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BandaLarga

as autoestradas da informação

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E de repente começou-se a falar da dívida

A dívida pública não reduz e a privada cresce e já está aos níveis pré-crise. Foi assim que tudo começou. A dívida pública é, neste momento, o maior calcanhar de Aquiles da economia portuguesa.

A sua evolução merece reservas e preocupações à Comissão Europeia, FMI, mercados - e até a presidente do IGDP já veio dizer que o país só sairá da notação "lixo" lá para Setembro de 2018.

Vamos pagando ao FMI ( juros mais altos) com nova dívida o que interna e externamente passa a imagem que Portugal não está a conseguir reduzir a dívida.

E o BCE já está a reduzir a compra de dívida e vai mesmo terminar com o programa o que fará subir os juros .

A Comissão Europeia já veio dizer que Portugal só conseguirá atingir uma dívida de 60% do PIB em 2031, o que obrigará o Estado a um esforço de contenção em todos os domínios, desde salários e apoios sociais até ao investimento público.

Não é uma equação fácil de resolver sem uma nova abordagem europeia à questão da dívida pública dos estados-membros. (Nicolau Santos - Expresso)

Portugal economia endividada, 2017. Um país indiferente ao tema. Como se a dívida fosse um tema abstracto da macroeconomia. É cansativo, sim, mas não é abstracto . O que estará o ministro a fazer de errado para que gostem dele ? 

Se o Banco de Portugal não cria limites ao endividamento dos particulares e o governo resume a política económica e a política financeira a cativações, então estamos perante uma bola de neve que rolará para um futuro que conhecemos do passado.

Foi só há dez anos ainda não é bastante para esquecer (Pedro Santos Guerreiro - Expresso )

PS : o texto foi composto por mim a partir de textos dos jornalistas citados

 

Nem o défice está controlado

O governo fala-nos de amor às famílias e eficiência da máquina fiscal : aumentaram ambos e por isso devolveu mais depressa, ao que nos diz. Sem menosprezo por estas qualidade, fica uma questão pendente . Em 2016, a devolução do IRS cobrado em excesso em 2015 foi da ordem dos 20% do total das receitas deste imposto ( vendo bem, uma percentagem já muito elevada).

Saberemos, no final de 2017, a quanto ascenderá a percentagem da receita de IRS devolvida às famílias por cobrança em excesso ao longo de 2016 - e se, muito amadas, como sempre, as famílias não foram também usadas para, pagando em excesso ainda mais IRS do que o habitual, ajudarem a diminuir ( artificialmente) o défice público de 2016.

PS : Daniel Bessa - Expresso

 

O investimento público não arranca

Depois do mínimo histórico de 2016 esperava-se que em 2017 o investimento público arrancasse mas passado meio ano não é isso que se verifica. As cativações falam mais alto e o controlo do défice exige-o. Não é austeridade ? Chamem-lhe o que quiserem.

Como estamos em ano de autárquicas o investimento local está a crescer.

A contribuir para a baixa execução do investimento estão a Infraestruturas de Portugal, os metropolitanos e o sector da Saúde e o da Educação, mas também os metropolitanos, diz a UTAO.

Na análise por programa orçamental, "destaca-se o contributo dos programas orçamentais Saúde e Ensino Básico e Secundário" para "o baixo grau de execução do investimento", enquanto por entidades, "os principais contributos para o baixo grau de execução advêm do Metropolitano de Lisboa, Programas Polis e Metro do Porto", escrevem os técnicos da UTAO.

E é assim que se consolidam as contas cortando no futuro.

Depois da vaga de incêndios a vaga de greves

O governo está fragilizado. Depois da vaga de incêndios e da ópera bufa de Tancos, a vaga de demissões de secretários de estado, a vaga das cativações e agora, impulsionada pela CGTP a vaga de greves.

Médicos, enfermeiros, juízes e até a Autoeuropa anunciam greves que é a forma do PCP mostrar a sua força. Não por acaso quando se prepara e discute o Orçamento para 2018 e se preparam as eleições autárquicas. E também não por acaso as sondagens mostram que quer o PCP quer o BE estão a tornar-se dispensáveis.

O que se está a passar na Venezuela deixa sequelas entre PS, BE e PCP com os comunistas a apoiarem a ditadura que se está a formar naquele país. Não podemos esquecer que a UE já anunciou a sua oposição ao regime de Maduro  e mais de 40 países alinham com Bruxelas. A posição do PCP apoiando o governo português e apoiando Maduro, não interfere com a forma como somos vistos lá de fora ? E há tantas coisas importantes que não dependem só de nós.

É que sem ajuda internacional ( sair do "lixo") não controlamos a dívida e os juros. Sem exportações e Turismo não conseguiremos manter a economia a rolar e o emprego a crescer.

O PCP já está a testar o seu arsenal sindical.