pássaro na mão do que dois a voar” e que “hipervalorizar as PPP desvalorizando o que já foi conseguido”, como as isenções de taxas moderadoras ou “a definição estratégica do primado da gestão pública”, é um erro crasso. Ou, como diz o médico, “uma atitude irrealista pouco consentânea com a defesa do SNS”. Arnaut e Semedo defenderiam o que diz Mário Jorge Neves.

O que distingue as pessoas não é serem de esquerda ou de direita

O que melhor distingue as pessoas é a firmeza do seu carácter e a força dos seus principios. João Miguel Tavares não perdeu a oportunidade para colocar os pontos nos "is". O cidadão comum não está destinado a pagar cada vez mais impostos e a ser cada vez mais mal servido.

"Aquilo que se pede aos políticos, sejam eles de esquerda ou de direita, é que nos deem alguma coisa em que acreditar. Que alimentem um sentimento comum de pertença. Que ofereçam um objetivo claro à comunidade que lideram."

Alinhando argumentos bebidos na atualidade, como a criação de comissões parlamentares em que se descobriu "um país amnésico, cheio de gente que não sabe de nada, que não viu nada, que não ouviu nada", João Miguel Tavares apontou o facto de "a corrupção" ser "um problema real, grave, disseminado, que a Justiça é lenta a responder-lhe e que a classe política não se tem empenhado o suficiente a enfrentá-la". "A corrupção não é apenas um assalto ao dinheiro que é de todos nós - é colocar cada jovem de Portalegre, de Viseu, de Bragança, mais longe do seu sonho."

O BE quer destruir o Serviço Nacional de Saúde

Gostava de ter escrito isto

"Haja esperança na saúde"

«Está tudo mais embrulhado [no SNS]. Se queremos construir os novos hospitais de Lisboa, Seixal, Évora e Algarve, só lá iremos com PPP, ao menos para o investimento; se anulamos as taxas moderadoras veremos os serviços submersos por procura desnecessária ou pelo menos adiável; se proibirmos os hospitais de recorrer a pessoal e a meios de diagnóstico privados deterioramos a sua resolutividade, alongando listas de espera e erguendo múltiplos calvários para quem não os merecia; se não criarmos uma forma de pagar ao pessoal por desempenho não alcançaremos a desejada exclusividade, nivelaremos por baixo e promoveremos a saída dos melhores para o privado; se não responsabilizarmos as gestões premiando as boas e expulsando as más, gastaremos muito mais que o necessário. Estas são medidas de fundo, difíceis mas necessárias.»
PS : o concurso para a concepção/construção/ manutenção em PPP  para o novo hospital de Lisboa já é público

A mão manipuladora do estado no BCP

Não é aceitável num estado de direito o que se passou no assalto ao BCP e com a interferência da CGD .

Neste dossier nada faz sentido. No Banco de Portugal, mas também na actuação do Governo. Qualquer accionista consciente ficaria preocupado se o presidente e dois administradores de uma empresa saíssem directamente para dirigir a principal concorrente. Sem passarem por um período de nojo, Santos Ferreira e os dois elementos que o acompanham levam naturalmente da CGD para o BCP os segredos, os planos, a estratégia, os negócios, a forma de cativar os clientes mais importantes.O apoio dado pelo Governo a esta transferência mostra a escala de valores com que estamos a lidar: é importante ter gestores amigos no BCP, nem que para isso seja preciso sacrificar o valor do banco do Estado. Isto não é um comportamento normal de um accionista.
Este é um caso em que a mão invisível do mercado teve pouca ou nenhuma importância. Já a mão manipuladora do Estado foi muito visível, condicionando fortemente as decisões que deviam ter sido tomadas pelos accionistas.