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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Rio garante que tudo fará para impedir o governo das esquerdas

A leitura é simples mas a sua comunicação e a sua implementação exigem uma lucidez e coragem assinaláveis. Impedir a continuação do governo das esquerdas é suficientemente importante para o país e resume todo um programa partidário se mais não for possível. Ganhar as eleições legislativas com maioria absoluta.

É que o actual governo é apoiado por dois partidos anti-União Europeia e anti-Zona Euro, e a sua natureza mais profunda é visceralmente diferente do PS europeu, democrático e pró-economia social de mercado.

É, por isso, que a sua acção governativa está esgotada com a devolução parcial dos rendimentos, que exigiu um aumento brutal da carga fiscal em impostos indirectos, e não foi capaz de efectuar qualquer reforma estrutural sem as quais Portugal não sairá do fundo da tabela e não lançará o crescimento do PIB para 3%-4% , condição indispensável para reduzir a dívida para 60%- 90% e eliminar a pobreza ainda existente.

"Há uma pessoa que explicaria melhor isso ao doutor Santana Lopes do que eu, que é o professor Marcelo Rebelo de Sousa. Quando o engenheiro Guterres teve um Governo minoritário, o PSD liderado pelo doutor Marcelo Rebelo de Sousa e eu, na altura secretário-geral, permitiu que aquele primeiro-ministro, que teve mais votos, governasse que foi o caso do engenheiro António Guterres", adiantou.

Já sobre as sondagens para as eleições diretas do PSD, que se realizam no sábado, o ex-presidente da Câmara do Porto sublinhou: "as indicações que o doutor Santana Lopes tem são as mesmas que eu, ambos sabemos que estou francamente à frente e é precisamente por estar francamente à frente que ele, entretanto, teve de mudar de discurso, de agudizar o discurso. Quem vai atrás tem de inventar qualquer coisa".

Deixar o PS com um único cenário que é o de ficar eternamente amarrado à extrema esquerda não é do interesse superior do país.

 

O corte do financiamento às escolas privadas não devolveu o aquecimento às escolas públicas

Os alunos não têm aquecimento nem papel higiénico. Por outro lado, a FENPROF, apresentando uma petição idêntica para cada distrito do país (a de Coimbra, por exemplo, foi a petição 414/XII/3), acusava o governo de, através do financiamento a colégios privados, desviar verbas que impediam as escolas públicas “de pagar despesas de água e electricidade, gás ou aquecimento das salas de aula."

Mas os problemas nas escolas prevaleceram. 2018 começou com a denúncia de atrasos na transferência de verbas para as escolas suportarem despesas básicas, tais como o aquecimento das salas de aula. Há directores de escolas que apontam às “gravíssimas limitações financeiras”, que se queixam do peso dos encargos básicos após a festa da Parque Escolar.

Ora, já não havendo PSD-CDS no governo para responsabilizar, o ministro da Educação limitou-se a garantir a inexistência de atrasos nas transferências de verbas às escolas – como se os directores estivessem a inventar um caso.

Alguém tem culpa não é António ?

Rui Rio : um PS e um governo prisioneiros de 14% de votos da extrema esquerda

Rui Rio :

Quanto a propostas concretas, Rio acabou por se demarcar do Governo socialista em matéria de política fiscal, acusando-o de ter desistido de fazer reformas estruturais, sem que, no entanto, tenha esclarecido o que faria de facto diferente. “A preocupação de reformas é zero. As políticas públicas têm muita influência sobre o que é o ambiente propício ao investimento e portanto tenho de olhar para a legislação fiscal, para a carga fiscal, para a desburocratização, para a forma como funciona o sistema judicial, a forma como faço a formação de mão de obra. Vê este Governo fazer alguma coisa sobre isto? Não. Vê este Governo refletir nas tabelas de IRS a pequena quebra para as pessoas para o ano terem um reembolso, em vez de receber um cheque de 100 euros recebe um de 150. Para o que é que isto serve para o desenvolvimento do país? Nada. Serve para a simpatia eleitoral em 2019“.

Rui Rio prefere tirar a extrema esquerda do governo

Mesmo que para isso tenha que apoiar o PS, Rui Rio prefere, antes de tudo, retirar à extrema esquerda (14% dos votos) a importância política desmedida que hoje tem.

Esta posição mostra uma enorme coragem colocando os interesses do país no topo das preocupações. É, manifestamente, uma posição de risco porque pode ser lida de outra forma. Colocar o PSD como muleta de um PS minoritário.

Mas o que Rui Rio diz é que nos próximos dois anos está disposto a entender-se com o PS nas reformas estruturais de que o país tanto carece. Não é a mesma coisa que apoiar o PS.

É, claro, que o título do Público é uma tentativa de assassinato político e mostra bem como a vitória de Rui Rio é uma enorme preocupação para a esquerda. Num só golpe tira-se a extrema esquerda do poder, abrem-se cenários para as reformas inadiáveis e coloca o PSD novamente numa posição de poder.

Mas, é claro, que neste país a inteligência e a coragem políticas não são apreciadas.

"Rui Rio admite vir a apoiar um Governo minoritário de António Costa. O social-democrata considera “razoável” que assim aconteça, caso os socialistas consigam vencer as próximas eleições legislativas sem maioria absoluta. Se o cenário se inverter, isto é, se for o PSD a vencer sem maioria absoluta, o ex-presidente da Câmara do Porto assegura que o CDS será sempre o parceiro natural, mas não fecha a porta a um eventual acordo de incidência parlamentar com o PS."

 

Qual dos dois vence António Costa ?

Hoje na televisão Rui Rio deixou escapar " que ele (Santana) tem os mesmos números (sondagens) que eu e sabe que vai atrás por isso desce o nível do debate com ataques pessoais".

Por outro lado é no norte que o PSD tem mais militantes e é também por isso que os dois candidatos se centram naquele região onde Rui Rio é mais conhecido e apreciado.

Mas a festa acabou. Estes últimos dias de campanha têm que ser decisivos no esclarecimento do país quanto aos programas eleitorais propostos. Em que é que são diferentes e como esperam bater Costa ?

Numa chamada à primeira página de uma entrevista a Rio, um dos jornais diários publica que "Rio pode apoiar um governo PS" . Isto é um tremendo tiro no pé, é a última coisa que um PSD quer ouvir . E a nível nacional será apreciada a posição de Rio se essa for a única forma de tirar PCP e BE do poder ? É que sem maioria absoluta o PS continuará prisioneiro da extrema esquerda.