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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Habitação. O Estado nunca está saciado

Estado e as Misericórdias bem como as Câmaras são os maiores proprietários de casas mas agora querem expropriar as casas dos privados. Para o Estado nunca chega .Claro que a intenção é por os privados a apoiar aqueles que por definição deviam ser apoiados pelo estado social. 

"Porque razão o Governo não promove rendas acessíveis para os jovens nos milhares de prédios que o Estado detém um pouco por toda a Lisboa  e pelo Porto, reabilitando tais edifícios e contribuindo assim para a reabilitação da cidade? Porque razão não utiliza a sua influência e poder sobre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e do Porto e das respetivas autarquias — os maiores proprietários, juntamente com o Estado — para fazer um levantamento de todos os edifícios que poderiam entrar nesse programa de rendas acessíveis? Ou porque não cumpre a ideia do subsídio social de arrendamento, previsto na lei de 2012, para os inquilinos com mais de 65 anos ou, independentemente da idade, com dificuldades financeiras devidamente comprovadas, que não conseguem pagar uma renda com valores de mercado?"

Surpresa não é mas preocupante é - grandes economias abrandam

As grandes economias para onde exportamos estão a abrandar. Espanha, França, Alemanha . O efeito na nossa economia é imediato .

Que a economia europeia está a abrandar ninguém duvida.

"Esta teimosia de o ministro insistir que vamos é ganhar juízo fez-me pensar. Acho que ele começou por ficar deslumbrado, mas o facto de o crescimento do terceiro e quarto trimestres de 2017 não ter sido nada de excecional arrefeceu os ânimos e levou-o a perceber que tem de ter cautelas antecipadas, porque sabe que está assente em cima de impostos que são variáveis e em função de um ciclo que é, também, variável", diz.

Contrariamente ao que dizem o BE e o PCP não há nenhuma folga. É preciso conter a despesa

 

 

 

Portugal está mal classificado no défice e na dívida no panorama europeu

Quando comparamos o défice e a dívida com o panorama europeu percebemos que estamos mal .

Segundo o Eurostat, 12 Estados-membros da União Europeia registaram no ano passado um excedente orçamental. O valor mais elevado foi o de Malta, que teve um superavit de 3,9%. A Alemanha registou um excedente de 1,3% do PIB e a Grécia também já tem as contas no positivo, com um superavit orçamental de 0,8%.

No que diz respeito à dívida pública, apesar da descida registada em 2017, Portugal permanece entre os países mais endividados da Europa, surgindo no terceiro lugar da tabela e por isso também a vermelho no mapa. 

A Grécia é o país mais endividado, com 178,6% e Itália é o segundo, com uma dívida pública de 131,8% do PIB. De entre os 28 Estados-membros, 15 apresentaram em 2017 rácios de dívida superiores ao limite de 60% do PIB, imposto pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento.

Se a crise chegar ( e vai chegar) estamos mal preparados para a enfrentar . Mais uma vez .

A crise - aos mais atentos o cheiro já lhes chega

Não sabemos quando chegará a próxima, como, com que gravidade . Mas chegará. Números muito redondos sugerem uma periodicidade de oito  a dez anos .

Mais importantes são os sinais que, aos olhos e aos ouvidos dos mais atentos e mais experientes, permitem começar a sentir-lhe a chegada.

No cumprimento da sua missão os bancos centrais sobem as taxas dos juros ( em 2017 a Reserva Federal Americana subiu-as três vezes ).

Mário Centeno sabe do que fala. A crise virá, talvez mais cedo do que se espera. As contas são boas mas na maioria dos países da UE são melhores. A dívida é elevadíssima .Não há folga nenhuma . E tornar-se-á necessária, a que houver, no dia em que a crise chegar.

PS : a partir de texto de Daniel Bessa - Expresso

Olha, como se o problema fosse o empréstimo

Estes socialistas para defenderem o indefensável dizem as maiores atrocidades. Como se fosse o empréstimo entre amigos que está em causa e não os montantes milionários, as contas escondidas e a vida de luxo. Como se o amigo não tenha estado em situação profissional de ter beneficiado com as decisões do ex-primeiro ministro.

Estes senhores não percebem que só deitam mais terra para cima do caixão ?

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A traição do PS que o BE e o PC apoiam

António Costa sentiu necessidade de defender as instituições europeias: "Ninguém consegue conceber a democracia e a liberdade em Portugal fora do quadro da União Europeia." Em causa está a resposta à deputada do Bloco de Esquerda Isabel Pires, que afirmou que "Abril nunca rimou com Eurogrupo".

A proteção de António Costa a Mário Centeno não parece ser conjuntural, é o regresso do PS a uma visão que parecia ter desaparecido em 2015. Basta lermos o que escreveu recentemente Augusto Santos Silva, afirmando que o caminho da social-democracia "pensado a partir de Portugal exige mais, não menos, vinculação à União Europeia e aos seus processos de debate e decisão".

Ora, este caminho é uma dupla traição do PS ao que o próprio PS tinha prometido ao seu eleitorado. Prometeu que conseguiria fazer uma interpretação inteligente dos tratados e defender os serviços públicos, mas como essa conciliação é impossível prefere dar prioridade aos tratados ficando os serviços públicos em agonia. Criticou PSD e CDS por irem além da troika e agora quer ir além de Bruxelas.

Mas a verdade é que o BE não deixa de apoiar no Parlamento o governo de António Costa.

Flor da Liberdade

FLOR DA LIBERDADE

Poema de Miguel Torga (in "Orfeu Rebelde", Coimbra: Edição do autor, 1958 – p.52-53; "Poesia Completa", Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2000, 2.ª edição, 2002 – p. 560)

Recitado pelo autor* (in 2LP "Miguel Torga: 80 Poemas": LP 1, EMI-VC, 1987, reed. EMI-VC, 1995)


Sombra dos mortos, maldição dos vivos.
Também nós... Também nós... E o sol recua.
Apenas o teu rosto continua
A sorrir como dantes,
Liberdade!
Liberdade do homem sobre a terra,
Ou debaixo da terra.
Liberdade!
O não inconformado que se diz
A Deus, à tirania, à eternidade.

Sepultos insepultos,
Vivos amortalhados,
Passados e presentes cidadãos:
Temos nas nossas mãos
O terrível poder de recusar!
E é essa flor que nunca desespera
No jardim da perpétua primavera.


* Gravado nos Estúdios Valentim de Carvalho, Paço d'Arcos, nos dias 31 de Junho, 1 e 31 de Julho de 1987
Engenheiro de som – Pedro Vasconcelos
Montagem – Miguel Gonçalves
Montagem digital (CD) – Fernando Paulo Boavida, nos Estúdios Valentim de Carvalho




 

Salgueiro Maia, herói de Abril

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No dia 25 de Abril fui testemunha presencial do cerco ao Quartel do Carmo. No meio da multidão em fúria e dos soldados jovens e inexperientes, um capitão houve que manteve a serenidade e a coragem. Evitou um banho de sangue tanto para a multidão de civis como para os militares sob as suas ordens . O Quartel do Carmo, para quem o conhece por dentro, é uma fortaleza inexpugnável. O portão por onde as tropas sitiantes podiam entrar está na mira de cem janelas que, estavam ocupadas, cada uma delas, por um militar armado da GNR.

Salgueiro Maia, conseguiu obter a rendição do Quartel e do Prof Marcelo Caetano, de uma forma digna e firme. Não se deixou empurrar pelas paixões dos que queriam sangue, encobertos no anonimato e teve mesmo que ser diplomata ante a cadeia hierárquica de que era o principal operacional.

Antes disso esteve sempre disposto a morrer como aconteceu na Praça do Comércio impedindo, com risco da sua própria vida, que as tropas em confronto  abrissem fogo.

Cumprida a missão voltou para Santarém sem pedir nada. Recusaram-lhe uma medalha que mereceu como ninguém. É altura de todo um povo prestar homenagem a este herói. Deve ser transladado para o Panteão Nacional!

 

PS : é conhecida a vontade do Capitão de Abril que deixou expressa no seu testamento. Os seus restos mortais permanecerão em campa rasa no cemitério da sua terra natal - Castelo de Vide. A sua viúva já veio confirmar essa última vontade.

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