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BandaLarga

as autoestradas da informação

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António Costa irritou-se com Cristas

Os incêndios estão aí para durar. Esta semana já tivemos incêndios com as queimadas de inverno.

A limpeza da floresta - segundo os especialistas - como está a ser feita é um erro porque o que arde é o restolho não são as árvores. E há árvores e árvores.

Mas a questão do momento é arranjar desculpas e argumentos para quando chegar o verão e se possível um bode expiatório. Autarcas e bombeiros já vieram dizer que não aceitam ser os bodes expiatórios quando falta dinheiro, máquinas e homens no terreno. E, claro, falta tempo esse carrasco.

António Costa irritou-se porque sabe que muita coisa pode mudar com a dimensão dos próximos incêndios. E desta vez ninguém aceitará que vá de férias. A começar por Marcelo.

Assunção Cristas levou para o debate a notificação das Finanças que todos os contribuintes receberam para cumprimento das responsabilidades que tenham na limpeza em torno de casas e de aldeias no espaço rural. Disse, por exemplo, que "particulares e autarcas se queixam da inexequibilidade da operações, por não existir maquinaria para cumprir a lei".

Nunca tantos viveram com esta qualidade de vida

E, sim, é na Europa : A verdade, e os números não mentem, é que a tão criticada União Europeia continua a ser um (relativo) oásis em termos de justiça social. Um artigo recente do Guardian resume a questão: “parte da esquerda refere a UE como um veículo para políticas económicas neoliberais, parte da direita acusa-a de ser um monstro administrativo ineficiente”. Num Mundo em que a globalização e a digitalização são acusadas de criar desigualdade, lê-se, as políticas dos dois grandes blocos económicos provam que ela não é uma fatalidade e pode ser contida. Foi-o na Europa e só na Europa. Ao rejeitar a filosofia de Reagan e Thatcher de libertação da economia de qualquer controlo, mantendo a regulação como fiel da balança do comportamento dos mercados e seus operadores; ao assegurar a liberdade de circulação dos factores da economia transformando 28 mercados num único mercado interno; ao proteger os sistemas de segurança social como a sua própria razão de ser; ao usar os fundos estruturais para garantir níveis razoáveis (ainda que insuficientes) de convergência das zonas pobres e ricas da União; ao assegurar uma educação de qualidade e tanto quanto possível livre e gratuita, a UE evitou que a sua “economia de mercado” se transformasse numa “sociedade de mercado”. E impediu que a desigualdade, como um cancro, minasse o essencial do seu “fabrico social”.

Autoeuropa perde T - ROC descapotável

Volkswagen anunciou que o irmão mais novo do modelo que está a ser produzido na fábrica de Palmela será produzido na Alemanha. O investimento para modernização está em marcha em Osnabruk no montante de 80 milhões para que a produção se inicie em 2020 .

É uma forma pacífica de deslocalizar a produção da Autoeuropa já que o actual modelo está em produção em 2018 e 2019 e, naturalmente, a produção do mesmo modelo mas descapotável , teria continuidade em 2020 com o investimento previsto.

Mas a luta heróica e as greves deixaram rasto e pagam-se como a CGTP bem sabia ao exigir ao governo que colaborasse no planeamento com a marca alemã. Numa empresa privada como se alguém acredite que tal seja possível.

E a deslocalização não é, necessariamente, andar com as máquinas às costas... 

O principio do fim dos juros baixos

Com a Europa a ser empurrada pelo ciclo da alteração dos juros nos Estados Unidos, em alta , chegou a factura para os países com elevadas dívidas como Portugal .

Mesmo com o BCE a manter a sua política de compra de dívida os juros já estão a subir. E quando o BCE deixar o programa ainda subirão mais.

Neste novo paradigma, os países e empresas mais endividados ficarão mais vulneráveis. É o caso de Portugal. Embora a dívida pública tenha descido em 2017 para o nível mais baixo em cinco anos (126,2% do PIB), continua a ser perigosamente elevada.

Este contexto será gerível se os juros não subirem muito, nem demasiado depressa. É o que tentarão fazer, a todo o custo, os bancos centrais, que terão a difícil missão de conter as pressões inflaccionistas sem arrefecer demasiado a economia. 

Mas reduzir a dívida nunca foi prioridade para o actual governo que preferiu beneficiar as suas clientelas . Está a chegar a factura.

 

 

A degradação do Estado Social - a forma cínica de austeridade

Trocar a qualidade dos serviços públicos pelas reversões de salários e pensões .Eis a forma mais cínica de austeridade .

A soma dos factos trazidos à luz pelo Tribunal de Contas nos últimos 4 meses tem potencial de escândalo, apesar do silêncio reinante. Ora, mesmo que ignorada, a realidade não desaparece: as opções deste governo, só possíveis graças à conivência de BE-PCP, pioraram o SNS e o acesso à saúde, aumentaram os tempos de espera, ampliaram o volume de dívidas a fornecedores e ameaçam agora a sustentabilidade financeira do sistema a médio/longo prazo. Traduzido para politiquês e recorrendo a uma linguagem que lhes é cara, os partidos da esquerda parlamentar têm sido os protagonistas improváveis da “destruição” do SNS.

Sem reformas estruturais não há verdadeiro crescimento

O crescimento potencial da economia portuguesa está esgotado e por isso vai arrefecer em 2018 e 2019. Sem reformas estruturais vamos continuar no fim da tabela.

Fora dos mecanismos de solidariedade da União Europeia, sem acesso à compra da nossa dívida sob a “protecção” do Banco Central Europeu, desligados da moeda única e tendo de pagar as dívidas no regresso ao escudo como divisa nacional, condenaríamos pelo menos duas gerações de portugueses a uma pobreza clamorosa.

Estamos, portanto, no rumo certo. Mas sem motivos para grandes festejos. Porque, segundo as mais recentes estimativas, Portugal registará em 2018 apenas o quinto maior crescimento de todos os países que integram a União Europeia: 2,2%.

Meta demasiado modesta para um povo que já enfrentou tantos sacrifícios e tem, portanto, o direito de esperar dos seus governantes soluções políticas que nos permitam convergir sustentadamente com a média europeia, em lugar de nos afastarmos dela.

Esta meta coloca-nos a grande distância de países como Malta (que em 2018 deverá crescer 5,6%), Roménia (4,5%), Polónia (4,2%), Eslovénia (4,2%), Eslováquia (4%), Hungria (3,7%), Bulgária (3,7%), Letónia (3,5%), Estónia (3,3%) ou República Checa (3,2%).

Nos próprios países que, tal como o nosso, foram sujeitos a programas de assistência financeira nos últimos anos, qualquer deles nos supera. Desde logo a Irlanda (que deverá crescer 4,4% em 2018), mas também a Grécia (2,5%) e Chipre (2,5%). Sem esquecer a economia espanhola, que este ano deverá registar uma expansão de 2,6%.

O grande capital é o Estado

O grande patrão é o Estado mesmo não contando com toda a iniciativa privada que roda a sua volta.

E a falta de liberdade económica?

É a mais óbvia. É muito óbvio que há um Estado excessivo no tamanho, excessivo nas dependências que cria. O grande capital em Portugal, a instituição que gera maior "faturação", o grande patrão é o Estado. Se para além disso considerarmos as empresas do setor privado que dele dependem direta ou indiretamente, temos um país que se entende a si próprio, à sua economia e ao seu crescimento com base no Estado. Há excesso de regras, regrinhas, impostos, taxas... Há, por um lado, um sistema demasiado complexo, que dificulta o investimento privado. E que, por outro lado, cria dependências.

A oferta em bandeja de ouro ao PS do centro político

É o que acontecerá se o PSD for empurrado para a direita e disputar o eleitorado natural do CDS. E é esta a razão primeira da guerra que Rio comprou dentro do seu próprio partido.

Voltemos às razões estruturais para a contestação interna a Rui Rio. A primeira tem que ver com a máquina partidária. Há demasiada gente instalada e que vive basicamente à custa do partido (seja por poder exercer influência, seja por empregos diretos, seja por outra razão qualquer) que se sente ameaçada pela previsível mudança. Por outro lado, a máquina está alinhada, o que é normal, com a estratégia de posicionamento do partido dos passistas. Mudar a máquina de alto a baixo é muito difícil, se não impossível. Mais uma vez, Rio terá de ganhar o partido de fora para dentro. Ou seja, há uma parte da máquina que terá de ser mudada, mas há outra parte que será convencida se o presidente do partido mostrar que pode ganhar eleições com um novo posicionamento político.

E é aqui que entra a segunda parte da razão da contestação a Rui Rio. Há um conjunto de pessoas que acredita que o PSD deve ser claramente de direita - os deputados rebeldes dividem-se entre os que já perceberam que vão perder o lugar, os aparelhistas e os que defendem a viragem à direita.

A dívida aumentou mas o título do jornal diz que afundou

Vale tudo . Já se sabia que o valor tinha aumentado para 242,6 mil milhões de euros em Dezembro de 2017, contra os 240,9 mil milhões de euros no final de 2016. Mas só agora se sabe o peso do endividamento público na economia, que se situou em 126,2% do PIB, bem abaixo dos 130,1% registados em Dezembro de 2016. Assim, apesar do aumento de 1,6 mil milhões em termos nominais ao longo de 2017, em percentagem do PIB a descida foi de 4 pontos percentuais.  

É óbvio que, apesar do título enganador desta notícia, a dívida pública não "afundou" em 2017, antes aumentou em cerca de 1700 milhões de euros.

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