Catarina Martins diz que o Estado transfere para os hospitais privados 30% do total orçamentado ( 8 600 milhões de euros ) o que é uma redonda mentira.
O que o estado faz é pagar aos privados o que o SNS não é capaz de fazer. Tratar a tempo e horas todos os doentes. A não ser que ao BE não interesse que os cerca de 2 milhões de doentes que se dirigem ao privado engrossem as listas de espera do SNS . São umas centenas de milhar em consultas e em cirurgias.
A líder do BE fala como se o dinheiro dos impostos fosse propriedade do Estado e se possa gastar conforme a ideologia de quem governa. Nada mais errado. O dinheiro é para ser aplicado nos melhores serviços que se podem oferecer aos cidadãos sejam eles públicos ou privados.
É assim na Saúde e na Educação e em todos os serviços que são prestados. Os serviços só são públicos porque são pagos com os impostos dos contribuintes .Sejam os prestadores públicos ou privados.
Não se fecham boas escolas privadas e bons hospitais privados para manter más escolas públicas e maus hospitais públicos.
Mas a Catarina Martins não passa de uma actriz que na boca de cena sabe fazer a pontuação. O que diz é-lhe transmitido pela caixa de ressonância
“Jorge, é possível fazermos Alqueva no Ribatejo?”, perguntou o empresário Manuel Campilho ao especialista em planeamento hidráulico Jorge Froes, quando se deparou com escassez de água na sua Quinta da Lagoalva, em Alpiarça. A resposta foi: “Não só é possível, como é absolutamente indispensável, se quisermos continuar a ter disponibilidade de água em quantidade suficiente para manter viva a atividade agrícola de toda esta região”.
A história é relatada na edição deste sábado, 24 de fevereiro, do “Expresso”, que conta que o projeto por enquanto se designa Projeto Tejo — Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Tejo e Oeste e foi lançado oficialmente esta semana perante o secretário de Estado da Agricultura, Luís Vieira, o ex-ministro da Economia Augusto Mateus, entre outras figuras ligadas ao setor.
E os sinais da decadência estão aí todos mas António Costa faz de conta que não ve . Quando chegar a crise logo se arranjará um culpado tal como fizeram com a crise que Sócrates cavou.
Entretanto na economia os sinais de alarme soam cada vez mais alto, perante a complacência de um primeiro-ministro que triunfa num crescimento de 2,7%. Poupança, investimento e crédito às empresas estão em mínimos nunca vistos, próprios de uma economia em decadência. Com a produtividade e a competitividade a cair, o crescimento é alimentado só pela redução do desemprego. Mas o governo não nota que a melhoria do mercado de trabalho aumenta a precariedade laboral, com mais de um quinto dos trabalhadores em contratos a prazo.
Assim, nesta recuperação económica, a força produtiva fica cada vez mais frágil, mais descapitalizada, mais dependente do turismo, sem qualquer estratégia razoável para enfrentar os enormes desafios de desenvolvimento que tanto preocupam a Europa e o mundo. Mas isso não interessa, se o país está contente com a reposição de rendimentos, que permite voltar aos níveis de consumo insustentáveis que nos conduziram à crise anterior.
Contudo, o PS tem vindo a chumbar as propostas apresentas por BE e PCP que defendem a reversão de medidas da troika, como a que propunha a reposição dos 25 dias mínimos de férias. Os acordos que sustentam a maioria parlamentar prevêem genericamente a "reposição de rendimentos" mas são omissos quanto a novas reversões concretas.
E o que respondeu o Governo? "As autoridades afirmaram que as reformas da era do programa não estão em risco, ao mesmo tempo que indicaram a sua intenção de continuar a reduzir a segmentação do mercado de trabalho", lê-se no relatório do Fundo.
O ministro do Trabalho, que conta com alterações à lei este ano, nunca mostrou vontade de reverter as medidas mais emblemáticas do programa de ajustamento, como as alterações às regras do despedimento, a redução das compensações, a limitação dos dias de férias ou a redução do custo das horas extraordinárias no sector privado.
Este sapo é do tamanho de uma vaca. Difícil de engolir .
O crescimento potencial da economia depende do aumento do investimento, o que só pode ser conseguido: I) ou com aumento da poupança, para o que é necessário que o consumo, privado e público, cresça menos do que o PIB, e assim se preserve o equilíbrio externo e, desejavelmente, se consiga reduzir a dívida externa; II) ou se continua a estimular os consumos e voltam a acumular-se défices externos, aumentando a dívida externa, a vulnerabilidade do país e a sua dependência do exterior.
Há um descontentamento transversal a toda a administração pública . Afinal o descongelamento das carreiras ainda não saiu do papel. Aumentos salariais ainda não chegaram aos bolsos dos trabalhadores e na saúde os enfermeiros marcam greves e os médicos assinalam que se bateu no fundo.
Horas extras já feitas e não pagas, não abertura de concursos para médicos jovens que assim vão abandonando o SNS para o privado ou para a emigração . O orçamento do SNS (5%) está abaixo da média europeia que é de 6% do PIB.
Entretanto foram pagos cerca de 1 200 milhões em atraso aos fornecedores dos hospitais .
Tudo isto configura uma gestão de tesouraria por forma a no fim dos meses o balanço se apresente como positivo. Paga-se a uns fica-se a dever a outros.
Quando há falta de dinheiro faz-se realmente assim. Há sempre alguém a financiar o estado.
De uma empresa moribunda a uma empresa rentável , em apenas quatro anos , eis a diferença entre uma empresa privada que conhece o negócio e uma empresa pública que vivia de subsídios.
Vítor Figueiredo fez um balanço positivo da presença do grupo português em Viana do Castelo, adiantando que o projeto começou com “uma infraestrutura que estava parada há cerca de dois anos, com alguns equipamentos sem funcionar e alguns edifícios a precisar de restauro”. “Em 2015, já tínhamos contratos de construção naval e até hoje, quatro anos volvidos, já construímos e entregámos cinco navios. Para este ano de 2018, temos mais cinco navios para entregar e já temos em carteira navios para 2019”, avançou.
E dão trabalho a 800 pessoas . Nada mal depois de tanta pantomina sindical e não só.
É verdade que há reformas inadiáveis que só se fazem com PS e PSD mas esses consensos inadiáveis não devem contribuir para um erro colossal. Os partidos serem posicionados segundo as preferências dos seus dirigentes e não segundo as preferências dos seus eleitores.
Cerca de 83% do eleitorado do PSD prefere entendimentos à direita com o CDS. Apenas 8,6% prefere entendimentos à esquerda com o PS. Julgo que é revelador sobre o posicionamento político dos eleitores do PSD.
No PS a preferência dos seus eleitores é o partido fazer entendimentos com a sua esquerda.
De um lado um bloco pró - europa do outro, um bloco anti-europa onde cabe um PS pró-europa.
Antes de haver qualquer acordo substancial entre o PSD e o PS (e eventualmente o CDS) teria de ser decretado o funeral da “geringonça”. Ninguém acredita numa reforma da Educação, na Saúde, no Estado e ainda menos na Segurança Social que fosse capaz de juntar na mesma mesa Catarina Martins, Jerónimo de Sousa, António Costa e Rui Rio. Se o Bloco e o PCP não se entendem com o PS em tudo o que vá para lá da devolução de rendimentos aos funcionários públicos, como iriam fazê-lo com o PSD? Juntar o PSD ao clube numa agenda de reformas só tornaria a engenhoca ainda mais instável e incoerente. E António Costa sabe-o bem. Tão bem que já veio dizer que, a haver acordos sobre reformas, terão de ser a quatro – ou seja, não serão. Ou serão meios acordos baseados em propostas do Governo, como o pacote da descentralização, ou em desenhos vagos sobre o ciclo de fundos estruturais que chegará depois de 2020.
E é isso, PCP e BE amarram o país impedindo qualquer reforma