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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Descurar o futuro - não há investimento

Os projectos bons e necessários que os há, não saem do papel. O governo não quer ou não é capaz ?

O investimento público é, de longe, a área da gestão da política orçamental que tem corrido pior.

Num momento em que devíamos recuperar algum do atraso acumulado nos anos da crise e preparar a nossa Economia para melhor resistir à próxima crise – que inexoravelmente chegará um dia – estamos não apenas parados, mas a andar para trás.

Cortou-se no investimento como nunca subornando tudo ao défice e às clientelas eleitorais. . Além de trágico é irónico ser este governo a fazê-lo.

Sem investimento não criamos postos de trabalho bem pagos e sustentáveis e os que criamos no turismo são o que Louçã aqui diz :

"Problemas estruturais, Louçã concordou com César das Neves no fraco investimento, apontando também o elevado desemprego jovem.

Por fim, o professor ISEG considerou que o turismo não é modelo de desenvolvimento da economia, porque não traz valor acrescentado e assenta, maioritariamente, em empregos de baixa formação."

Estamos a perder o futuro e não nos estamos a preparar para os mesmos problemas que sempre nos mergulharam em crises.

É como correr atrás da própria cauda.

 

O crescimento da nossa economia é sustentável ?

Hoje, com excepção dos partidos da geringonça, é consensual que sem reformas inevitáveis o crescimento da economia não é sustentável . Como vimos o próprio Francisco Louçã concorda. Mas à esquerda PCP e BE impedem o PS de reformar. E mesmo dentro do PS há quem faça contra vapor .

Persistem graves problemas estruturais na economia portuguesa que tornam Portugal muito vulnerável a contingências externas de diversa ordem, como a subida das taxas de juro ou a eliminação das compras de dívida decorrentes do quantitative easing do Banco Central Europeu, entre outras.

O nível do investimento, por exemplo, continua abaixo dos números registados antes da grave crise das finanças públicas que levou à intervenção da troika. A tímida recuperação registada em 2017 não chegou sequer para alcançar os valores de 2015. A necessidade imperiosa de atrairmos investimento externo para fazer face às debilidades estruturais da nossa economia devia ser consensual entre nós, mas, infelizmente, isso parece não suceder. Mesmo ao nível do investimento público, o Governo continua francamente aquém das metas traçadas.

Outra questão que pode ter repercussões graves num futuro próximo é a do agravamento da despesa pública de natureza mais estrutural, muito para além da anunciada recuperação de rendimentos que estiveram congelados ou foram mesmo reduzidos durante o período em que Portugal se manteve sob intervenção externa.

Falemos sem rodeios: estamos a comprometer a sustentabilidade do nosso crescimento à míngua de investimento tornando mais rígida a estrutura da despesa pública para fazer face a uma fase mais recessiva do ciclo económico.

Isto está mesmo mal - Louçã e César das Neves concordam

Está mal ao ponto de João César das Neves e Francisco Louçã estarem de acordo quanto a isso. Não se sabe quando mas vem aí um novo colapso.

Para o professor da Universidade Católica, os principais riscos para a nova crise em Portugal é a "recuperação hesitante" da economia, as "finanças frágeis" e questões estruturais, como o envelhecimento da população, a desigualdade e a educação da força do trabalho. Portugal tem um "problema de fundo social" ao estar "capturado por uma parte da sociedade que vive do Estado", como os pensionistas e funcionários públicos.

Problemas estruturais, Louçã concordou com César das Neves no fraco investimento, apontando também o elevado desemprego jovem.

Por fim, o professor ISEG considerou que o turismo não é modelo de desenvolvimento da economia, porque não traz valor acrescentado e assenta, maioritariamente, em empregos de baixa formação.

 

Os juros dos empréstimos das famílias iniciaram a subida

Quando se começa a falar de subidas de juros é fatal como o destino , Vão subir mesmo. As primeiras vítimas são as famílias que contrairam empréstimos para comprar habitação. Já vimos isto há bem pouco tempo.

O início do ciclo de subidas das taxas Euribor pode afetar mais as famílias portuguesas do que as europeias. "De um modo geral, as famílias portuguesas encontram-se muito mais vulneráveis a alterações das taxas de juro de curto prazo do que as congéneres do conjunto da área, dado que uma parte mais significativa dos empréstimos que contraíram no passado foi a taxa variável (isto é, indexada à Euribor)", avisou o Banco de Portugal no último Relatório de Estabilidade Financeira, divulgado em dezembro.

O Banco de Portugal relembra que metade dos orçamentos de famílias endividadas com rendimentos baixos vai para o serviço de dívida. E conclui: "Estas famílias estarão numa situação especialmente vulnerável" quando as taxas de juro começarem a aumentar.

Problemas velhos que se mantêm e que nos levam a destinos conhecidos e nada recomendáveis. Mas mesmo em tempos de vacas voadoras não aprendemos.

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Copiar as exigências sindicais alemãs na Autoeuropa

Na Alemanha rica e de pleno emprego os trabalhadores da indústria estão em luta para melhorar as suas condições de trabalho. Querem mais tempo para a família e um aumento salarial de 6% . Os sindicatos na Autoeuropa agarraram a boleia como se o mercado de trabalho e a economia fossem iguais nos dois países.

Os outros países da Zona Euro e da UE há muito que pressionam a Alemanha a aumentar os salários. As suas economias têm no mercado alemão o seu principal cliente e mais dinheiro na mão da população é positivo para toda a Europa. Acresce que a Alemanha apresenta contas externas enormemente positivas em relação à maioria dos países o que numa zona de moeda única não é saudável.

Todas as razões, pois, para apoiar as reivindicações laborais na Alemanha. E , claro, a Alemanha não corre o risco de ficar sem indústria automóvel .

Os trabalhadores e o sindicato alemão justificam os seus pedidos com o crescimento económico do país, o mais rápido em 6 anos, e no recorde que se verificou na diminuição da taxa de desemprego.

Não há como comparar as duas situações .Mas pressente-se o argumento que aí vem. Trata-se do mesmo grupo empresarial. Para trabalho igual salário igual. E a qualidade é a mesma.

Tudo o resto ( ai, a solidariedade com os pobres que nós temos mas eles não têm) esquece-se .

 

A UGT contra unicidade sindical na Autoeuropa

secretário geral da UGT avisa trabalhadores sobre a perda de paciência dos alemães e acusa os sindicatos afectos à extrema esquerda de quererem dominar o diálogo na fábrica de Palmela.

Foi uma enorme luta liderada por Salgado Zenha que os democratas travaram para impedir a unicidade sindical que mais não é que a existência de uma voz única. (não confundir com unidade ). O regresso da unicidade sindical é mais um prejuízo colateral da proximidade da extrema esquerda ao poder.

Para Carlos Silva, “há uma tentativa de controlar uma comissão de trabalhadores, de controlar uma voz única, um pensamento único dentro da Autoeuropa”. “Espero que [os trabalhadores] consigam reagir dessa pressão que vem de determinados lados da esquerda radical deste país”, declarou.

Os inimigos da liberdade estão sempre à espreita

A Grécia também está a ser salva pelo turismo

Quinze pacotes de austeridade depois a Grécia do Syriza está a ser salva pelo turismo . Fazem turismo aqueles que têm as contas públicas equilibradas, défices controlados, dívidas pagáveis e economias fortes .

Foi decidida mais uma renegociação da dívida grega . A extrema esquerda na Grécia está a fazer o mesmo que Passos Coelho e António Costa . Recuperar as contas, ganhar credibilidade e tempo .

Sem investimento e sem uma economia a crescer 3% a 4% não conseguimos pagar a dívida .É verdade na Grécia e é verdade em Portugal . Não vale a pena enganarmo-nos a nós mesmos.

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A pressão para substituir os carros a combustão pelos eléctricos aumenta

As viaturas movidas a gasóleo e a gasolina têm o fim do seu ciclo de vida útil cada vez mais perto.  É uma questão de preço e de limar a tecnologia necessária.

A última geração de carros que circulam em Portugal já são híbridos. Automaticamente passam do motor eléctrico para o motor de combustão conforme a velocidade ou a potência exigida segundo a situação o que quer dizer que dentro das cidades circulam movidos a electricidade a maior parte do tempo.

Os transportes públicos e as empresas públicas também já estão a reconverter as suas frotas .

Mas os sinais mais fortes são notícias destas  que há cinco anos eram impensáveis :

Experiências com gases tóxicos em macacos e pessoas. "É injustificável"

E as investigações sobre a fraude nos filtros para diminuir as emissões de gases tóxicos a atingir grandes marcas mundiais são outro sinal que a indústria automóvel está em mudança radical.

O The New York Times revelou na sexta-feira que os construtores alemães tinham encomendado um estudo para defender o diesel, depois de revelações de que os gases libertados pelos escapes dos automóveis eram cancerígenos. Esse estudo que terá sido realizado em macacos, terá sido financiado pelo EUGT, grupo europeu de pesquisas sobre o ambiente e saúde nos transportes criado pelos três construtores automóveis e extinto em 2017. Desconhece-se se a Volkswagen, a Merceds e a BMW tinham conhecimento do método usado nas experiências, realziadas em 2014.

No domingo, um jornal alemão, o Stuttgarter Zeitung, acrescentou que também foram realizados testes em humanos, nomeadamente com dióxido de nitrogénio.

BCE : aa fragilidades da economia portuguesa

O BCE prepara-se para fechar o programa de compra de dívida e já só compra 30 mil milhões por mês quando começou por comprar 60 mil milhões.

Assim, mais uma vez, a Comissão Europeia veio alertar que a dívida pública portuguesa é de alto risco. O que não surpreende (eu próprio tenho dito isso frequentemente). Um país com uma economia pouco competitiva e com fortes desequilíbrios estruturais, com um défice estrutural de 2% PIB, que depende de uma conjuntura momentânea muito favorável e que tem uma dívida pública acima dos 120% estará sempre numa posição de enorme fragilidade e de enorme risco.

No entanto, a opinião predominante neste momento entre nós é que está tudo bem e não nos precisamos de preocupar mais com este tema. Recordo as palavras do secretário de Estado Mourinho Félix, quando disse que uma dívida pública de 120% do PIB é gerível. Só que apenas o é numa conjuntura muito favorável como a atual .

Acredita quem quer como é óbvio .

O país não está preparado para o fim do programa de compra de dívida pelo BCE

São cada vez mais as vozes que pressionam o fim do programa da compra de dívida pelo BCE . Portugal não está preparado para o inevitável aumento dos juros. A dívida não desceu , a economia começa a fraquejar e não constituímos almofadas financeiras para amortecer o embate.

Parece certo que o final do programa será no fim de Setembro deste ano e que o anuncio será feito em Junho.

Klaas Knot, governador do banco central da Holanda e membro do conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE), defendeu que o programa de compra de activos da autoridade monetária do euro tem de terminar "o mais rápido possível". Knot, que manifestou a sua posição numa entrevista ao programa Buitenhof este domingo, acredita que não há motivos para que o programa de "quantitative easing" continue.

A dívida que anda nos 128% do PIB é incomportável( é a segunda maior despesa logo a seguir ao SNS - 8,4 mil milhões) e não se vê como é que a conseguiremos trazer para pelo menos 90% do PIB.

A economia precisava de crescer entre 3% e 4% no mínimo e se com este conjunto de condições favoráveis da Zona Euro não se alcançou esse patamar não se vê como consegui-lo daqui para a frente.

Com esta posição do governador holandês : A marcar o mercado de dívida soberana na Europa continua a estar a alta dos juros da Alemanha, devido às perspectivas de retirada de estímulos por parte do Banco Central Europeu .

A tendência é de agravamento em toda a dívida europeia, depois de Klaas Knot, governador do banco central da Holanda, ter defendido que o programa de compra de activos do BCE tem de terminar "o mais rápido possível". O actual está em vigor até Setembro e as declarações de Knot indiciam que poderá não ser renovado além desta data.

Mas a dívida média dos países da Zona Euro anda pelos 89% do PIB .

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