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BandaLarga

as autoestradas da informação

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O investimento público é o mais baixo de todas as economias avançadas

Como é que a economia pode crescer e o desemprego diminuir se não há investimento ? Não pode e mais tarde ou mais cedo Mário Centeno vai pagar a factura .

O ‘mistério da retoma sem investimento’ que tem caracterizado a economia portuguesa nos últimos anos e que se deve ao facto da muito forte criação de emprego (uma excelente notícia) ter estado nos últimos anos muito concentrada em sectores de baixa produtividade, fazendo-se acompanhar por escasso ou inexistente investimento (uma má notícia). É também isso o que explica que a produtividade em Portugal esteja em queda desde 2014, questão a que me referi aqui há algumas semanas: quando o emprego cresce mais do que o produto, a produtividade, que corresponde ao rácio entre essas duas variáveis, diminui.

É por isso especialmente preocupante que os níveis de investimento da economia portuguesa estejam tão em baixo.

Costa com a sua aliança progressista quer separar os pró União Europeia

Não está fácil conseguir maiorias para apoiar os vários candidatos aos lugares de chefia na UE. A maioria que sempre funcionou de socialistas e PPE já não faz maioria. Há que juntar outras forças.

A questão é que o essencial não é a separação entre esquerda/direita mas a separação entre grupos pró UE e grupos anti UE. E isso muda tudo no que diz respeito a alianças.

Cada vez mais as eleições nacionais têm que ser condicionadas com o que vão resultar em termos europeus. A extrema direita e a extrema esquerda vão ter que escolher sob pena de caminharem para a perda de influência a nível europeu. Essa não é uma questão da Democracia é uma questão dos eleitores.  

Em todo o caso, Timmermans não fecha a porta a acordos com o PPE. A única coligação que exclui é com a extrema-direita. E aqui está em sintonia com Weber, que deixou a mesma garantia este domingo. “Não há hipótese de qualquer cooperação com os extremistas da esquerda e da direita”, disse em Bruxelas.

PS : Timmermans é apoiado por Costa e Macron. Weber é apoiado por Merkel

Lamentável : o Estado transformado no cobrador do fraque

Ainda há bem pouco tempo o Fisco foi autorizado a aceder às contas acima de 50 000 euros. Sabemos que é uma questão de tempo por arrasto serão todas. É sempre o que acontece com o estado, aumentam os seus poderes diminui a nossa liberdade.

É sempre este o risco que emerge quando permitimos que o Estado ganhe mais poderes. Mesmo com objetivos benignos, neste caso a cobrança de impostos em falta, o que se percebe é que rapidamente o Estado avança para operações que configuram um abuso de poder.

A ação é estúpida. Mesmo que seja legal, porque a Autoridade Tributária tem poderes de polícia criminal. É ridícula. É o Estado transformado no cobrador do fraque. É ofensiva. E é uma ação de coação do Estado sobre os cidadãos que não deve ser vista como um mero erro de perceção. É grave e deve ser levada a sério por todos nós.

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Repugnante : o caminho para a servidão

"O caminho para a servidão.
(E o partido que faz isto foi o mais votado (a seguir à abstenção) nas últimas eleições. Triste...)

Transcrevo o texto do Francisco Mendes da Silva, sobre a notícia.

"Aqui há uns anos houve uma polémica séria no Reino Unido quando foi apresentada uma proposta de lei nos Comuns que permitia as penhoras de bens dos contribuintes, por dívidas tributárias, por simples iniciativa do Fisco - isto é, sem prévia autorização de um juiz. Ao que julgo saber, na altura a proposta foi retirada. De facto, uma das linhas vermelhas das sociedades democraticas e liberais é - ou devia ser - esta: o Estado não pode penhorar património das pessoas sem verificação e autorização judicial prévia. Em Portugal já ultrapassámos essa linha vermelha há muito. E desde então tem sido um permanente escorregar no plano inclinado, até ao ponto absolutamente miserável que a notícia abaixo ilustra. Eis um bom tema para um partido da direita que queira falar sobre a vida das pessoas (em vez de querer mandar na vida das pessoas)."

ESTÃO A FINGIR

Os beneficiários da abstenção são os partidos com eleitos no parlamento.

 

Estão na mesma (bem, como querem) votem 90 ou 20 por cento dos eleitores. Mas só uma votação escassa lhes garante o domínio da sua composição.

Uma só coisa, primordial, precisam de assegurar – que o restrito grupo de partidos com eleitos não se altere; que não se lhes junte alguém mais para dividir o bolo dos lucros, privilégios e mordomias.

E, ainda mais importante, que não chegue ao parlamento alguém sério, que queira pôr ordem na casa e termo aos abusos e ilegalidades correntes; que venha propor algo de novo que interesse aos eleitores, que ponha em prática políticas que os votantes acolham e queiram ver repetidas em eleições futuras.

 

É um risco que não podem correr.

 

Para o evitar, a solução eficaz é silenciar os novos movimentos políticos e impedir que as suas ideias sejam difundidas e conhecidas. Porque, se ouvidos e conhecidos fossem, mais pessoas se interessariam em votar. Mas em votar nos novos.

Ora, é exactamente o que os partidos não querem.

 

Por isso, como vimos na recente campanha eleitoral, todos os concorrentes não integrantes do círculo exclusivo, foram ignorados e postergados pelos meios de comunicação; com os dominantes conformados, acríticos e confortáveis.

Seu aliado e servidor, o presidente, farisaico, apela ao voto na véspera e deplora e verbera a ausência no dia, depois de, durante semanas, se ter mantido silente perante a discriminação manifesta, quando o cargo demandava que tivesse intervindo; apelando, exortando e, com o poder de influência, induzindo à igualdade de tratamento de todos os candidatos. Pelo menos, na estação pública de rádio e televisão.

Não o fez porque não quis, não porque não soubesse que era seu dever.

E tudo fazem, uns e outro, com o desplante pesporrente de imputar às vítimas o incumprimento do “dever cívico”, simulando preocupação e desgosto com a situação que, verdadeiramente, é a que querem e pela qual trabalham.

 

Se a abstenção radica na convicção de que não vale a pena votar, são os partidos e o presidente quem promove que tal convicção se consolide.

Estão bem assim e não querem estar de outra maneira.

 

E a repulsa em ouvi-los é directamente proporcional ao fingimento em que se concertam.

No Reino Unido 70% apoiam o remain ?

O partido do Brexit obteve 30% dos votos. É legítimo dizer-se que o partido do remain é apoiado pelos 70% que não votaram Brexit ?

Não há dúvida que os que votaram pela saída da UE estão empenhados e convencidos que é o melhor para o seu país. Qualquer pessoa que partilhe dessa convicção não deixaria de votar. Não se trata de ideologia ( pelo menos para a grande maioria) trata-se de uma vontade clara movida por uma forte convicção. Serão poucos os que deixaram escapar esta oportunidade de defender algo tão concreto.

Os 70% que não votaram pela saída têm entre si quem é convictamente contra o Brexit, quem é convictamente a favor do Remain e quem não tem opinião. Não se pode falar numa vitória do partido de Farage e ainda menos de uma vitória do Brexit.

O que se espera agora é que os partidos que apoiam a permanência coloquem como discussão nuclear nas próximas eleições legislativas a permanência do Reino Unido na União Europeia. É que se há uma ilação a tirar dos resultados da eleição de ontem é a que os partidos que defendem os valores da UE saíram fortemente reforçados. 

 

 

Os europeus apoiam o projecto europeu

A redução do número de deputados nos dois grandes grupos políticos pró europeus foi compensada com o aumento do número de deputados dos  "Os Verdes" e dos Liberais também eles pró europeus. Essa é a grande lição a tirar destas eleições.

António Costa anda afanosamente a criar uma frente progressista pró europa onde cabem desde os socialistas aos liberais com o objectivo óbvio de fazer frente à extrema direita e aos partidos anti europa. Em bom tempo o faz porque a UE tem que continuar a avançar com as políticas do BCE, mantendo as taxas de juro historicamente baixas porque há quem queira ser o próximo governador do banco europeu para terminar com o programa de compra de dívida nacionais e, dessa forma, fazer crescer as taxas de juro pelo menos até 3% por forma a remunerar os capitais alemães acumulados . A par há que criar o Orçamento Europeu por forma a dar capacidade de intervenção a Bruxelas em caso de dificuldade nos orçamentos nacionais.

Com a actual composição do Parlamento Europeu essa frente progressista é possível e altamente provável e, o seu apoio, a um dos candidatos da casa fará pender a balança a seu favor afastando os falcões que se perfilam.

Temos pela frente mais cinco anos de caminho na direcção certa.

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Catarina vai com as outras

É preciso sair do Euro ou preparar a saída do Euro dizia a boa da Catarina que diz o que é preciso. Mas António Costa não esquece e não perdoa e nisso ele é bom.

Bastou o esquerdista de serviço no PS falar em amor para que Costa e Marques não mais deixassem o osso. PCP e BE são anti europeus e anti euro.

A Marisa bem diz que o BE nunca defendeu a saída do Euro mas com o que aconteceu com os partidos irmãos em Espanha e na Grécia a matéria tornou-se incontornável. Há soluções dentro do Euro e ninguém apresentou soluções fora do Euro. E o Brexit é um pesadelo que vai durar muitos anos.

Não acertou uma que seja. Leiam, leiam.

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