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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Se a extrema direita ganhar a extrema esquerda morre

Não percebem ? O PCP e o BE andaram anos a fio a dizer que PS, PSD e CDS eram " a direita" como se fosse um crime ser de direita. Nunca perceberam e, agora, nas eleições em França também não percebem que a direita não é igual à extrema direita . E é vê-los a encaminhar votos para Marine Le Pen.

Se um dia a extrema direita xenófoba e fascista for governo a extrema esquerda será a sua primeira vítima. Tal qual nos países governados pela extrema esquerda a extrema direita não existe ou se existe é tratada com a prisão . Exemplos não faltam.

Só os partidos do centro-direita e do centro-esquerda dão garantias de plena democracia e do estado de direito , onde cabem a extrema esquerda e a extrema direita. E as liberdades e garantias democráticas básicas .

É verdade que ninguém de esquerda pode esperar grande coisa de Macron, mas ninguém de esquerda pode aceitar que por ausência, falta de empenhamento e meias-palavras pouco percetíveis a França seja entregue a Marine Le Pen. Se Mélenchon quer ganhar as legislativas, como disse, tem de mudar o discurso rapidamente. Se Le Pen ganhar, ele é um morto político.

E, no entanto, a extrema esquerda e a extrema direita no essencial têm posições iguais ou muito semelhantes ( como ser anti-europa) e o seu ADN no que diz respeito às liberdades é igual. Limitadas, se não mesmo proibidas. Os exemplos também são muitos .

A montanha pariu um rato

É fácil falar em soluções . Veja esta : 

"

Se o Banco de Portugal não constituísse mais provisões até 2023, entregaria ao Estado qualquer coisa como mais 5,75 mil milhões de euros até lá. Como a dívida pública fechou o ano de 2016 em 241 mil milhões de euros, o impacto desta operação seria de 2,4% no stock de dívida ao longo de sete anos. Como comparação, recorde-se que só durante o ano passado a dívida do Estado aumentou 9,5 mil milhões de euros. Portanto, a central questão das entregas do Banco de Portugal durante sete anos cobriria apenas a dívida nova que fizemos durante sete meses em 2016.

Deste tipo de expedientes já tivemos a nossa dose durante muito tempo. A nossa história orçamental é fértil em operações que não são mais do que fracos paliativos, que apenas disfarçam alguns dos sintomas sem combater a doença."

E não esquecer que o grupo de trabalho do PS e BE para a renegociação da dívida estava cheio de sábios .

 

Cerca de 70% dos franceses são a favor da permanência na UE

O candidato Macron não pode nem deve prometer outra coisa. O seu objectivo é reformar a França e com ela reformar a União Europeia.

Aliás, tudo o que se pede a todos os que estão na Europa é ajudar a fazer uma série de reformas que a crise mostrou serem incontornáveis.

Os que são contra a Europa não a querem reformar querem acabar com ela. É o caso de Le Pen e da extrema esquerda. Não pode haver maior distância.

Embora se assuma como “pró-europeu", tendo defendido “constantemente, ao longo da corrida eleitoral, o ideal europeu, assim como as políticas da União Europeia”, por acreditar que “são extremamente importantes para os franceses e para o lugar do país num mundo globalizado”, Macron diz que é “necessário encararar a atual situação da Europa e ouvir o povo francês, que se tem mostrado muito zangado e impaciente” face à “disfuncionalidade da UE, que deixou de ser sustentável”.

Marine Le Pen tenta suavizar discurso anti- europeu : As declarações da candidata da Frente Nacional à presidência francesa demonstram, segundo alguns analistas, o quão está agora empenhada em “suavizar o discurso anti-euro” que teve até aqui, de modo a conquistar uma parte da direita conservadora que continua a escapar-lhe das mãos — Le Pen chegou a defender uma saída da França do projecto europeu, um Frexit, no espaça de seis meses. Um estudo recente, citado pela Lusa, mostra que cerca de 70% dos franceses são a favor da permanência na moeda única.

Há uma coligação PS/BE na forja

O BE rendeu-se ao poder. O recente estudo sobre a dívida mostra-o à evidência .O PCP continua a pugnar por uma renegociação de ruptura e o seu isolamento está cada vez mais próximo . A geringonça tem dias difíceis pela frente .

Este relatório sobre a sustentabilidade da dívida pública assinala um ponto de viragem. Receava-se, quando António Costa formou governo sob apoio parlamentar da extrema-esquerda, que esta arrastasse o PS consigo para o radicalismo eurocéptico. E discutia-se a possibilidade de, às custas dos socialistas, o Bloco de Esquerda crescer e ocupar mais espaço eleitoral. Em ambos os cenários, aconteceu o contrário. O que, de certo modo, é uma boa notícia: é sempre positivo para o sistema político quando um partido de protesto, como até agora foi o Bloco de Esquerda, sobrepõe o pragmatismo à ideologia e suja as mãos com os dilemas concretos da governação. Há uma coligação PS-BE na forja. E isso, no actual contexto político, implica deixar progressivamente o PCP de fora. Pode até faltar ainda muito tempo para eleições legislativas, mas já está uma guerra prestes a rebentar na geringonça.

As máscaras caíram

As mascaras caíram ao PCP e ao BE. Não, Macron e Le Pen não são a mesma coisa.

"Nem o espírito anti-fascista que comunistas e bloquistas reivindicam com tanto fervor foi suficiente para ajudá-los a não confundir o inconfundível. As máscaras caíram. E o álibi de Macron ter sido banqueiro e representar a alta-finança é demasiado cómodo, frágil e sobretudo hipócrita quando se está perante uma escolha política tão radical. De facto, a verdadeira questão que o velho PCP (historicamente refém da sua submissão ao comunismo soviético, ao ponto de a transferir para Putin, apoiante convicto, aliás como Trump, de Le Pen) ou o mais juvenil mas igualmente sectário Bloco não conseguem disfarçar é o seu anti-europeísmo primário, tão grosseiro e vesgo que não se importam de fazer dele contrabando com o seu tão incensado anti-fascismo.

Essa Europa melhor, mais integrada e solidária a que aspiramos, para além de qualquer miragem isolacionista e suicidária, é incompatível com o fanatismo anti-europeísta de comunistas e bloquistas. E será por aí que, quer se queira, quer não, chegará o momento da verdade entre um PS europeísta e os seus aliados de circunstância, prometidos aliás a um ocaso como aquele a que as presidenciais francesas conduziram uma esquerda e uma direita decrépitas. Não, Le Pen e Macron não são, de todo, a mesma coisa.

O teste do algodão a António Costa

O algodão não engana ....

António Costa disse que a descida da taxa de desemprego (a descer desde 2013) é o teste do algodão das boas políticas aplicadas (raramente tenho visto um elogio tão grande ao governo anterior de Pedro Passos Coelho por parte de António Costa).

Pedro Passos Coelho, por sua vez, realçou o que todos deveriam saber: que os bons dados actuais da Economia são consequência das políticas aplicadas pelo seu governo.

Por sua vez, António Costa, no seu inconfundível estilo ordinário, respondeu: "Se Dom Afonso Henriques não tivesse fundado Portugal, estes números não existiriam".

Agora, a CGTP parece querer ter a última palavra sobre o assunto:

"Caso o Governo não dê resposta à problemática da legislação laboral, virando-se para a esquerda e provando ser diferente do anterior Executivo, pode vir a enfrentar uma greve geral de trabalhadores".

Estamos portanto a aproximar-nos do verdadeiro teste do algodão:

Se as reformas do mercado de trabalho feitas pelo anterior governo foram assim tão irrelevantes como António Costa gosta de dizer, com certeza que o mesmo irá responder positivamente ao pedido da CGTP nesta matéria ...

A OPA mal sucedida da SONAE sobre a PT

Apesar da PT ter prometido distribuir elevados dividendos em anos futuros para compensar os accionistas das mais-valias não realizadas com a derrota da OPA, tenho para mim que foi aqui que os compadres se zangaram . E os montantes envolvidos eram fabulosos. Para alguns ganharem muito alguém teve que perder também muito.

Quem não gostou foi a SONAE que gastou muito dinheiro para preparar e lançar a OPA . E foi enganada com a posição dúbia do governo e da CGD. E, claro, Belmiro de Azevedo tem muito dinheiro e poder e não deixou morrer o assunto. "Estavam todos feitos" garante o seu filho Paulo Azevedo.

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