Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BandaLarga

as autoestradas da informação

BandaLarga

as autoestradas da informação

O Euro nunca foi tão popular

Ao contrário do que nos querem fazer crer a moeda europeia nunca foi tão popular.

Nascido em 1 de janeiro de 1999, e materializado em 1 de janeiro de 2002, o euro nunca foi tão popular : segundo um barómetro publicado pela Comissão Europeia em novembro, 74% dos cidadãos da zona euro estimam que a moeda única beneficia a UE, enquanto 64% defendem que é positiva para a economia do seu próprio país.

Uma moeda usada por 340 milhões de pessoas e que é a segunda mais forte do mundo mas que alguns, por razões ideológicas, querem substituir por uma moeda nacional necessariamente fraca. Dizem eles, à falta de melhor, que se trata de "recuperar a independência nacional..."

Mas as vantagens de pertencer ao Euro são bem conhecidas :

“estou convencido de que a existência do euro permite uma afirmação da economia europeia face ao crescimento de blocos, como o chinês, que ainda não tem uma divisa forte no contexto internacional”,

“a introdução de uma divisa europeia que cada vez mais se afirma no espaço dos mercados financeiros globais é muito importante para a dimensão europeia, fortaleceu imenso aquilo que é a aventura da União Europeia (UE)”

“a redução dos custos de financiamento que os países membros têm obtido”, e “não só os países membros como também os próprios cidadãos, porque as taxas de juro convergiram de forma bastante significativa, desde o início da moeda única”.

Questionado sobre eventuais impactos da não adesão de Portugal ao euro, Ricardo Ferreira Reis alerta que o país teria tido desvalorizações contínuas do escudo, teria sido competitivo em termos monetários porque a moeda seria mais fraca do que o resto das moedas europeias e teria empregos de baixos salários no contexto europeu.

“Se já é assim com o euro, imagine o que seria com o escudo”, alerta, acrescentando que, sem o euro, haveria “contas públicas perfeitamente desregradas”, o que se aplicaria a todos os países do sul da Europa.

“Esta incapacidade que temos de contenção das contas públicas seria ainda mais complicada com uma moeda própria”, frisa o professor da Católica, acrescentando que, “em Portugal, teria sido um desastre maior do que por momentos foram estes 20 anos de finanças públicas”.

Mas também a própria Grécia, “apesar de todo o sofrimento”, beneficiou muito do euro e “seria ainda muito pior se estivesse estado fora”, aplicando-se o mesmo a Itália e Espanha.

Temos que ler mais opiniões informadas .

eurounica.jpg

 

A factura ideológica em curso não trata os doentes

É preciso centrar o SNS no doente não no interesse de organizações corporativas e partidárias

A deterioração dos serviços públicos não será invertida, apesar da chegada das eleições. No sector da saúde, cuja ruptura está à vista de todos, a situação agravar-se-á com a factura ideológica da geringonça de remoção do papão privado. O futuro devia ser o contrário: o compromisso com o utente na prestação de cuidados de saúde com o utente, e não com bolorentos objectivos ideológicos. Precisamos de ultrapassar a visão velha do “SNS vs os outros agentes” para passar a ter uma visão integrada de um Sistema Nacional de Saúde, com públicos, privados e sociais a prestar serviço público. Mais acesso com qualidade; menos ideologia. O contrário da Geringonça, portanto. A afronta ideológica em curso não trata dos doentes; satisfaz egos, mas degrada a vida dos Portugueses.

morrem.jpg

 

A esquerda sempre soube que não havia alternativa à austeridade

Passos Coelho merece um fim de ano tranquilo. Para António Costa " o virar de página da austeridade" deu lugar " virar a página dos anos mais dificeis".

Quem por palavras mata, por palavras morre. António Costa começa agora a pagar, com três anos de atraso, o seu pecado original: andar a vender obsessivamente ao país que a austeridade do governo Passos estava errada, quando sabia perfeitamente que não havia alternativa a ela. Agora, na sua mensagem de Natal, o “virar a página de austeridade” deu lugar ao “virar a página dos anos mais difíceis”. Mas já vem tarde. Avizinham-se tempos duros para o governo, e é muito possível que esta legislatura tenha dez meses a mais do que recomendaria a boa saúde política de António Costa.

Os privados na saúde crescem porque são procurados pelos doentes

E são procurados porque os doentes não conseguem aceder aos hospitais públicos ? E a razão é qual ? O Estado não investe o suficiente na construção, equipamento e na formação de pessoal ? E não investe porquê ? Não tem dinheiro !

Então qual é a culpa dos privados ? Não investem também ? Mas então, dessa forma os doentes não são tratados nos prazos medicamente aconselhados. Aguentam a dor ou morrem sem tratamento. É isto que queremos ?

Os que exultam com os mil milhões que foram para salários e pensões são os mesmos que se queixam de o SNS estar sub-financiado. Mas então o que é que não percebem ? São os mesmos que apoiam a luta dos professores e de todas as outras carreiras de funcionários públicos que querem a reposição dos rendimentos.

Mas se isto das finanças públicas é aritmética da mais simples o que é que esperam ? Vamos aumentar o défice, aumentar a dívida e os juros que a república paga aos credores ?

É que assim o Estado já tem dinheiro para construir o maior hospital do país ( hospital de Todos os Santos) que vai ser uma parceria pública-privada com os privados a investir na construção e equipamento. Ainda não se sabe se será uma PPP na Gestão .

Então vamos deixar morrer o SNS assassinando os hospitais privados ?

O grande problema de Costa é se a crise chega antes das eleições

António Costa anda mais humilde, mais prudente e sente-se na obrigação de dizer que não há dinheiro para todos.

Com o corte no investimento e as cativações a degradação dos serviços públicos mostra-se implacável para o governo . É a realidade a bater à porta depois do discurso "irritantemente optimista" . E o crescimento do PIB é poucochinho e já está em desaceleração .

Com o PC e o BE a descolar da geringonça e os sindicatos em guerra aberta o governo tenta dividir o bolo pelas clientelas. E, repetidamente, vai anunciando o maior investimento do século com obras que já anunciou várias vezes. Mas, claro, mesmo que as obras públicas arrancassem já os seus efeitos positivos não chegariam a tempo das eleições.

As sondagens estão a arrefecer e tudo indica que a maioria absoluta está perdida . Como é que os eleitores se irão rearranjar com os novos partidos ? E PC e BE não sobem nas intenções de votos.

A abstenção irá crescer e haverá 40% dos votos livres que baralham e voltam a dar. Os dados estão longe de estar lançados. 

O veto do presidente não resolve nada

Com o orçamento de 2019 já aprovado e a entrar em execução já no próximo dia 1 de Janeiro, o veto do presidente vai colocar em discussão a mesma matéria em que os mesmos negociadores não chegaram a acordo.

Na Madeira e nos Açores chegaram a um acordo mas não é argumento bastante. Os respectivos orçamentos só pagam os salários, as pensões no futuro são pagas pelo orçamento central.

Os sindicatos dos professores todos os anos entram em greve sobre as mais variadas matérias e sempre com a razão toda do seu lado. É difícil aceitar que tal comportamento não tenha  outras razões estranhas ao interesse dos professores. Uma verdade tem que ser dita, hoje em Portugal o perigo de uma escola pública monopolista nas mãos dos sindicatos e do ministério é vista por pais e alunos como um pesadelo.

 Os sindicatos mantêm como princípio a contagem integral do tempo; o Governo mantém como princípio a capacidade orçamental e o peso futuro nas reformas, garantindo que não pode ir além dos dois anos.

O problema é bem real. Não há dinheiro.

Recuperação integral dos 9 anos 4 meses e 2 dias foi expressamente rejeitada

O país está melhor mas está longe de estar bem, só quem não vê as greves e a contestação social é que acredita em histórias da carochinha. E António Costa não tem dinheiro para calar os sindicatos, as Ordens, as corporações, as vítimas dos acidentes e os dois milhões de pobres .

Costa volta a sentar-se à mesa das negociações, mas deixa o aviso de que “a recuperação integral de 9 anos, 4 meses e 2 dias foi “expressamente rejeitada pela Assembleia da República na votação na especialidade do Orçamento do Estado para 2019”.

E o que acontece com o veto do Presidente ? Nada . Zero !  Então porque está o alucinado Mário Nogueira tão entusiasmado ?

O meu presépio

 
por Luis Moreira, em 23.12.11
 

Estávamos os três em casa, eu e os meus irmãos mais novos, estavam à minha conta embora eu só tivesse para aí uns seis ou sete anos. Tínhamos um quintal de onde só saímos quando o meu pai chegava a casa, encostado a um pinhal ali entre Óbidos e Caldas da Rainha. O musgo estava ali à mão e as figurinhas do presépio coleccionava-as eu nos desperdícios que as fábricas de porcelana deitavam fora.

Só faltava a boa vontade de um adulto para iniciar o mais belo presépio de sempre. E havia um jovem adulto deficiente que andava por ali e que me ajudou a fazer uma cabana, e um rio com a prata dos maços de tabaco, e um lago com água que corria de uma mangueira e os rebanhos com as ovelhas a que a todas faltava alguma coisa ( uma orelha, uma perna...) e, o jovem foi dizer à mãe que foi lá ver e que trouxe rabanadas e filhós, e os vizinhos foram ver um presépio no quintal, sempre os presépios tinham sido feitos dentro de casa e aquele cresceu à largura do quintal com muito musgo, ramos de pinheiro e pedras. As pessoas chegavam e juntavam mais alguma coisa e o presépio passou a ser de todos, com fogueira  e bolos feitos em casa e apareceu o vinho do Porto...

O meu pai percebeu e aderiu, ele que era boa pessoa mas andava de mal com a vida, abriu as portas do quintal e da casa e a mesa foi farta coisa que a maioria dos meus vizinhos raramente ou nunca tinha.

Cantaram-se hossanas e saltou-se à fogueira no meu único presépio. Tornei a ter mais um presépio na noite em que nasceu o meu filho e outro quando nasceram as minhas netas! E, desde que tenho uma família e uma casa minha nunca falta a árvore de Natal! Nos quartos alugados de estudante/trabalhador nunca houve espaço!

presepio.jpg

 

Pág. 1/6