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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Lentamente os (maus) sinais estão a começar a aparecer

Se lermos os "destaques" que o INE publica regularmente começamos a perceber a sistemática da orientação dos novos dados.

O PIB só cresceu 2,1% no primeiro trimestre deste ano divergindo da Europa. O Consumo Privado sobre o qual assenta o sucesso da política orçamental cresceu em linha com o PIB e é preciso recuar a 2013 para vermos um crescimento tão baixo num 1ª trimestre do ano.

O Investimento está a abrandar e as exportações com o pior crescimento dos últimos sete trimestres começam agora a ser sistematicamente superadas pelo crescimento das importações.

As taxas de juro estão a crescer e a dívida das famílias está outra vez a crescer. E a dívida pública não desce consistentemente .

O recente indicador da actividade económica diminuiu e o indicador do clima económico estabilizou.

Sem as reformas estruturais que não se fizeram que podemos nós esperar do futuro ?

PS : Expresso - a partir do texto de João Duque

Com a dívida ao nível actual não estamos preparados para nova crise

Com as taxas de juro a subir ao primeiro abanão é hoje mais que visível que a prioridade deveria ter sido a redução consistente da dívida. Infelizmente os acordos e as cedências mútuas entre os partidos da "geringonça" impediram o que sempre foi evidente. Com este nível de dívida que impõe pagamentos de juros na ordem dos 8 mil milhões de euros/ano e com o crescimento da economia a definhar, o país continua a não estar preparado para enfrentar as dificuldades que se apresentam.

Os sinais que nos chegam revelam-nos que a tempestade esteve sempre lá. A bonança não é eterna. Na verdade, o primeiro-ministro acusou o toque quando esta semana nos veio dizer que este não era o momento para mexer na carga fiscal ou para aumentar a despesa. As atenções, dizia António Costa, são todas para a redução da dívida. O ponto é este: não deveria ter sido esta a prioridade da legislatura? Não deveria ser esta uma matéria de acordo de regime?

Alguma coisa mudou mas para que tudo fique quase na mesma.

Estamos em pior situação para enfrentar a nova crise

Com menos espaço para aumentar impostos e com uma maior dívida para pagar é fácil prever que o buraco pode não ter fim.

Nas vésperas da crise em 2010 a dívida pública era de 90% do PIB, em 2017 foi 125% ; a carga fiscal era de 34,5%, em 2017 foi de 34,7%.

Assente numa política errada de aumento da procura interna via rendimento dos funcionários públicos, reformados e famílias em geral, levou à redução da poupança e ao aumento do endividamento das famílias . Tudo o resto foi induzido pela conjuntura internacional.

E cá estamos na véspera de nova crise na cauda do pelotão, em termos de crescimento só cinco países vão ter pior registo do que Portugal. Em 2019 serão quatro os que crescerão menos do que nós.

Os dois últimos ( Hungria e Polónia) os mais perto de nós, vão crescer mais de 4% este ano e mais de 3% em 2019. Ultrapassarem-nos é uma questão de tempo.

PS : texto a partir do Expresso - João Vieira Pereira

Estamos a repor a situação que vivíamos antes da crise

Mas parece que ninguém repara na incongruência do propósito.

Afinal, esses gastos eram direitos inalienáveis de cidadãos europeus no século XXI, sem interessar a forma de os pagar. Assim, o terrível sofrimento da recessão de 2011 a 2013 ficou à conta da troika e Passos Coelho, fundamentalistas neoliberais, sem haver nada a corrigir na estrutura nacional. Em consequência, a prioridade política suprema, assim que a economia começou a crescer graças à expansão mundial, tem sido repor a situação que vivíamos antes da crise. Precisamente aquela que nos conduziu à crise e que nos levará à seguinte. Ninguém parece notar a incongruência do propósito.

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