Um descontentamento transversal
Há um descontentamento transversal a toda a administração pública . Afinal o descongelamento das carreiras ainda não saiu do papel. Aumentos salariais ainda não chegaram aos bolsos dos trabalhadores e na saúde os enfermeiros marcam greves e os médicos assinalam que se bateu no fundo.
Horas extras já feitas e não pagas, não abertura de concursos para médicos jovens que assim vão abandonando o SNS para o privado ou para a emigração . O orçamento do SNS (5%) está abaixo da média europeia que é de 6% do PIB.
Entretanto foram pagos cerca de 1 200 milhões em atraso aos fornecedores dos hospitais .
Tudo isto configura uma gestão de tesouraria por forma a no fim dos meses o balanço se apresente como positivo. Paga-se a uns fica-se a dever a outros.
Quando há falta de dinheiro faz-se realmente assim. Há sempre alguém a financiar o estado.