Saírem os mais velhos no topo da carreira e com salários elevados e substituídos por trabalhadores mais jovens dá uma poupança de 170 milhões por ano.
Era também a oportunidade de reformar as carreiras a sério . Em vez de as carreiras assentarem no tempo de serviço passarem a contar com o mérito.
Para Teodora Cardoso, é necessário beneficiar competências, criar incentivos para os trabalhadores melhorarem e “ser capaz de atrair, relativamente ao mercado [privado], as competências de que a Administração Pública precisa, o que implica regras diferentes”.
Questionada sobre se essa reforma envolve aumentos salariais, a economista respondeu que “envolve sobretudo carreiras, mas carreiras a sério, não é carreiras que ao fim de ‘x’ anos se é promovido. Carreiras que incentivem as pessoas no seu desempenho e na sua formação”.
“Tudo isto tem de ser pensado e, havendo este espaço, a Função Pública tem mesmo de ser renovada”, defende..
Mas claro sindicatos, PCP, BE e uma parte do PS estão contra não vão perder a clientela eleitoral.
Mas mesmo que fossem cabia ao estado regular e investigar por forma a defender a qualidade do ensino administrado. Não se podem fechar bons colégios mesmo com maus dirigentes porque os prejudicados são os alunos e esses não têm culpas.
E, como diz a acusação, os prejudicados foram os colégios ..."Os cinco arguidos administradores, através do financiamento dos colégios e da circularização das verbas assim obtidas pelas empresas do grupo, desviaram, entre 2005 e 2013, “avultadas quantias monetárias, em prejuízo das escolas beneficiárias de contratos de associação e do Estado”.
O relatório sobre os incêndios veio mostrar que o governo continua em estado de negação.
É ouvir o que vários membros do governo e do PS têm dito sobre o relatório independente. A falta de humildade é patente. Todos têm culpa menos o governo até porque as propostas e as conclusões do relatório ou estão no terreno ou estão prestes a lá chegar. Ninguém ensina nada a António Costa e companhia.
Porque é que Tomaz Correia tem toda aquela força depois de ter levado o Montepio à situação em que está ? E que afronta o governo e as suas instituições ( Finanças, Banco de Portugal) e não arreda pé ? Não vimos já isto no ex-BES ?
E porque é que o Franciscano Padre Melícias exerce funções há dezenas de anos aparentemente sem dar troco a ninguém ? E o governo se encolhe ?
O Montepio que actua da mesma forma que o ex-BES não merece da parte do acagaçado governo qualquer decisão para por cobro aos evidentes desmandos . A saída é ir buscar dinheiro aonde ele está, no caso à Santa Casa, avaliando o banco muito por cima. Claro que nenhum privado lá mete dinheiro mas os mutualistas podem ver o seu dinheiro voar. O governo vendeu-nos aquela história dos lucros futuros retocando a imagem para que tudo fique na mesma.
O Montepio vende aos seus balcões acções e outros papéis comerciais da Mutualista prática que se revelou a origem do desastre no ex BES .
É, claro, que alguém vai ter a culpa mas não é o governo.
Os responsáveis operacionais e os responsáveis políticos podem ter de responder criminalmente pelos fogos de Outubro de 2017, avança o jornal Público, esta quinta-feira, 22 de Março. A hipótese foi admitida ao jornal por uma fonte ligada às investigações, que sublinhou a importância do relatório da Comissão Técnica Independente para o desenvolvimento dos inquéritos em curso.
Poderá vir a estar em causa o crime de homicídio por negligência devido à recusa de reforço de meios de combate ou à omissão em pré-posicionar recursos humanos e materiais, medidas que poderiam ter diminuído o impacto dos incêndios.
Não pode ser de outra forma perante o relatório que foi publicado pela Comissão Independente aos fogos de Outubro tais são as óbvias responsabilidades do governo.
O Ministério Publico tem que investigar as falhas apontadas, os meios humanos e técnicos recusados, os avisos não escutados.
Há uns meses atrás a ministra da Justiça, inopinadamente, veio falar da não renovação do mandato à PGR . Afastar uma magistrada com provas de independência e que corta a direito. Calculo o que será agora com a publicação deste relatório.
É, claro, que tudo vai ser resumido em mais uma campanha contra o PS e seus apoiantes.
Pois se a pré-bancarrota a que Sócrates levou o país é culpa do PEC IV que esperar de um processo que envolveu mortes de pessoas inocentes ?
O relatório diz que o governo retirou meios humanos e técnicos do teatro operacional apesar das previsões da meteorologia. A Protecção Civil pediu reiteradamente ao governo o reforço de meios e em nenhum caso foi ouvida.
O ministro fala no que está a fazer e no que já está feito e foge continuamente às perguntas dos jornalistas acerca das falhas apontadas no relatório independente. Uma vergonha difícil de ver e ouvir.
O Presidente da República - o único que assume que leu o relatório - disfarça e foge com o rabo à seringa quando confrontado com as conclusões do relatório que apontam as falhas do governo.
Quem assume que leu não responde quem diz que não leu diz que no futuro é que é. Como é possível o PS e o governo exibirem esta pantominice ? Sim, o PCP e o BE também dizem que houve falhas mas quem falhou foram as políticas de direita não foi o Estado.
Em qualquer país do mundo este governo seria demitido perante este relatório que aprofunda as conclusões do primeiro relatório . Aliás, bastaria que o governo fosse de centro direita para não faltarem vozes esganiçadas a cantarem "grândoladas" e a oferecerem pauladas.
A triste figura que o ministro fez agora mesmo na SIC não deixa margem para dúvidas. Se tivessem consciência não esperavam pelo próximo verão . É que eles sabem que se a Natureza se comportar como é sua natureza no período de muito calor os incêndios vão voltar.
Ontem na cerimónia da entrega dos prémios dos autores no CCB, vários dos premiados aproveitaram a ocasião para, no discurso de agradecimento, darem público testemunho da miséria orçamental com que o actual governo aprisiona a cultura.
A atriz Inês Pereira deu o mote para várias intervenções que se viriam a seguir, quando, ao receber o prémio para melhor espetáculo teatral por “A vertigem dos animais antes do abate”, dos Artistas Unidos, leu o comunicado, subscrito “por 650 atores em menos de 24 horas”, de protesto contra os atrasos na Direção-Geral das Artes.
Perante uma plateia que incluía o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado, Inês Pereira declarou que aguardaram “com esperança esta nova Secretaria de Estado da Cultura” e aguardaram que “o ano de 2017 servisse para uma remodelação efetiva dos apoios às artes”, tendo continuado em 2017 com “a mesma situação de miséria que se instalou no quadriénio anterior”, deparando-se agora com “atrasos incompreensíveis na avaliação, e consequentemente, na disponibilização das verbas da DGArtes”.
O Fisco na sua infinita bondade enviou um aviso aos proprietários da floresta. Ou limpam a mata ou pagarão multas . Ora a maioria dos proprietários são gente de 70 e mesmo 80 anos, gente pobre que não têm dinheiro para pagar a quem faça o serviço nem condições físicas para o fazer eles próprios.
A não ser que se pretenda usar a força repressiva da Autoridade Tributária todos os anos para aterrorizar populações, esta estratégia não é viável por muito tempo. O mato cresce independentemente da vontade dos proprietários. E cresce muito depressa. Uma vez limpo, rapidamente será necessário limpá-lo novamente. É uma gestão permanente com custos que não desaparecem. Limpar um terreno não é como remodelar ou recuperar um prédio, que, uma vez feita a intervenção, só décadas depois necessita de outra. Uma solução para ser viável a longo prazo tem de ser economicamente vantajosa para os proprietários.
Tornar a floresta portuguesa rentável, ou, melhor dizendo, a sua gestão rentável, pode passar por facilitar a vida aos resineiros, por estimular o uso de lareiras e recuperadores de calor para aquecimento de casas, pela construção de centrais eléctricas de biomassa, etc. Há uns tempos, em conversa com Henrique Pereira dos Santos, lembrámo-nos de que as cantinas que dependem do Estado (cantinas escolares, prisões, hospitais, etc.) podiam incluir na sua ementa alimentos amigos da floresta, como queijo de cabra, frutos silvestres, cabrito, etc.
“Paralisa todos os gastos que seja necessário fazer além das despesas correntes”, nota Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos. “Tudo o que seja aquisição de material pesado, obras estruturais, acessórios, contratações de pessoal… fica paralisado.” Chegam mesmo a existir “relatos de vários hospitais que dizem que os materiais necessários para o exercício da saúde vão faltando.”
Ana Rita Cavaco, bastonária da Ordem dos Enfermeiros, também dá conta de “falta de materiais” nos hospitais. Faltam “luvas, esponjas, lençóis, cobertores, almofadas”, revela. A enfermeira pinta um cenário da situação actual pouco animador: “Tenho colegas há 25/30 anos na profissão que me dizem que isto nunca esteve tão mau.”