CGTP derrotada para a Comissão de Trabalhadores. Há pouco mais de um mês ocorreu uma greve na Autoeuropa, convocada pelo sindicato da CGTP, que causou alguma polémica. Ontem ocorreu a eleição da Comissão de Trabalhadores da empresa, que agora tem a responsabilidade de negociar com a administração as questões que estiveram na base daquela greve. O maior destaque dessa eleição vai para a lista oficial da CGTP, que apenas elegeu 3 dos 11 membros da CT. De facto, concorreram 6 listas. A lista E composta por independentes, elegeu 4 elementos, a C afecta à CGTP elegeu 3, a D também de independentes 3, e finalmente a lista A meteu 1 elemento. As listas B e F não elegeram ninguém. Dado muito importante: dos 5128 trabalhadores inscritos votaram 4011, uma participação de 78%.
Como a eleição não foi de braço no ar a CGTP perdeu e os trabalhadores da Autoeuropa protegeram a empresa e os postos de trabalho. O assalto não se consumou . O Arménio já desafiava a administração da empresa a "dialogar" com os sindicatos. Isto é, com ele...
Os ventos não estavam de feição bem ao contrário dos que sopram actualmente. Houve erros de navegação mas não erros de orientação . A direcção estava traçada e foi conseguida.
Entregou o barco em muito melhores condições do que aquelas em que o recebeu não obstante terem ficado muitas manobras por fazer.
Mas enquanto Portas dançava por entre os pingos da chuva, e Costa afiava as facas, Passos Coelho, sem alarido nem vedetismo, lá ia mantendo a linha de rumo. Uma linha de rumo que, apreciando-se mais ou menos, haveria de permitir uma saída tão limpa quanto possível do programa de resgate. É certo que houve erros de política, que prejudicaram a acção do Governo. E que também houve a política do BCE, que ao invés ajudou o Governo. Mas no essencial a linha de rumo foi de encontro ao objectivo traçado: o défice externo (e principal causador da intervenção externa) foi eliminado, o défice público passou de 10% para menos de metade (excluindo efeitos extraordinários), e a economia voltou a crescer a partir do final de 2013 (tendência que se manteria até aos dias de hoje).
É claro que vários problemas ficaram por resolver. A reforma do Estado, por exemplo, ficou por fazer. Contudo, nem o país estava preparado para a fazer nem o então vice-primeiro ministro, que dela fugiu como o diabo da cruz, a queria fazer. Ao mesmo tempo, o buraco na banca também ficou por resolver, ainda que neste domínio Passos Coelho tivesse sempre delegado na independência dos reguladores a resolução dos males bancários. Desafortunadamente, os reguladores, eles próprios perdidos no seu labirinto burocrático, falharam tanto ou mais que o Governo.
É este o maior crescimento do século como gosta de lhe chamar António Costa .Mas como se vê é poucochinho vamos em 2008...
A previsão surge inscrita no Boletim Económico de Outono e é acompanhada de contextualização internacional e histórica: "O crescimento em 2017 [de 2,5%] é 0,3 pontos percentuais superior ao actualmente projectado para a área do euro, interrompendo a tendência de divergência real verificada desde o início da década de 2000" lê-se no documento que nota que, ainda assim, "o nível do PIB em 2017 é 1,5% inferior ao de 2008", ou seja, ainda inferior ao verificado imediatamente antes da crise.
E as projecões para 2018 e 2019 são de 2% e 1,7% respectivamente, apesar do ciclo económico positivo que a Zona Euro está a atravessar .
Ninguém perde eleições com um ciclo económico de crescimento como o que estamos a atravessar, resultado das medidas que foram tomadas para combater a crise . Depois de bater no fundo só pode crescer...
Não se candidata a lugar nenhum. Está aprisionado como Presidente da Misericórdia de Lisboa e dali só sai quando o obrigarem ou souber de ciência certa que ganha as eleições.
Vou pensar...candidatura para a Presidência da República, candidatura para Presidente da Câmara de Lisboa e agora para Presidente do Partido. Pois sim.
Está num lugar com influência social e política o que é tão bom para ele mesmo como para os seus potenciais adversários. Não precisa de trocar o certo pelo incerto e os seus adversários têm-no ali pela trela ( sem ofensa).
Quem o colocou lá foi Passos Coelho e António Costa não lhe mexe apesar de o lugar ser tão apetecível .
Santana Lopes bem deixou o aviso : vou andar por aí...não anda, está engaiolado .
Compreendo que ao fim de 32 anos de gestão autárquica comunista os Almadenses tenham desejado mudar e mudar para uma gestão camarária socialista.
Setúbal reforçou a sua gestão camarária comunista apesar de estar ali tão perto e com uma sociedade civil muito semelhante mas, neste caso, já experimentou outras cores autárquicas. É razão suficiente ? Não sei, haverá mais que uma explicação. Uma das primeiras é que entraram cerca de sete mil novos eleitores na Costa da Caparica, zona de rendas baixas e gente que trabalha em Lisboa. É possível.
Agora trocar a gestão camarária experiente por uma pessoa que nem em Portugal habita ( há tempos tentou que os contribuintes lhe pagassem as viagens semanais que faz a Paris para estar com a família), que não conhece Almada, que não tem nenhuma experiência profissional digna de registo e muito menos de gestão autárquica, é algo que me deixa atónito.
Nada tenho contra Inês de Medeiros e tenho a certeza que tal como Fernando Medina em Lisboa entregará a gestão a gente experiente ( em Lisboa manda o arquitecto Salgado) e até estive apaixonado por ela ( vi-a uma vez na rua e era linda de morrer) mas há coisas que mesmo a paixão, que dizem que turva a vista, não é capaz de explicar a falta de Razão. ( com letra grande)
Em Democracia é assim, avança quem estiver em melhores condições para conrresponder às necessidades do partido e do país.
Passos Coelho governou num período muito dificil, recebeu como herança um país na pré-bancarrota, foi resiliente e corajoso. Aqui e além foi longe demais empurrado pelos ventos que sopravam lá de fora . O FMI diz que o excel estava certo e que os problemas sociais eram da responsabilidade da União Europeia. Sai depois de ganhar duas eleições legislativas e de perder as autárquicas.
Rui Rio é um político experiente, foi deputado, secretário-geral do partido e presidente da câmara do Porto onde deixou um rasto de competência e de grande rigor. Arrostou com interesses organizados na Invicta e derrotou-os . É conhecido no país e nas estruturas do partido. Tem uma costela alemã que lhe dá resiliência.
Mas tem ainda que apresentar ao país um programa de governo. Sabemos que é pró- zona euro e pró-união europeia. Economista defensor da economia de mercado e de um estado mais regulador que interventor. Mas isto é pouco precisamos de saber o que pensa sobre as diversas áreas da governação.
Sabemos também que esta política de pequenos passos do actual governo à boleia do exterior, sem as reformas que o pais precisa, não resolve os problemas de sempre. Pobreza, desigualdade, contas desequilibradas, endividamento e deterioração das contas externas.
Como já é mais que evidente não chega agradar aos parceiros anti- zona euro . É tudo poucochinho.
Ameaçam greve geral já na próxima 6ª feira se o governo não aceitar o aumento de salários de 4%, o descongelamento de carreiras e as 35 horas de trabalho.
Ora se a economia cresce cerca de 2% e a produtividade 1% como é que os salários podem crescer 4% ? É que com o descongelamento das carreiras o aumento da massa salarial não será inferior a 6/7% . É a tal bomba ao retardador que esteve adormecida durante os últimos tempos de austeridade e que Centeno já disse que não pode ser novamente armadilhada de uma só vez.
Mas os sindicatos já estão a dizer que foram os trabalhadores que deram a vitória ao governo há que corresponder.
Forma enviesada de responder à derrota do PCP .
Ana Avoila considerou que a vitória do PS nas eleições autárquicas de domingo dá ao Governo “mais responsabilidades para responder às expectativas” dos trabalhadores.
“Os trabalhadores deram o seu contributo para derrubar o governo PSD/CDS-PP, mas estão atentos. Não é porque tem mais força que agora pode não fazer, se assim fosse, era má-fé”, disse.
Uma fatia importante de portugueses (46%) acha que está a perder poder de compra. Parece que a bota não está a dar com a perdigota.
Só 15% dos portugueses que participaram no questionário assinalaram que o seu poder de compra aumentou ao longo de 2017 e 38% dos consumidores nacionais dizem que se manteve estável.
“Notamos uma melhoria geral do poder de compra, porém quase metade dos inquiridos dizem que a sua capacidade financeira está a diminuir. A confirmar-se a tendência, poderá ter impacto no consumo interno, uma das alavancas para o crescimento da nossa economia”.
Apesar desta opinião, até Setembro os portugueses compraram mais de 200 000 carros . Arrasador para as contas externas como já foi devidamente assinalado mas não compreendido .