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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Retirar as credenciais a jornalistas que publicam "fake news"

Ora aqui está uma notícia que se não for falsa é uma boa notícia. Jornalista que não cumpra o trabalho de casa - como ouvir todas as partes - fica sem as credenciais para exercer a profissão.

Na primeira vez, as credenciais são suspensas por seis meses, na segunda um ano e se acontecer mais uma vez o jornalista perde a credencial definitivamente.

Segundo o comunicado, as investigações serão conduzidas por um grupo que inclui jornalistas, proprietários de media e, por vezes, políticos.

A cultura da austeridade

O orçamento é austero ( de austeridade) não chega para todos . À mesa do orçamento poucochinho agora também se sentam as bocas sedentas do BE e do PCP.

O primeiro ministro diz que não sabe de nada. Como habitualmente . Não sabe que o novo modelo de financiamento fecha instituições com 52 anos de história e de cultura . Costa não sabe de nada.

Começo a acreditar tantos são os casos em que o primeiro ministro não faz ideia nenhuma do que se passa no país. A não ser, claro, as vitórias sucessivas do século que só ele vê.

 

O crescimento da dívida não engana

A Verdade da Mentira

A dívida pública é como o algodão: não engana.

Podem martelar contas, cozinhar a contabilidade e fazer todas as engenharias financeiras que quiserem, para esconder deficit, e podem até inventar crescimento económico, e inflacionar os valores do PIB, que tudo isso não passam de esquemas de reporte das contas, que só serve para enganar o zé povinho, os eleitores, a UE e o Eurostat.

Podem até reportar excedentes e superavits, meros embustes, e falácias, que mais tarde ou mais cedo, não resistem ao teste da dívida.

No final, a evolução da dívida pública, acaba sempre por espelhar a verdade das contas públicas, e das governações.

Até que a dívida continue a crescer, é porque existe deficit, mesmo que não reportado, não totalmente reportado, martelado ou escondido.

Até que a dívida cresça, continuam a gastar mais que o que deviam e mais que o que temos. É assim simples, simples, e o resto é conversa da treta para enganar tolos, ignorantes e demais gentes que gostam de ser enganadas.

Mas porquê agora este disparo no valor acumulado da dívida pública? É muito simples a resposta: andaram a martelar contas nos últimos dois meses do ano, a atrasar despesa e lançamento de facturas, e a acumular dívidas a fornecedores, com o objectivo único de "alindar" os números de final do ano, e assim poderem apresentar ao povo português, aos credores, e a Bruxelas, uma fotografia a cores, de uma realidade a preto e branco. E agora a dura realidade, começa a vir á superfície, e a tomar o seu caminho.

Basta is analisar a variação dos valores em caixa, a variação dos montantes das dívidas a fornecedores, e a variação do total da dívida pública, e facilmente se apanham todas as manigâncias com os números reportados no deficit.

A presente austeridade afunda contas dos hospitais

Só três hospitais apresentam contas equilibradas . O governo diz que os culpados são os gestores mas estes dizem que o culpado é o governo.

"Os hospitais têm de pedir autorização caso a caso para contratar, o que pode gerar situações em que a falta de profissionais leva ao adiamento de procedimentos, o que gera desperdício. Quando temos de fazer uma compra, o processo demora meses e muitas vezes recorre-se a ajustes diretos, que também não é o método mais eficiente." Argumentos partilhados pelos médicos, com o bastonário a questionar se o ministro "se refere à castração imposta pelo poder central na flexibilidade da gestão que poderia permitir uma resposta mais adequada das administrações hospitalares às necessidades das populações que servem". Para Miguel Guimarães, "o problema da falência técnica dos hospitais e o descontrolo das dívidas hospitalares é da responsabilidade dos ministros das Finanças e da Saúde" .

Alexandre Lourenço lembra que 2018 é, desde 2010, "o ano com as transferências mais baixas do Orçamento do Estado para a Saúde em percentagem do PIB, isto quando os hospitais são confrontados com reposicionamentos salariais, com a lei das 35 horas de trabalho". Isto apesar de o orçamento da área ter aumentado mais de 4%, para 10,2 mil milhões de euros. "Vai haver sempre derrapagem enquanto o orçamento não for real, quando temos mais produção sem mais investimento",

 

A táctica orçamental a duas voltas

Há duas fases muito distintas. Na primeira, constrói-se o orçamento para agradar a PCP e BE . Lá estão as verbas para aumento do investimento público e para que os serviços públicos funcionem sobre rodas. Na segunda fase, a da execução, cativam-se as verbas.

No governo anterior apresentavam-se orçamentos rectificativos. No governo actual rectifica-se mas não são necessários orçamentos rectificativos.

A austeridade assim escondida segue caminho não fora a floresta que arde e gente que morre e o SNS que abre fendas por tudo o que é sítio . Mas para o governo as verbas cresceram basta mudar a base de onde se parte para fazer o cálculo .

A austeridade mudou para os impostos indirectos que não se sentem tão claramente como os directos. O crescimento da economia coloca-nos a produzir o mesmo que em 2010 mas a carga fiscal é a maior dos últimos 22 anos.

Tudo no altar do défice . A dívida mantém-se monstruosa mas as taxas de juro do BCE poupam 600 milhões . PCP, BE e parte do PS fazem de conta e já não falam em renegociação .

E a pergunta fica. Com excepção de estarmos a cumprir as regras de Bruxelas em que é que o país está melhor ?

O ex-secretário de Estado dos incêndios não presta declarações

Cinco dias antes dos grandes incêndios os operacionais no terreno pediram ao governo reforço de meios humanos e aéreos. A resposta foi uma mão cheia de nada. O resultado foi uma catástrofe com 112 mortos e outros tantos feridos.

O ex-secretário de estado que perante o relatório independente logo veio publicamente negar as falhas de que o Estado era acusado diz agora que não presta declarações. O que se compreende pois a fonte da notícia é o documento em que o pedido é feito. Não há como negar.

Responsáveis não há. António Costa já veio dizer que perante novo desastre não se demite . Depois de umas férias, passada a indignação, lá estará com as televisões a tiracolo a jurar que é preciso tomar medidas. Ó minha senhora não me faça rir , dirá entre o divertido e o preocupado depois de analisar as sondagens.

“Face à previsibilidade da manutenção de risco elevado de incêndios florestais, com base nas previsões meteorológicas que apontam para a manutenção de temperaturas acima da média e considerando a significativa redução de dispositivos de bombeiros, submete-se à consideração um reforço desse dispositivo”, refere o documento em causa, citado pelo matutino."

 

 

O que era para correr mal está a correr mal o que era para correr bem também está a correr mal

O Novo Banco foi divido entre o bom e o mau mas, passados estes dois anos, são ambos maus. Vamos pagar tudinho .

Já vieram anunciar que vão usar 791,7 milhões de euros da garantia pública e do Fundo de Resolução. Se forem inteligentes, e são-no com certeza, vão continuar a ativar esta garantia este ano e nos próximo três anos até esgotar os 3,89 mil milhões de euros que serão pagos com dinheiro dos outros bancos e com empréstimos do Tesouro.

Esta era a parte que era suposto correr mal. Por isso é que norte-americanos exigiram a tal garantia que funciona como uma espécie de desfibrilhador nas contas do banco. Sempre que o banco contabiliza imparidades e prejuízos, a garantia injeta dinheiro para que a instituição continue a respirar.

A parte que era suposto correr bem era a parte operacional e de negócio do Novo Banco. Só que também esta está a correr mal. A economia está a crescer, os outros bancos já regressaram aos lucros, mas as contas do Novo Banco não respiram saúde. A demonstração de resultados é de uma palidez mórbida que nos leva a pensar que se calhar a Comissão Europeia e o BCP tinham razão quando disseram que a instituição não é viável.

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