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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Por onde andam as vozes da desgraça ?

O PCP até tinha afivelada uma campanha para preparar o país para a saída da Zona Euro. Entrou mudo e saiu calado. No Brexit as vozes da desgraça subiram de tom. Era agora. Não foi, pelo contrário a Zona Euro está a crescer e a fortalecer-se.

O BE também achava natural que o país se preparasse para uma eventual saída do Euro . Era o tempo do milagre Siryza e do Podemos . E apareceram os estudos sobre a saída do Euro e logo aí se viu que as soluções propostas empobreciam o país de forma definitiva.

Mário Draghi, o presidente do BCE, em Sintra, sublinhou que as vozes da desgraça "são agora sussurros que mal se ouvem" .O fim do Euro era um desejo manifestamente exagerado.

É necessário que o caminho a trilhar não se desvie da direcção certa, com uma economia robusta, a sustentabilidade das contas públicas e o olhar no futuro.

A maioria silenciosa está onde sempre esteve. Com a União Europeia e a Zona Euro.

 

Segunda medalha póstuma da estupidez

Que teria havido suicídios entre a população de Castanheira de Pêra ao mesmo tempo que se punha a correr que as equipas de psicólogos já tinham abandonado o terreno. Uma coisa dava com a outra mais, as duas confirmavam-se mutuamente.

O Provedor da Santa Casa do lugar e candidato à câmara já veio dizer que foi ele que induziu em erro Passos Coelho. Mas esse não é o problema. O problema é que a oposição devia estar calada, deixar o governo a falar sozinho e, quando, convencido que a tragédia tinha passado então a oposição devia avançar com os resultados de trabalho sério feito no terreno, sem falhas e sem almofadas.

Mas não, encolhida entre o medo de magoar as pessoas que sofreram na pele e o medo de perder o timming e deixar morrer a tragédia na mente das populações, o PSD parece o "carlinhos das anedotas" na sala de aulas. Sempre que abre a boca sai asneira.

Ora, conhecendo nós o manhoso Costa e o afectuoso Marcelo, o que se podia esperar era que o tempo se encarregasse de esquecer o assunto. Outubro vem longe e a silly estação mal começou. Mas Costa temia e teme com a imprevisível reacção da população e contra essa pouco ou nada pode fazer. A população tem hoje a certeza que não pode confiar no estado e que o governo não é competente . Daí a oferecer a Costa uma vida "depois tragédia" bem menos  confortável é um fósforo.

Em lume brando permanece o fecho das turmas em escolas associadas que eram um centro de actividade económica nos vários locais. Nas autárquicas o PS vai pagá-las com língua de palmo. Não esquecem as famílias que tiveram que mudar de escola, nem os professores no desemprego nem os agentes económicos locais com dificuldades acrescidas.

Felizmente que a Associação das Escolas Privadas em Associação travou o combate e não deixou que os partidos da oposição se suicidassem .

 

 

A medalha póstuma da estupidez

O PSD na oposição não acerta uma. Com o governo a tentar justificar-se apressou-se a indicar-lhe o caminho da salvação. Abrir um inquérito parlamentar ao fogo que é, como se sabe, a melhor maneira de não se tirar conclusão nenhuma.

O inquérito devia ser independente, constituído por técnicos não engajados aos partidos e inclusive, por técnicos estrangeiros. E, as suas conclusões, deviam fazer parte de um consenso geral nacional para que de uma vez se fizesse o que há muito devia estar feito.

É preciso afrontar interesses instalados poderosos e perder votos ? Que seja, mas os mortos merecem um trabalho honesto .

O que já dá para ver é que tudo anda a ser tratado no recato dos gabinetes como sempre. É preciso que o tempo passe, a dor acalme, e as indemnizações cheguem. E, bem se vê, que a oposição é isso que anda a fazer. Têm todos culpas no cartório não se esperem inquéritos independentes .

Venham para o terreno, dizia uma moradora local, e deixem-se de levantamentos, estamos fartos de levantamentos e de conversa. A população sabe que o estado falta no que só ao estado compete fazer. Não protege a propriedade, não protege as populações e não faz cumprir a legislação vigente. 

Quem se lembrar do discurso de António Costa no verão de 2016 não terá dúvidas nenhumas sobre o que nos espera.

Enterrar os mortos porque o verão só agora começou e, o Presidente, avisou Costa das consequências se os fogos de 2017 fossem tão graves como os de 2016.

Estamos todos a arder . Lá se vão os afectos.

 

O PCP abre a porta à nova vida de Costa

A convergência entre o PS, o PSD e o CDS é cada vez mais visível acusa o PCP numa altura em que ainda não se sabe qual o efeito político e eleitoral do incêndio assassino. Mas já todos perceberam que há uma vida antes e depois para António Costa.

O PCP, como é natural, já o percebeu e já veio dizer que se o governo tivesse ouvido as suas propostas ter-se-iam evitado as mortes .

Acusa o governo de estar aquém do necessário e de seguimento às políticas de Bruxelas. À submissão , quebrando um longo período de aparente apaziguamento em relação à União Europeia.

... Jerónimo de Sousa apontou "os constrangimentos impostos no investimento público, as cativações orçamentais que agravam a afectação de financiamento em áreas como a saúde, a educação, a cultura ou a modernização do sistema de transportes, bem como a recusa em ir mais longe na reposição de direitos ou na resposta a questões como a da reforma de trabalhadores com longas carreiras contributivas".

Estas matérias, sustentou, "todas ditadas e justificadas com o cumprimento das determinações da União Europeia, mostram, ao contrário do que o governo sustenta, o confronto entre a sujeição às imposições europeias e a resposta plena e sustentada aos problemas do povo e do país".

Sempre foi óbvio que a opção que o PCP aponta ao governo não desapareceu, esteve e estará presente. E o caminho pró - europa continuará a abrir feridas profundas entre os partidos que apoiam o governo.

 

 

 

Os meninos de ouro do PS

Transformam tudo no que tocam mas não é em ouro. E acreditar em "meninos de ouro" assusta, porque é uma forma manhosa de nos venderem homens providenciais. Eu, por mim, quando me falam em homens salvadores da pátria o mais que faço é tirar as mãos dos bolsos para me defender.

Primeiro foi António Guterres ( por quem tenho admiração) que deixou o país num pântano ; a seguir foi Sócrates que deixou o país na bancarrota; agora é Fernando Medina que chegou a presidente da câmara sem ganhar eleições ( tal como Costa chegou a primeiro ministro).

É altura de recolhimento e muitas preces. O último pecador foi Mário Soares e foi o melhor de todos.

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Na Zona Euro a economia está viva e de boa saúde

Os dados mais recentes mostram que a economia da Zona Euro está a crescer de forma sustentável. A austeridade está a mostrar resultados e parece que os países que levaram a efeito uma austeridade suave tinham razão.

A longo prazo a Zona Euro vai comportar-se como o Japão. Crescimento do PIB acima dos 2%, mas não muito, baixa inflação e pleno emprego. A morte da Zona Euro é um desejo manifestamente exagerado.

Nos últimos cinco anos, 2,5 milhões de pessoas na Zona Euro juntaram-se à força de trabalho, no mesmo período em que foram criados cinco milhões de empregos, reduzindo a descida global do desemprego a metade.

Com austeridade - isto é, reduzindo o défice, assim que a recessão tenha terminado - a recuperação pode demorar mais para consolidar; mas assim que isso aconteça, o desempenho económico é ainda mais estável, porque as contas públicas estão numa posição sustentável.

Durante anos, a Zona Euro foi considerada uma área de desastre, com discussões sobre o futuro da união monetária, muitas vezes centradas numa possível dissolução. Quando os britânicos votaram a favor da saída da União Europeia no ano passado, foram motivados em parte pela percepção da Zona Euro como um projecto disfuncional - e talvez irrecuperável. Contudo, nos últimos tempos, a Zona Euro tornou-se a queridinha dos mercados financeiros - e por uma boa razão.

A descoberta da força latente da Zona Euro já deveria ter acontecido. Na verdade, a Zona Euro tem vindo a recuperar da crise de 2011-2012 há vários anos. Numa base per capita, o seu crescimento económico ultrapassa agora o dos Estados Unidos. A taxa de desemprego também está em declínio – de forma mais lenta do que nos EUA, é certo, mas isso reflecte parcialmente uma divergência nas tendências da participação da força de trabalho.

A terrível acusação do PCP : as mortes podiam ter sido evitadas

Se só 13% dos incêndios têm mão criminosa porque é que todos os anos nos vendem a cantiga do incendiário ? Não sabem ? Mas há estudos que confirmam. Sabem ? Então porque insistem na mentira? É absolutamente necessário saber. Se o estado não faz em décadas o que devia fazer ( e todos sabem o que é preciso fazer) então estamos perante um crime de Estado.

Hoje Louçã vem acusar António Costa de não ter actuado com a necessária rapidez . Tentou travar o prejuízo político descendo ao terreno . Presidente, primeiro ministro, ministra e secretário de estado quiseram circunscrever o incêndio político que lavrava, ganhar tempo apontando para as circunstancias singulares.

Mas as razões que rapidamente foram adiantadas ( a PJ já tinha encontrado a razão da ignição) foram ainda mais rapidamente desmentidas quando a população começou a falar. Tinham morrido 34 pessoas numa estrada seis horas depois do início do fogo. O SIRESP não funcionou.

Olhando para aqueles carros calcinados percebe-se bem a desorientação que os fez embater uns nos outros e ficarem prisioneiros no inferno.

Mas a mais terrível acusação é o PCP dizer que aquelas mortes podiam ter sido evitadas se os governantes tivessem olhado para as suas propostas.

Quem pode confiar no que nos dizem ? A última vez que nos vendiam o paraíso, corríamos nós para a bancarrota.

 

O que faz falta é avisar a malta

Desde a crise financeira, seis economias europeias conseguiram regressar à notação de investimento deixando para trás a notação de "lixo". E o que foi preciso para que as agências financeiras deixassem de "chantagear" esses países ? Um crescimento robusto e sustentável do PIB e uma descida gradual mas consistente da dívida pública. Duas coisas que Portugal não consegue fazer e que pelo menos nos dois próximos anos não fará se continuar no actual registo. O foguetório é isso mesmo. Foguetório.

E para mal do nossos pecados ainda temos a situação da Banca especialmente a situação da CGD e a venda do Novo Banco que ainda não sabemos como vão ser tratadas . Vai ao défice ? Vai à dívida ? Num caso e noutro é um piparote de todo o tamanho .

Como por outro lado a variação para cima das taxas de juro é certa com a retirada da compra de dívida do BCE, estamos como em Pedrógão Grande ( Deus nos valha) . Basta uma fagulha.

Por isso o melhor mesmo é proibir o foguetório e os balões de S. João e seguir os avisos de quem é prudente. É que ser prudente é ser amigo e as instituições já andam a prever que o crescimento do PIB ao nível deste ano é fogo de pouca dura. Para 2018 e 2019 já se espera um abrandamento.

Sem as reformas que o apoio da extrema esquerda não deixa fazer, o crescimento do PIB e a descida da dívida são como o SIRESP. Não comunicam .

 

Agora já somos todos neo-liberais

Eu por mim estou no mesmo sítio. Pela União Europeia e pela Zona Euro. Mas há quem há bem pouco tempo incendiava o controlo do défice, o pagamento da dívida e o Tratado Orçamental. Nada menos.

São os mesmos que apoiam as políticas do governo PS e que para consumo das suas clientelas de vez em quando exigem a saída da Europa.

As exportações eram uma treta segundo a contorcionista Catarina, mas são as exportações que puxam pela economia, o melhor resultado de todos : em 2007 crescerão muito acima do crescimento do PIB e das importações dos países que compram os nossos produtos. As exportações portuguesas continuam a ganhar competitividade.

Voltamos a convergir 17 anos depois o que tira argumentos à extrema esquerda que teve que meter a viola no saco. Crescemos à conta das exportações (9,6%) e do investimento (8,8%) tudo vinda da europa. Mercados importadores e dinheiro para investir.

Claro que o PCP nunca perde como sabemos desde que há eleições em Portugal. E o BE com o Siryza na Grécia a ser um aluno bem comportado e o Podemos em Espanha a perder influência, só lhe resta aderir ao neoliberalismo triunfante.

Eu, por mim, estou no mesmo sítio.

 

Honrar os mortos

Para se apurar a verdade a que temos direito é sempre tempo, não podemos deixar que encoberta pelo manto diáfano dos interesses instalados, a narrativa do politicamente correcto prossiga. Há muito que o país e as populações sofrem na pele os fogos que com esta dimensão e intensidade não existem em mais país nenhum.

Pouco a pouco a verdade revela-se como os fundos europeus que este governo deixou na gaveta e não aproveitou para limpeza das matas. E o desmantelamento da coordenação operacional entre distritos que foi desmantelada . E o SIRESP que não funciona.

Honrar os mortos é encontrar a verdade não é calar por conveniência política

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